Capítulo 15

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 Priscilla:

Ontem a noite acabei pegando no sono cedo, então hoje acordei cedo, e muito bem disposta, fiz meu café da manhã, e coloquei algumas roupas para lavar, e fui para o meu mini escritório em casa, um quarto de visitas, onde havia uma estante onde eu guardava todos os meus livros, e uma Escrivaninha, com canetas, bloquinhos de anotação,  e meu notebook, e só o tirava dali em viagens ou quando eu recebia visitas com crianças. Liguei o notebook e comecei a pré-selecionar as fotos do ensaio de sábado para poder editá-las e enviar para os clientes.

Eu estava bastante concentrada quando ouvi a campainha tocando, o que eu estranhei bastante, pois o porteiro sempre interfonava quando alguém chegava e queria subir para o meu apartamento, então devia ser a Sam ou alguma outra vizinha. Levantei e fui abrir a porta, quando fiz isso, tive uma surpresa, na porta estava a minha Prima Carolina, ou simplesmente Carol, provavelmente o porteiro não anunciou pois a Carol vinha sempre aqui.

Ela carregava uma mochila que parecia bastante pesada e uma mala enorme, e em seu rosto havia um semblante cansado e muito triste.

-Carol! O que aconteceu? Você não parece bem. Entre! Disse dando passagem a ela, e após ela passar, fecho a porta.

-Prih, Eu preciso muito da sua ajuda, eu me assumi para os meus pais ontem, e eles me expulsaram de casa na hora.  Ela disse e lágrimas já brotavam em seus olhos.

-E essa noite? Onde você dormiu? Perguntei preocupada, a Carol era como uma irmã mais nova para mim.

-Eu dormi na casa de uma amiga, mas eu não podia ficar lá por mais tempo. Ela respondeu agora já chorando e soluçando desesperadamente.

-Então, a partir de hoje você vai morar aqui comigo, pelo tempo que você quiser e precisar. Fica calma meu amorzinho, tenho certeza que uma hora ou outra seus pais vão sentir tua falta e vão se arrepender do que eles fizeram. Eu disse tentando confortá-la.

Ela me Abraçou e chorou por um tempo, então ela se levantou e finalmente conseguiu sorrir levemente...

-Obrigada Prih... Ela disse.

-Ei, não há motivos para me agradecer! Você é como uma irmãzinha para mim. Respondi. Ela sorriu ainda com os olhos marejados.

-Agora vem, vamos lavar esse rosto, você não merece chorar por isso. Continuei.

Eu a puxei para o banheiro e a ajudei a lavar o rosto, e então a levei para o quarto de visitas que agora seria o quarto dela.

-É aqui que você vai ficar a partir de hoje, vou tirar as minhas bagunças daqui para que você fique mais a vontade. Eu disse e comecei a retirar as minhas câmeras  e meu notebook.

-Você estava trabalhando? Não precisa tirar as suas coisas, não vou te atrapalhar. Ela disse se sentando na cama.

-Eu estava, mas posso fazer isso mais tarde, não é nada muito urgente, vou te ajudar a guardar as suas coisas aqui no quarto para que você se sinta confortavél. Respondi.

-Prih, tu é mesmo um anjo na minha vida! Ela disse e me abraçou forte.

Ajudei ela a organizar o quarto, guardamos as roupas dela e deixamos agora a escrivaninha toda para ela poder estudar, mas o quarto parecia muito sem graça, então tive a ideia de irmos ao shopping almoçar e comprar algumas coisas para deixar o quarto mais aconchegante e a cara da Carol.

Trocamos nossas roupas e partimos para o shopping, eu estava determinada a fazer o dia de hoje o melhor possível para Carol. Inevitavelmente para chegarmos ao nosso destino, o shopping, tínhamos que passar em frente a floricultura da mãe da Carol, ao passarmos por ali, ela se recostou no banco e suspirou pesadamente, decidi nem tocar no assunto, a dor e tristeza de tocar nesse assunto não valia a pena.

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