Capítulo 3 ♡ DEGUSTAÇÃO

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Igor santore

Estava distraído conversando com meus irmãos no grupo do wattsapp, Otávio estava falando em como estava ancioso para sua volta que seria daqui a um ano e alguns meses, estamos todos com muitas saudades dele, já se passaram anos desde que ele está lá, e sua última visita tem mais de um ano.

Mas cada um está seguindo com sua vida, Damien encontrou o amor e está formando sua família. Tenho um sobrinho a caminho, Kael, que não vai demorar a vir ao mundo, já que Karl está com seus nove meses completo, eu amo crianças e sei que vou mimar muito meu pequeno sobrinho. Não vejo a hora de conhecê-lo.

Escuto batidas na minha porta e logo Marina passa por ela, trazendo Alec atrás de si, seus olhos buscam por todo o local e posso notar a curiosidade neles.

- Aqui está ele Igor, vou deixar vocês conversarem. - Assinto e ela se vai, deixando um abraço no rapaz.

- Boa tarde senhor. - Seus olhos encontram os meus e ali tenho a certeza de que estou fazendo a coisa certa.

- Oi Alec, não precisa me chmar de senhor. Apenas quero lhe fazer uma proposta. - Ele me olha mais atento. - Quero que trabalhe para mim, Marina me contou por cima a sua história, e estou precisando de um ajudante aqui.

- Ah...- Seus olhos demonstram a surpresa pela proposta, vejo que ele não imaginava que fosse algo assim, e também posso ver que esta emocionado. - Meu Deus, eu faço o que for. Só preciso de um emprego. - Agora quem está emocionado sou eu, ele deve está mesmo precisando, fora tudo que passou com a rejeição dos pais.

- Ótimo, Você vai cuidar de algumas coisas pra mim quando eu não estiver por aqui, no momento não vai ser muita coisa, já que eu estou de férias do meu trabalho e vou passar mais tempo aqui, mas mesmo assim você irá me ajudar, ai você já vai pegando o jeito, você irá ter que lidar com alguns papéis também.

- Ah não é problema para mim, eu aprendo rápido e estava quase completando minha faculdade de letras, também sou bom com números, trabalhei com meu pai...- Seus olhos ficam triste ao mencionar o pai. - Eu o ajudei por um longo tempo na administração da empresa dele. - Fico um pouco impressionado. Ele devia ter pais ricos. E na maioria das vezes esses são os piores, ligam mais para sua imagem do que para filho. Uma pena tee pessoas que pensam assim.

- Maravilha, você está com seus documentos? Carteira de trabalho? - Ele abre uma pequena mochila em sua costas e de lá tira tudo o que preciso para lhe dar um trabalho de carteita assinada. - Você pode começar amanhã. Lhe devolverei a carteira amanhã, quando tudo estiver acertado. Ok? E quando você não estiver aqui comigo pode dedicar o seu tempo as crianças, certo? - Ele balança a cabeça e ia se retirando. - Ah, Alec?

- Sim? - Ele se vira para mim novamente, e posso observar mais um pouco sua beleza. Ele realmente é um rapaz bastante bonito, cabelos e olhos tão castanhos que o deixam parecendo um anjo, uma intensidade tão grande, vejo bondade, e um tristeza encoberta pelo brilho mais intenso que já vi.

- Você tem onde morar? -Vejo que ele pensa muito antes de responder.

- Sim, mas eu não diria que é um ótimo lugar. - Aceno com a cabeça.

- Você pode se mudar para cá, tem um quarto no último andar que eu usava quando estava muito ocupado e não queria voltar para casa, é seu. Pode se mudar amanhã. - Falo me levantando da minha cadeira e indo até o pequeno armário presente na minha sala, tirando um chave de uma das gavetas. - Eu o traquei pois eu guardo alguns papéis importantes lá, e acho que sabe como crianças são, elas destroem tudo que conseguem. -Ele dar um sorriso, o primeiro que eu vi ele dar, e parece que ele fica mais lindo. Chego em sua frente e lhe estendo a chava a qual ele pega com suas mãos tremendo. - É seu. Pode se mudar quando quiser. -De repente sou surpreendido quando sinto seus braços ao redor da minha cintura, fico sem ração.

