Unidos pela Fotografia

Capítulo bônus

 Malu:

Desde que me aceitei totalmente como Bi, minha vida tem estado bem diferente, passei a me sentir mais feliz, mais livre, e até mais completa, esse sentimento de liberdade também estava ligado ao fato de ter conseguido me mudar da casa da minha avó, até eu começar a me descobrir era tudo muito bom, afinal até uma certa idade morar com a avó é divertido, porém depois de um tempo ela começou a querer controlar totalmente a minha vida, e quando eu soube que a minha Tia Rê, estava voltando para Florianópolis depois de uma temporada dando aula em outras Cidades, eu fiz, de tudo para que eu pudesse ir morar com ela, até que consegui. Ela era a Tia Solteira, animada, e parceira da família, irmã mais nova do meu Pai, morou até os 25 anos de idade comigo e com a Vovó, então ela se mudou e foi morar sozinha, depois disso mudou-se de cidade para dar aula, passou 3 anos em uma cidade e 3 anos em outra, e agora ela voltou para ficar, era muito bom morar com ela, além de ter mais liberdade sem deixar de ter o sentimento de que havia alguém zelando por mim, ela me apoiava demais, e me ajudou muito a me aceitar como sou. Por causa de tudo isso agora eu estava mais focada do que nunca em passar no vestibular para Ciências Contábeis, estudava a noite, de manhã e a tarde trabalhava de ajudante em uma empresa de uma amiga da minha tia, algo muito bom, pois eu ganhava um dinheiro para comprar minhas coisas e ajudar a Tia Rê, além de adquirir conhecimentos.

Observando minha vida, era inegável que tudo havia mudado muito esse ano, de um rolê onde eu seria a vela, pois eu não me dava e não me dou muito bem em baladas, nunca consigo ficar com ninguém, não chego em ninguém por causa da timidez e sempre passo despercebida ganhei um bom amigo, o Guto, de um favor para a minha tia indo entregar uma agenda para ela na escola conheci uma garota que me atraiu mais do que ninguém, A Carol, era realmente muito bonita, além de simpática, desde aquele dia, não a tirei mais da cabeça, por mais que eu me esforçasse bastante, por diversas vezes já havia passado pela minha cabeça a ideia de perguntar mais sobre a Carol para a Tia Rê, mas me faltava coragem, então decidi ir levando a vida e tentando criar a coragem. Tudo que eu sabia era que ela estava no 3°ano 2, que era nova no colégio, que se chamava Carolina, e que havia algo nela que havia mexido comigo.