Capítulo 2 ♡ DEGUSTAÇÃO

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Alec Beaumont

A vida com toda certeza é muito impressionante, meses atrás eu estava feliz, tinha vários amigos, estudava numa faculdade super conceituada, tinhas as melhores roupas e jóias, tinha tudo que eu quisesse, e o principal, tinha pais que me amavam.

Desde os meus dezesseis anos eu saia com meninas, mas sempre sentia que tinha algo de errado, até que um cara na balada me beijou, não sei como aquilo aconteceu, mas aconteceu, E ali tudo mudou, vi finalmente o que tinha de errado na minha vida. Tempos depois Arthur um cara da faculdade, veio para me mostrar isso. Mas ele também veio para destruir tudo que eu estava descobrindo ser maravilhoso, eu me entreguei a ele, me apaixonei, mas então, toda a faculdade ficou sabendo no dia seguinte, eu cursava letras, era apaixonado, meu sonho era de um dia ensinar, mas como se bastasse a vergonha que ele me fez passar ao contar tudo que fez comigo, toda essa merda chegou nos ouvidos do meu grandioso pai. Nunca vou me esquecer daquele dia. Todos me zuavam, e aqueles que achei que fossem meus amigos se afastaram, como se eu tivesse a pior das doenças, depois da rejeição de todos lembro que passei os horários todos das aulas trancado no banheiro, chorando.

Quando cheguei em casa, pronto para contar tudo o que estava acontecendo e esperando que meus pais me entedessem, apenas encontrei os olhares de nojo direcionados a mim. A princípio eles me tracaram em casa, não me deixaram ter contato com ninguém, minha faculdade, o meu sonho, tudo ido ralo a baixo. Por algums dias eu cheguei a odiar ser quem eu era.

Mas então foi que o inferno começou, passei dias vomitando e me sentindo mal, minha mãe desconfiada disse olhando na minha cara que eu podia ser um desses homens nojentos que engravidam, suas palavras me machucram e me deixaram assustado na mesma proporção, eles me obrigaram a fazer o teste, e como eu imaginava, deu positivo, eu estava grávido do mostro que me fez tanto mal, mas que também me ajudou a ver as pessoas que eu tinha ao meu redor. Eu estava com medo, mas amava aquela criança.

Mas meu pai me obrigou a abortar, eu me recusei é claro, não podia deixar ele fazer tamanha maldade a um inocente, ainda mais porque EU queria aquele bebê, incorfomado, discutíamos o caminho inteiro até a sala, e no caminho tínhamos que descer as escadas. O olhar que ele me direcionou quando pegou em meu braços  e me fez olhar para ele. Eu continuo tendo pesadelos até hoje, lembro de cada palavra que ele disse.

- Se você não vai acabar com essa coisa, eu mesmo a mato.

Suas mãos soltaram os meus braços e eu só lembro do seu rosto, da expressão  dele de que estava fazendo a coisa certa, senti dor, muita dor, então eu apaguei, horas depois eu acordei no hospital, meus olhos já cheios de lágrimas, e ao ver o homem que eu mais admirava ali ao meu lado com seu rosto de satisfeito, eu chorei ainda mais, ele tinha conseguido, ele tinha acabado com um pouco da esperança que ainda tinha de ser feliz.

- Você não precisa voltar para casa mais Alec. Não quero saber para onde você vai, só não pise seus pés imundos na minha casa.

- porque está fazendo isso comigo? -Foi tudo que consegui perguntar naquele momento. Mas nada ele respondeu, e nesse momento mamãe entrou no quarto. - Mãe?

- Não me chame mais assim, não temos mais um filho. Ele morreu na queda daquela escada. - Nunca senti tanta dor na minha vida, eu perdi tudo, meu filho que nem ao menos pude proteger, minha família, ou o que eu achava que era minha família, eu não tinha mais nada.

Depois que sai daquele hospital ainda voltei para casa, mas fui expulso logo em seguida, então eu vivi pelas ruas, noites passadas em lugares sujos, mas que me fez enxergar como muitas vezes eu estava sendo ingrato com tudo o eu tinha e reclamava, algumas vezes arrumava um emprego qualquer e tinha dinheiro para fazer algumas refeições, o que já era muito comparado a outros que não comiam a mais de dias ou semanas.

