Capítulo 9

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POV Gizelly

Ia tirar um cochilo na rede, mas fui interrompida por Nani com vários papéis em branco, lápis de cor e uma pasta pra apoiar, estávamos fazendo altos planos pra empresa nova da Márcia, ele soltou uma frase que ficou ecoando na minha cabeça, sonhei com um desfile o qual havia desenhado especial pra minha pop star, as pessoas aplaudindo e Nani apresentando a gente, nós estávamos elegantes, a roupa era a mesma que havia ido na boate e ela me deu um beijo, na melhor parte alguém começa a balançar a rede e me chamar. Droga não se pode mais sonhar e nem dormir nessa casa, sangue fogo e labareda.

-Ei mermã, numa boa hein malandra?!

-Gallina? -estranhei a presença dele por ali

-Isso que é vida sabia que ia te encontrar numa legal Gizelly, sabia que você vai me dar uma força pro seu velho e amigo Gallina, gostei da habitação hein?! -falou ao ter analisado o local todo e o visual da praia. -O que você tá fazendo aqui? -levantei da rede quase ameaçando pra que ele fosse embora antes que o pessoal da casa visse por ali. -Calma minha irmã

-O que você quer Gallina pelo amor de Deus?

-Vim só dar uma olhada na sua praia, vem cá não apresenta a casa? -Vamos sair daqui, bora. -puxei pelo braço -Sabia que você ia me mostrar a casa -Vem cá você tá doido é?! -empurrei até a oficina gritando -Já não chega a confusão que você arrumou. -Vai dizer que agora você é surfista e entende de moda também, é isso, boa vida, praia particular e tudo de bom, se deu bem minha amiga. -VEM CÁ COMO É QUE VOCÊ ME ACHOU? -Tenho faro ou esqueceu disso?

-GIZELLYYY ONDE VOCÊ TÁ? -Nani gritava lá da janela da sala -O QUE, QUE FOI NANI? -Vem tomar um cafezinho comigo acabei de fazer. -OBRIGADA, AGORA NÃO QUERO NANI EU TÔ COM SONO VOU DORMIR -dei uma desculpa -Nossa dormir? Essa menina tá é doida. -Nani? Nani? -ele estranhou -Quem é ele? Teu namorado? -Não! -Bom de todo jeito espero muito que ele goste de mim. -sugeriu

-É Gallina, não vai dar pra você ficar aqui. -Por quê não? Nossa que ingratidão! Eu arrumei a grana toda pra você cuidar do teu pai, mas pelo visto já esqueceu né?! Afinal como ele vai? Melhorou? -Meu pai morreu -falei com a voz embargada -Tá brincando? Nossa que barra -me abraçou -Jura mesmo? -assenti -Rapaz bom, gostava muito dele, homem batalhador e adiantou uma coisa um cara massa daqueles morrer jovem com uma filha tendo que fazer um assalto pra poder cuidar dele, triste tudo isso. -falou pensativo -É isso tudo dando errado, tô com azar em tudo Gallina, meu pai não merecia ter morrido daquele jeito e nem também eu ter virado uma fugitiva -falei com a voz embargada com as lágrimas nos olhos prestes a cair -Mas é isso nessa vida a gente tem que ser bandido, pegar na marra o dinheiro dos caras -Olha aqui Gallina isso não justifica você ficar matando os outros por aí -Ah para, essas coisas acontecem e são assim mesmo, acidente de percurso. Mas vem cá tenho que te contar uma que aconteceu lá no Espírito Santo, vamos sentar que eu te conto -Tá -sentamos em uma das cadeiras perto da oficina olhei pra todos os lados pra ver se não ia aparecer alguém -Bom, tem um cara aí com os olhos puxados, cabelo liso com uma franja, ele parece não ser daqui, um policial na verdade, pegou no meu pé, espaçoso ele, na verdade eu não tenho nada, tô limpo, mas eles estão atrás de você te cuida porque aquela velhinha lá tua amiga bateu com a língua nos dentes e te entregou pros homens, aliás você vacilou como tu me deixa a mulher ver o carro ainda? -O quê? Pode parando com isso Lucas, eu hein vacilei nada meu pai tava morrendo e você acha que eu tinha cabeça pra pensar em carro? Faça – me o favor né Lucas. -É, mas devia, eles estão alvoriçados com a morte do estrangeiro. -Vem cá como que você sabia que ele tinha tanto dinheiro assim? -Ah... boa menina você pensei até que não ia perguntar quem me bateu o lance foi uma mina aí tal de Juliana, você não conhece, ela tava tendo um lance aí com o estrangeiro. -E agora você venho pra cá fugir desse tal de Pyong aí? -falei preocupada -Claro, mas aconteceu uma coisa muito engraçada eu sorteei pra onde eu ia pode agora tá em Florianopólis, Santa Catarina e olha só onde eu vim parar, exatamente ao lado da minha velha e boa amiga. -falou sorridente -E como você me achou Lucas? -Ué, você é uma pessoa famosa agora sai nas colunas sociais olha só -tirou o jornal do bolso da camiseta que vestia -Gizelly, a jovem estilista do Espírito Santo -Isso é besteira eu menti, tô morando de favor -Sei, tá querendo me passar a perna é isso? Logo agora que eu preciso de você -Precisa como? -Aquele dinheiro todo já detonei tudo que você acha? -ele mostrava a roupa que era uma calça jeans dessas de marca, uma camisa xadrez vermelha e uma camisa jeans clara e um óculos -reparou no figurino? Pensa que só você entende de moda é? Comprei umas coisas pra Juliana, praticamente visitei todos os motéis do Espírito Santo e o dinheiro foi acabando .... acabou. -Meu dinheiro também acabou -Mas te garanto que você vai conseguir arrumar não é? Não vai querer decepcionar seu velho amigo ou vai? -Desculpa, mas vou sim nem tenho como te ajudar, não tenho dinheiro e não tenho nada e além do mais eu não tenho jeito pra ser bandida -Mas com o tempo você acaba aprendendo -Não tem essa, tô fora disso Gallina -Tá nada tu tava comigo na hora do assalto ou esqueceu fofa? -Mas quem atirou foi você eu nem sabia que você tinha um revólver hello Lucas -Pois eu continuo com ele -tirou o revólver guardado na cintura com toda felicidade mostrou -Gallina eu quero dizer uma coisa pra você que as coisas fiquem claras se você forçar a barra eu vou na polícia e conto tudo pra eles e vê se guarda esse negócio aí -falei apontando pra arma que ele girava -Calma não é assim né Gizelay -É assim sim senhor e pra você ficar sabendo eu já pensei em me entregar várias vezes não dá pra esquecer a cara do homi que você acertou duas vezes -Tá querendo me entregar é isso? Vou fazer o seguinte vou me estabelecer aqui no Rio vou chamar a Juliana pra vir pra cá -Eu não quero que você me procure mais -Faz o seguinte esse é o endereço onde eu tô ficando é na lapa que fica numa pensãozinha dessas bem baratinha -tirou o papel com o endereço do bolso da calça e me entregou – você me procura tá?! Tem mais se você não me procurar eu volto tá dado o recado minha irmãzinha daí você vai ter que me apresentar pra essa galera toda aí vou te esperar, bye bye irmãzinha te cuida ai -ele acenou e saiu daquele jeito malandro dele.

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