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– Eu deveria ter imaginado, algo estava diferente, só não esperei que fosse nessa proporção.

– Acha que estou errado mestre?

Momentos em que apenas sentavam um do lado do outro sem nenhuma atividade envolvendo esforço físico eram raras entre Lee e Gai, não eram fãs de moleza ou descanso, a única razão de estarem daquele jeito era pela conversa que estavam tendo. Kankuro realmente não falou nada sobre o que viu no quarto, no entanto Lee sentiu-se na obrigação de falar, era o tipo de pessoa que assumia seus erros. No início comentaria somente sobre o dia, ver Gai o fez mudar de ideia, sempre foram sinceros um com outro, falou sobre tudo que estava sentindo desde a invasão até sobre está sendo correspondido. Não sabia bem o que esperava, um conselho ou punição, o único fato era que se sentia bem compartilhando.

– Errado não, não somos capazes de controlar nossos sentimentos para sermos culpados por eles. Agora terá que ter responsabilidade com seus atos, se irá parar ou continuar, você sabe as consequências de ambas as escolhas.

– Me apoiará em qualquer decisão?

– Sim Lee, posso não entender, porém sei que seguirá seu coração pro que é correto.

A cada novo dia tinha a confirmação como teve sorte de ter o melhor sensei possível, era a única pessoa livre de julgamentos. Ficou feliz pela resposta, levantou-se com toda animação para começar outro treino intensivo, Gai o acompanhou no mesmo nível, ninguém demonstrava tanta empolgação com as atividades como eles, sua felicidade se tornava ainda maior já que eram os únicos sorrindo no palácio.

A chegada do imperador foi estressante para todos os funcionários, Rasa era extremamente rígido encontrando pontos pra criticar em cada detalhe do palácio. Os cozinheiros saíram com dor de cabeça após ouvirem reclamações intermináveis sobre a comida, faxineiros tiveram que levar panos o seguindo para limpar todos os cantos em que achou sujo, Kankuro foi um dos que mais passou tempo prometendo melhorar, como o responsável geral boa parte da culpa caia em cima de si, era o mais próximo de entender Gaara.

Até a parcela de pessoas que não gostava do lorde sentia pena do que teria que enfrentar.

As críticas eram diversas. Por que continua tão baixo? Não deveria está se alimentando direito, sendo assim também não se exercitava o suficiente para ter disposição, o corpo parado significava que a cabeça também era, seu conhecimento deveria ser medíocre em todas as áreas, da matemática a arte. Gaara mal teve a oportunidade de se defender, seu pai falava rápido ligando vários pontos para justificar o imperador fracassado que seria.

– Não ficarei aqui, me recuso a permanecer em um local de nível tão baixo com pessoas assim. Minha passagem pode ter sido rápida mas tente absorver algo do que eu disse.

Não havia sido nada rápido, Rasa passou horas ditando a Gaara tudo que precisaria seguir se quisesse mudar seu estado deplorável antes de uma medida drástica ser tomada. Foi como um ano inteiro em uma tarde, o dia estava chegando ao fim e não podia ser mais grato pelo seu pai indo embora.

– Antes de ir, soube que continua covarde sendo dependente de um nascido inferior para se proteger. Mande-o embora, um imperador não pode se apegar a ninguém, terá que ser forte.

De cima da mesa o chá que serviu pela tarde foi ao chão, Gaara não conseguiu controlar sua raiva ao ouvir Lee sendo chamado de nascido inferior, acabou batendo forte na madeira virando sua xícara.

– É um guarda pessoal para manter minha segurança, somente.

– Prefiro morrer a ter um filho traumatizado que tem como segurança a imagem de um inferior patético. Não cansa de me envergonhar...

Lorde Sabaku - GaaLeeOnde histórias criam vida. Descubra agora