As vezes eu penso no meu filho e em como foi melhor ele não está aqui, por mais que seja dolorido lembrar, ele não merecia viver essa situação comigo, tenho certeza que ele está num lugar melhor, mais feliz do que seria se estivesse comigo.

Minha cabeça está muito longe, e me assusto com  Marina chamando por mim, ela é muito boa para mim, sempre me ajuda no que pode, tenho roupas para vestir e comida toda vez que venho aqui. Estou num orfanato que fica perto do meu emprego, vamos chamar assim pois ainda me dar um pouquinho que seja de dinheiro, o lugar é uma espelunca, quase caindo ao pedaços, eu faço a faxina, e tenho que dizer é um nojeira fazer aquilo. Não sei como o estabelecimento não fechou. Estou arruamando os livros que acabei de ler para as crianças, as quais eu aprendi a amar, conheci esse lugar ao acaso, apenas estava passando e vi as crianças se divertindo no Jardim e fiquei ali fascinado as observando, imaginando no pequeno que perdi, então Marina me viu e foi muito gentil em me chamar para comer, e a parti dali eu me apaixonei por cada ser que eu conhecia.

- Desculpe, estava distraído.

- Percebi, estava tão distante,com um olhar de dor, aconteceu algo? - Ela pergunta super gentil e preocupada. Sorrio para ela.

- Nada que precise se preocupar. -Ela assente mais vejo que não confia totalmente em minhas palavras.

- Como está? Arrumou um emprego? Ou onde morar? - Vejo a esperança em seus olhos, sei que ela torce para que o melhor aconteça comigo, mas infelizmente não vai ser dessa vez.

- Eu tenho um currículo bom, pois trabalhei na empresa do meu pai quando ainda morava com eles, - Dou um sorriso triste ao pensar nessas pessoas. - Mas bastam olhar para minhas roupas simples que logo esquecem minha qualificação para o emprego. Arrumei de faxineiro num lugar que esta caindo ao pedaços. Mas é o que tem para agora, não posso reclamar, pelo menos está me dando um lugar para dormi. - Que no caso é um quartinho nos fundos do hotel onde estou trabalhando, tudo muito sujo.

- Sinto muito querido, queria poder fazer mais por você. - Sei que suas palavras são sinceras, depois de muito sofrer por causa da falsidade das pessoas, agora sem reconhecer aqueles que gostam mesmo de mim, o que agora são só essas crianças, Marina e claro Vivian minha melhor amiga e Melissa sua pequena filha.

- Você está fazendo mais do que os meus pais fizeram Marina, não se culpe por algo assim.

- Então também não se culpe pela maldade dos seus pais, vejo em seus olhos a culpa, mas querido, nunca se desculpe ou se sinta culpado por ser quem você é, amar alguém nunca vai ser pecado ou nojento. -Me sinto emocionado com suas palavras e a abraço pela primeira vez, ela já tentou me abraçar antes mas eu nunca permiti, pois me sentia sujo, e não só quesito de não tomar banho, isso também me fazia ter vergonha de abraça-lá, mas com suas palavras um banho que tomei mas cedo, me senyi mais tranquilo para apertar essas mulher maravilhosa em meus braços, a solto e digo um obrigado a ela. - Sem mais conversas, vim para te dizer algo, Igo quer te ver.

- Igor? -Fico confuso por um tempo, até que lembro ser o nome do dono disso tudo aqui, eu o admiro muito por tudo que ele faz por todas essas crianças, apesar de nunca ter visto ele. - Porque ele quer me ver? -Pergunto agora em pânico, será que ele não está gostando de eu está vindo aqui para comer ou ler para os meninos?

- Ei, não coloque tanta coisa na sua cabeça, Igor é muito gentil, super bondoso, ele nunca faria algo assim, acho até que ele quer é te ajudar, e eu rezo para que seja isso.

Fico ali pensando no que será que esse homem quer comigo. E me deixo acreditar nas palavras de Marina, ele deve ser um cara bom já que ele ajuda centenas de crianças que não tem lar a encontrar um, então acho que ele não me fará nada de mal, apenas bem.

 E me deixo acreditar nas palavras de Marina, ele deve ser um cara bom já que ele ajuda centenas de crianças que não tem lar a encontrar um, então acho que ele não me fará nada de mal, apenas bem

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Eu, Igor - Livro 2 - Trilogia Irmãos Santore - COMPLETO NA DREAMEOnde histórias criam vida. Descubra agora