Maya Hargreeves Pov's
Deixamos os homens lá e saímos correndo antes que mais alguém viesse atrás da gente, até que chegamos na biblioteca e entramos.
Cinco ficou por uns 30 minutos escolhendo livros, eu escolhi o meu em menos de 10 minutos.
Fiquei explorando aquele lugar enorme, que para mim era um mundo desconhecido enquanto ele escolhia seus vários livros.
- Você acha que tudo isso é o bastante, May?
Ou acha que precisamos de mais? - Cinco perguntou com uma pilha de livros na mão.- Nossa, mas são muitos. - Eu disse olhando para os grandes livros.
- São para os cálculos, precisamos calcular algumas coisas antes de voltar ao presente.
- Se você diz.
Nós conseguimos alugar os livros fazendo o cadastro na biblioteca.
Cinco disse que ele iria passar o resto do dia no parque lendo e fazendo os cálculos necessários. Eu disse que ficaria com ele então. Mas ele disse que era melhor que eu aproveitasse.
Então o deixei no parque e fui andando livremente por lá.
Entrei num espaço cheio de flores, havia uma placa ali na frente escrito: "Floricultura", as flores elas eram tão diferentes e uma mais linda do que a outra.
Eu fui andando e observando os mínimos detalhes de cada uma, eu me apaixonei por uma amarela, mas não tinha nela uma etiqueta com nome.
Sem dúvidas aquela era a minha favorita.
Eu fui observando todas, cada uma tinha detalhes e coisas diferentes. Não haviam muitas pessoas lá, só uma mãe e uma criança, e também um garoto de cabelos claros.
Resolvi perguntar o nome daquela linda flor amarela que havia me encantado:
- Com licença. Você sabe o nome dessa flor? - Eu perguntei ao garoto.
- Esse é o girassol. O que achou? - Ele perguntou.
- Ela tem uma beleza absurda. Eu amei. Eu não conhecia muitas flores antes, por isso não tinha uma favorita. Mas agora eu tenho sem dúvidas. - Eu disse e ele sorriu.
Nós fomos conversando sobre flores até perto do caixa. Ele comprou algumas flores e disse:
- Aqui, uma flor para outra flor. - Ele me estendeu um girassol e eu sorri.
- Não precisa. Você deve ter comprado para alguém muito especial esse tanto de flores, eu me sentiria culpada se ficasse com uma delas. - Eu falei.
- É para minha mãe, ela está doente. Mas acredite ela nem vai reparar. - Ele continuou com a flor estendida.
- Está bem, mas só porque você insiste. - Eu disse sorrindo e ele sorriu também. - Obrigada pela flor.
- Não foi nada. - Ele disse sorridente.
- Boa sorte com a escolha de flores para a sua mãe, melhoras pra ela. - Eu disse.
- Ah obrigada. - Ele disse. - Nos vemos por aí? - Ele perguntou.
- Claro. Nos vemos por aí. - Eu disse saíndo.
Ele me puxou pela mão direita e me estendeu um papel.
- Esse aqui é o meu número. Caso você queira me ligar, ou algo do tipo. Meu nome é Jack. - Ele sorriu.
- Obrigada, eu ligo sim. - Eu disse.
- Melhoras para o seu braço. - Ele falou.
Eu sorri e sai da loja.
Não sabia que as pessoas de Hollywood eram tão simpáticas assim. Achei que seriam todos metidos e arrogantes por viverem num lugar tão fantástico como esse.
Bem, talvez realmente sejam. Lauren é um ótimo exemplo.
Mas que bom que Jack não era assim.
Eu voltei para o parque sorridente e vi Cinco concentrado lendo os livros. Ele me olhou e perguntou:
- Se divertiu? - Ele perguntou. - A propósito, linda flor, aonde conseguiu?
- Sim, muito. Eu conheci um garoto muito legal, foi ele que me deu essa flor. - Eu falei e ele levantou a sombrancelha.
- Hm, um garoto? - Ele disse.
- Sim, ele foi bem simpático comigo. Isso foi bom, pois tirou a minha má impressão das pessoas de Hollywood. - Eu disse sorridente.
- Interessante. Agora eu tenho que voltar, estou terminando o penúltimo livro. Depois se quiser nós podemos continuar andando. - Ele disse.
- Nossa, mas você já leu quase todos? - Eu perguntei surpresa.
- É, eu sou bem rápido. - Ele disse piscando. - Na verdade por incrível que pareça você demorou. - Ele falou.
- Eu estava conversando sobre flores com Jack, eu não entendo muito e ele me explicou bastante coisa. - Eu disse.
- Interessante, muito interessante. - Ele me olhou com aquele olhar enciumado dele.
- Você com ciúmes é tão fofo. - Eu disse rindo.
- Eu não sou fofo. - Ele disse e eu continuei rindo.
- Ah sim, é sim. - Eu falei.
- E além do mais quem disse que eu estou com ciúme? - Ele falou.
- Seu olhar te entrega. - Eu falei.
- Ah, vai dizer que você também não tem ciúmes de mim? - Ele riu.
- Um pouco, talvez. - Eu falei olhando pra baixo.
- Eu sei que tem, Maya. - Ele riu.
- Talvez eu tenha um pouco de ciúme de você com aquele manequim estúpido. - Eu disse.
- Não chama a Dolores assim! - Ele disse.
- É isso o que ela é, um manequim estúpido e idiota. - Eu disse.
- Hmmm, e depois sou eu o ciumento. - Ele disse rindo.
- Aah Cinco, para. - Eu disse e nós rimos.
- Agora é a sua vez de ter ciúmes. - Ele riu.
- Fala sério. Aquele manequim é medonho.
- Não fala assim da Dolores, eu não crítico os seus ursinhos de pelúcia. - Ele disse e eu ri.
- É completamente diferente. - Eu disse.
- A única diferença é que você não dorme com eles. - Ele disse.
- Cinco, você tá me traindo? - Eu disse e nós rimos.
- Bem, poderia ser você. Só não é porque você não quer. - Ele disse com um olhar malicioso.
- Ainda não tá na minha vez. Talvez mais pra frente. Por enquanto é a vez de você dormir sem mim e sem esse manequim medonho.
- Está bem, sem Dolores na cama. - Ele disse levantando as mãos e nós rimos.
Deveriamos ter fugido antes.
Eu nunca percebi como a Umbrella Academy era um lugar tão ruim. De fato Cinco tinha razão, não tínhamos liberdade e nem escolhas.E continuamos não tendo escolhas.
É, nós voltaremos pra casa amanhã.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Notas da Autora:
01. Obrigada pelos 2k, e pelos 200 votos, vocês são incríveis.
02. Eu sou muito cadelinha do Aidan.
03. Terminei o primeiro capítulo de Dear Number Five 2, amo vocês.
VOCÊ ESTÁ LENDO
dear number five
FanfictionOnde a Número Oito, Maya Hargreeves é apaixonada por um de seus irmãos adotivos, o Número Cinco, e envia cartas anônimas para ele todas as noites, antes de dormir.