Rose Paolli era uma garota normal que vivia uma vida normal com amigos e familia, mais tudo muda quando no seu 17° aniversário, coisas bizarras e estranhas começam a acontecer com ela, fazendo assim ela descobri um grande segredo do passado de seus...
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Acordei por volta das seis horas da tarde com o cheiro do jantar, meu pai já havia chegado e estava preparando a comida, um cheiro inconfundível de feijão recém feito e carne cozida, me levantei do sofá esfregando os olhos e fui até a cozinha, meu pai imediatamente fez uma careta e me mandou ir tomar banho, era algo nosso desde que eu era pequena, obedeci e fui tomar banho, quando voltei já com a roupa mais confortável que poderia ter para mim (shorts e camiseta, é claro), meu pai já me esperava a mesa.
- Muito azar, não é? Você volta em plena quarta-feira, para não perder ainda mais conteúdo, e as aulas são suspensas por algo tão horrendo, como você está, minha rosa?
- Acho que estou bem, papai. Estou preocupada com a Jen, afinal, quem encontrou o corpo, ou melhor, o cadáver, foi ela né. Ela estava em estado de choque, não conseguia nem falar.
- Eu nem consigo imaginar como deve ter sido para ela, a Mônica disse que a levaria ao psicólogo ou algo do tipo?
- A tia Mô não disse nada, acho que a Jen preferiria ficar em casa e processar o que aconteceu sozinha do que ir passar em um especialista.
- Se se apressar pra comer, ainda dá tempo de irmos lá na casa dela ver como ela está.
Me apressei em comer, lavei a louça para o meu pai e saímos, estava trânsito, mas não demoramos muito para chegar, ela morava em uma casa grande, com um portão todo fechado e ornamentado, a casa dela era linda, os pais dela juntaram dinheiro por um bom tempo para comprá-la, mas admito que quando a Jen foi embora do prédio senti muito a falta dela, às vezes passávamos o dia inteiro juntas. Meu pai tocou a campainha e fomos atendidos pelo pai dela, entramos e ficamos na sala conversando, Jen estava tomando banho, já tinha um bom tempo que eu não era obrigada a presenciar conversas de adultos, cara, como é chato... quando a ela saiu do banho, só me apareceu na porta e me chamou para ir ao quarto dela, ela estava de pijama e com o cabelo pingando, sentei na cama dela e cruzei as pernas, ela estava mexendo no guarda roupa.
- Como você está?
- Estou bem, foi horrível ter visto o que vi, mas já passou, meu pai tá insistindo pra mim ir ver um psicólogo, mas eu realmente não quero.
- Acho que faria bem a você...
ela me olhou com cara feia e revirou os olhos.
- tá, tá, entendi, você não quer mesmo, sabe o que eu estava pensando?
- Não, mas pode me contar - disse ela sentando ao meu lado e abraçando um travesseiro.
