Capítulo 4

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 Priscilla:

Acordei, e como eu estava com tempo hoje, tomei um banho, vesti novamente meu pijama, e fui tomar meu café da manhã com calma, voltei para o meu quarto, escolhi a roupa que eu usaria para trabalhar hoje, passei apenas uma máscara de cílios e um batom clarinho, escovei meu cabelo e deixei solto, mesmo sabendo que logo eu acabaria prendendo ele então Joguei um amarrador de cabelos na minha bolsa, peguei o HD, minha agenda e coloquei na minha bolsa, apaguei as luzes q eu havia acendido, sai, e tranquei a porta.

   Cheguei no trabalho, abri o escritório, e comecei a organizar as coisas, faltavam 5 minutos para às 9h e Augusto chegou.

   -Bom dia Augusto! Eu disse.

   -Bom dia Dona Priscilla! Ele respondeu.

   -Eii, sem o Dona, e pode me chamar de Prih mesmo. Eu disse.

   -Okay,Prih, e você pode me chamar de Guto se quiser. Ele disse.

   -Tudo bem então, Guto, Primeiro quero te explicar o que a gente vai fazer hoje. Eu disse.

   Expliquei então que o dia hoje seria calmo, só teria um ensaio marcado para tarde, e seria aqui no estúdio mesmo, expliquei como funcionava o trabalho aqui, e que quando eu fosse fazer ensaios fora do estúdio ele teria que ir junto para me auxiliar, exceto em ensaios sensuais femininos. Ensinei ele como ele devia embrulhar as fotos reveladas, como funcionava a impressão dessas fotos e como ele deveria cortar as fotos, tanto antes de revelar quanto depois caso sobrasse alguma borda além do padrão, era difícil mas as vezes acontecia. O Guto era mesmo dedicado, ele prestava atenção em todas as minhas explicações e aprendia bem rápido. Eu tinha uns 5 ensaios para entregar as fotos já reveladas para às clientes, e com a ajuda do Augusto isso correu bem rápido, 3 desses ensaios os clientes haviam preferido o envio do material pelo correio, expliquei como ele deveria embalar tudo e por na caixa, etiquetar e levar no correio que ficava ali perto. Ele então saiu para fazer isso e em menos de 30 minutos já estava de volta.

    -Nossa, que rápido! Eu disse.

    -O correio é Aqui pertinho e estava bem vazio. Ele respondeu.

    -Que bom, Agora já está na hora do almoço, você gostaria ir almoçar comigo Aqui pertinho? Eu disse.

   -Ah, Eu aceito. Ele respondeu tímido.

Esse jeito tímido dele era fofo, fomos caminhando até o restaurante, conversamos sobre algumas dúvidas que ele tinha sobre o trabalho no estúdio.

 Augusto:

Cheguei no estúdio, e a Prih já começou a me explicar coisas que eu precisava saber, como por exemplo como cortar as fotos antes e depois de revelar quando fosse necessário, como eu deveria guardar as fotos reveladas, como montar as caixinhas para entregar, e como etiquetar as caixas para envio pelo correio. Depois fui até o correio postar 3 dessas caixas. E quando voltei já era a hora do almoço, e fomos almoçar juntos em um restaurante ali pertinho, Tirei algumas dúvidas que haviam surgido na minha cabeça sobre o trabalho no estúdio.

   Durante o almoço eu e a Prih conversamos bastante sobre coisas aleatórias durante o almoço, Não imaginava que ela fosse tão Simpática assim. Depois do almoço voltamos para o estúdio, e eu e a Prih fomos arrumar o estúdio, montar e regular as Luzes para o ensaio de hoje a tarde. Por mais complexo que essas coisas fossem eu aprendi rápido, afinal tudo isso ser algo que eu me interessava já se tornava mais fácil, durante o ensaio eu fiquei por perto, observando tudo e ajudando a organizar o cenário, era um ensaio infantil de uma menina de uns 5 anos muito fofa mesmo. A Prih além de uma fotógrafa incrível também era boa com crianças, Já eu acho que não sou tão bom assim com crianças, afinal, a última vez que eu tive bastante contato com crianças foi quando eu era uma criança também.

   Depois que o ensaio terminou, eu apaguei as Light box, guardei os objetos em uma caixa, e pus novamente no lugar.

 -Eii, Guto!! A Prih me chamou.

 -Sim Prih, o que você precisa? Eu respondi já indo até a mesa dela.

-Quer ver as fotos de hoje? Ela disse.

-Quero sim! Eu respondi.

Ela me mostrou todas as fotos, que realmente eram incríveis.

-Uau, suas fotos são incríveis, você fotografa tão bem. Eu disse impressionado.

-Muito obrigada. Ela respondeu um pouquinho tímida.

-Eu realmente não imaginava que você ficasse tímida assim quando elogiada. Eu comentei.

-Mas por quê? Ela perguntou me olhando.

-Ah porque você é famosa, já deu entrevistas e tals. Eu respondi.

-Entendo, na verdade eu sou bem tímida, eu até já deveria ter me acostumado a receber elogios, e dar essas entrevistas, Mas não é tão simples pra mim, até faço terapia para tentar melhorar isso. Ela explicou.

-E tá funcionando? Eu perguntei.

-Sim, a terapia tem me ajudado bastante com a minha timidez. Ela respondeu.

Ela voltou a selecionar as fotos para começar a editar e fui para a minha mesa organizar algumas coisas, vi que os editores estavam baixados no meu computador também, digo, no computador que eu estava utilizando, e me senti tentado a mexer um pouquinho, mas achei melhor não e continuei separando as fotos reveladas. Mesmo com coisas para fazer pensei na naturalidade que ela falou da terapia, se eu fizesse terapia acho que não conseguiria falar tão naturalmente sobre o assunto.

 Priscilla:

Depois que voltamos do almoço eu e o Guto fomos arrumar o cenário no estúdio para um ensaio que eu teria hoje a tarde, regulamos as luzes, o que era um trabalho um pouquinho complexo, mas Augusto aprendeu rapidinho, ele realmente era muito dedicado, e espero que continue sendo. Depois do ensaio eu fui selecionar as fotos para começar a edição, e deixei o trabalho de reorganizar o estúdio para Guto. 

Depois o chamei para ver algumas das fotos, Ele as elogiou muito que acabei ficando tímida e dessa conversa acabei falando das minhas sessões de terapia, que era algo que eu nunca falava para ninguém, mas quando notei que já  tinha falado tentei fingir naturalidade, mas não tenho ideia se funcionou.

Guto foi para a mesa dele organizar algumas fotos reveladas, e eu comecei a editar as fotos do ensaio de hoje, o resultado havia ficado muito bom mesmo.

Eram 18h10min quando eu notei que não havia mais nada para se fazer ali hoje, as edições eu terminaria amanhã.

-Ei, Augusto, Vamos embora? Eu disse me levantando.

-Mas ainda não deu o horário. Ele respondeu.

-Não tem problema. Pode desligar ai, e ir para casa. Eu disse.

Ele desligou o computador, enquanto eu pegava a minha bolsa, e saímos do estúdio juntos, pegamos o elevador juntos, mas quando eu me direcionei para o estacionamento ele foi para a porta da frente, depois o vi caminhando até o ponto de ônibus. 

Fui dirigindo para casa e ele não saia da minha cabeça.

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