- Muito, muito obrigado, você está salvando a minha vida, não tenho palavras  suficientes para te agradecer. - O abraço de volta.

- Não precisa agradecer. - Me sinto muito bem em ver que estou fazendo a diferença na vida de alguém. Seu corpo se afasta do meu e nos seus olhos vejo a gratidão.

- Obrigado mesmo, vou fazer de tudo para ser o melhor. - Ele sorri.

- Eu sei que fará, te vejo amanhã.

Assim ele finalmente sai da minha sala. Me deixando respirar aliviando, sentindo meu coração bater feito louco. Acho que ele está se dando conta de que acabamos de mudar a vida de alguém que precisava.

Ia voltar a trabalhar quando a porta se abre e um pequeno furacão passa por ela, a batendo fechada de novo antes que ele possa vir até mim e pedir colo.

- João, quantas vezes eu falei que não pode entrar assim na sala do tio? - Ele faz um biquinho fofo e eu me rendo, o pego em meu colo e deixo um beijo em seus cabelos.

- Dilscupa titio, João mal. - Fala todo manhoso. João tem apenas 3 aninhos, ele é o mais novo entre todos que vivem aqui, ele chegou ainda bebê abondonado pelo pai que engravidou cedo, ele não enxerga com o olho direito, por isso usa óculos, mas os seus olhos são os mais lindos que já vi, um azul tão clarinho. E por causa desse pequeno "problema" na visão nunca quiseram adotar ele, sempre tinham bastante pessoas que ficavam impressionado com sua beleza quando bebê, mas ai tocavamos no assunto visão e logo todos perdiam o interesse, o que é bom, pois não adiantaria nada o adotarem para menosprezar-lo depois. Vai aparecer ainda alguém que o ame do jeitinho que ele é, assim como eu amo ele. - João só quelia um pouco de colinho. - Acabo rindo me derretendo de amores nesse pequeno anjinho.

- O tio vai deixar você ficar aqui só por um tempinho, ok? - Ele assente animado e já vai pegando meu celular no meu bolso, o bebê mais folgado que já vi nessa minha vida, ele tem um pouco de dificuldade de tirar o celular do meu bolso, mas assim que consegue, ele se aconchega no meu peito e coloca uns desenhos de uma galinha azul e fica ali entretido, sorrio feliz e deixo outro beijo em seus cabelos o ajeitando melhor nos meus braços.

A tarde tinha passado rápido, tava tão acostumado já até João no meu colo enquanto trabalho, que nem me liguei muito e apenas continuei meu trabalho, só me dei conta quando o celular que estava em suas pequenas mãos quase foi ao chão, rir com a carinha dele, ele estava num sono profundo, chegava até mesmo a babar. Então bateram na minha porta e nem mesmo assim ele acordou.

-Entre. - Alice se coloca para dentro, ela é uma garotinha muito linda e esperta, tem seus quase 12 anos. Muito cuidadosa com todos.

- Ele é muito folgado né tio? -Ela rir ao ver João todo encolhido no meu colo.

-Ele é sim, mas ninguém resiste ao biquinho fofo dele. - Ela acena rindo. -O que foi querida?

-Está na hora do jantar. - Me assusto um pouco, nem vi a hora passando. - Marina mandou lhe chamar e me certificar de que João estava aqui.

- Tá bom princesa, acabei perdendo a hora. João? Ei bebê, está na hora de acordar.

Chamo algumas vezes por ele, até que ele abre os olhinhos, os coçando em seguida, todo fofo, então seguimos os três para a grande sala de jantar, o pequeno bebê manhoso não quis ir andando, eu tive que carregar ele todo o caminho até o andar de baixo, o que posso fazer se sou um bobo com todas essas crianças, ao chegar na sala vejo todas as criança reunidas, maior bagunça e barulho alto das conversas, todos querendo me contar algumas novidade, mas o sorriso nunca abandona meu rosto, pois está assim com esse anjos, é o que me deixa feliz e realizado. Ajudo João com sua comida enquanto me divido entre ouvir todos os outros.

 Ajudo João com sua comida enquanto me divido entre ouvir todos os outros

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Eu, Igor - Livro 2 - Trilogia Irmãos Santore - COMPLETO NA DREAMEOnde histórias criam vida. Descubra agora