Rose Paolli era uma garota normal que vivia uma vida normal com amigos e familia, mais tudo muda quando no seu 17° aniversário, coisas bizarras e estranhas começam a acontecer com ela, fazendo assim ela descobri um grande segredo do passado de seus...
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Meus dedos tocaram a caixinha e ela se abriu, ao meu redor foi como se toda a atmosfera do meu quarto tivesse mudado, só havia a caixinha se abrindo e eu, observei ela se abrir lentamente, quando se abriu por completo, lá estava ele, um anel de ouro com uma reluzente pedra vermelha no centro, encaixado no palco da bailarina, com muito cuidado puxei a bailarina para fora e sem perder tempo peguei o anel, esperei algo acontecer, uma explosão, uma voz, até por uma inundação eu esperei, mas a pedra apenas brilhou mais forte, confesso ter ficado decepcionada, quero dizer, é só isso? Quase um pedaço do pescoço por um anel comum?! Não pode ser, deve ter algo mais. Enquanto eu olhava intrigada a jóia, escutei a porta da sala bater e voltei a realidade, coloquei o anel no bolso e saí do meu quarto.
- Ela já foi?
- Já Rose, ela já foi - disse meu pai me olhando muito sério - Mas eu espero que você saiba que eu não gostei nem um pouco da forma como você agiu com ela, eu jamais esperaria isso de você, minha filha! Você não é violenta.
O peso caiu sobre meus ombros, meu pai estava decepcionado comigo, eu sei que existe algo errado com aquela mulher, mas se meu pai não desconfia de nada, ele apenas acha que eu fui rude e mal educada com ela, eu tenho que saber mais sobre ela sozinha, não posso deixar ele saber, então menti, mais ou menos.
- Eu sei que agi mal, pai. Mas eu fiquei com ... ciúmes, pronto falei, eu saío por alguns dias e quando volto você está com uma mulher? Afinal quem era ela??
- Oh filha, ninguém nunca vai me tirar de você, nunca, me ouviu? - ele me abraçou - eu não tenho nada com ela, na verdade ela é minha chefe, é a supervisora pedagógica do campus, ela começou essa semana. Mas chega de falar dela, como você tá? Porque não me avisou que estava vindo?
- Estou melhor agora, então pai.. eu não avisei por que o Estevam disse que celular não são seguros para pessoas como nós, e também por que eu fugi do acampamento...
- Rose, você o quê?! Quer saber, não vou brigar com você, eu te devo algumas explicações e acho que é o que você quer.
- Não papai, não agora pelo menos, se o senhor me escondeu isso, deve ter tido um motivo. Eu refleti bastante esses dias, e acho que já tive revelações demais por uma noite.
- A escolha foi sua, nem venha me cobrar depois. Ah filha, que saudade que eu estava de você! - ele me abraçou apertado de novo e passou a mão na minha cabeça, então me soltou e disse :
- Já comeu? - acenei que não - Então vai tomar um banho enquanto eu preparo nossa janta.
De prontidão fui, guardei o anel que estava em meu bolso na minha caixinha de bijuterias, quando voltei ele estava pondo a mesa, macarrão e hamburger, a comida até esfriou de tanto que falamos, contei a ele sobre tudo que aprendi no acampamento e de todos que conheci, falei até mesmo de Dante, claro que deixei de fora a parte em que ele me beijou e todos os sonhos malucos que tive, mostrei minha nova arma e ele me ajudou a escolher um nome, decidimos por 'Ananeosi Drepani', em grego significa 'Foice do Renovo', ela se chamar foice foi uma coincidência, meu pai me contou que minha mãe se apresentou a ele com o nome de Ana, então era o nome que queria dar a arma, mas meu cérebro me jogou Ananeosi, eu nem me lembro de já ter escutado essa palavra, mas gostei, terminamos e eu lavei a louça, meu pai foi deitar e eu fui para o meu quarto, sentei no baú da minha janela e olhei para fora, vi um casal de mãos dadas sentarem em um banco, estavam conversando, o garoto roubou um beijo dela enquanto ela falava, ela se atirou aos braços dele, retribuindo o beijo, lembrei de Dante, senti raiva e meu rosto ficou quente, "Aquele imbecil, brincando com meus sentimentos", pensei enquanto me cobria para ir dormir.
