🌺Capítulo Nove🌺

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Acordei no dia seguinte sentindo algo escorrer pela minha bochecha, levantei em um susto e vi cair na calça do meu pijama branco na parte superior da coxa algumas gotas de sangue, corri para o banheiro com muita pressa lavando o meu rosto na pia e torcendo para que passe logo o sangramento.

Logo vi Íris na porta do banheiro me encarando com grande pavor nos olhos.

— Meu Deus, eu... Eu... Vou chamar a tia — se embola nas palavras saindo do banheiro

— Não Íris! — falei a fazendo parar de andar em direção a porta — Senta aí na cama e me espera, não precisa chamar ninguém ou se apavorar — digo pressionando um pedaço de papel higiênico contra o nariz

Esperei o sangramento estancar e sair do banheiro a vendo sentada na cama abraçando as suas pernas enquanto fita ao nada se balançando.

— Ei — sento do seu lado — Está tudo bem, ok? — tiro suas mão de envolta da sua perna as segurando para lhe passar confiança

— Está mesmo? Seu nariz estava sangrando e...

— Ei! Calma, realmente está tudo bem, isso está sendo normal nos últimos dias, não precisa se preocupar ou comentar com minha mãe ou meu pai sobre, tá?

— Então, você esconde isso deles? Luíse, isso não se faz, você precisa de ajuda médica para saber o que realmente é isso, não precisa esconder, especialmente deles

— Eu rstou fazendo exames para saber o que é, já procurei ajuda médica fique despreocupada e por falar em esconder... — olho para os braços dela marcado de mordidas, mas logo ela os encolhe — Eu sei que é difícil, mas assim como você me disse que eu preciso de ajuda você também precisa, contamos para minha mãe e ela saberá o que fazer

— Você vai contar do seu sangramento também? Se você for eu conto

— Íris... Eu já procurei ajuda médica, já fiz inúmeros exames e o resultado sai daqui a três dias, daqui a três dias saberei o que está acontecendo comigo e prometo que quando tiver o resultado eu falo com meus pais, quero um diagnóstico certo e não suspeitas que podem os deixar muito preocupados, entendeu? Mas você precisa ver isso antes que se machuque mais

— Está bem, pode ir junto comigo?

— Mas é claro que sim, estou aqui contigo —  seguro firme em sua mão — Vamos nos arrumar e contamos durante o café, está bem?

— Ok, obrigada — me abraça apertado e devolvo o carinho lhe apertando em meus braços também

Tomei um banho primeiro que ela me arrumando para mais um dia de trabalho, logo ela fez o mesmo, descemos as escadas um pouco tensas porque sabemos que conversar sobre o que vem acontecendo com ela não será algo fácil, além de ser grave.
Antes de começarmos a comer falei que Íris e eu tínhamos que conversar com meus pais e logo eles nos encararam preocupados, seus olhares eram de pura aflição e pareciam esperar o pior.
Graças a Deus a conversa fluiu bem, saíram alguns choros mas tudo ocorreu bem, minha mãe marcou uma consulta para íris com sua psicóloga hoje mesmo e prometeu fazer o possível para ajudar.

Assim que tomei café, subi novamente para o meu quarto para pegar minha mochila já que Daniel está no carro me esperando, ouvi a porta ser fechada atrás de mim assim que peguei meu celular na cama e o coloquei no bolso de trás da calça jeans, me virei para ver quem é e fui surpreendida com um abraço de Íris.

— Wou, quase me mata de susto garota! — digo lhe retribuindo o abraço

— Desculpa, não era minha intenção, eu só queria agradecer por tudo...

Uma Questão De Fé [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora