Capítulo 5 - Abrigados

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Ao se dirigirem até a entrada da caverna, Croft retirou seu bastão de luz, mirando sobre a entrada enquanto iluminava o local

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Ao se dirigirem até a entrada da caverna, Croft retirou seu bastão de luz, mirando sobre a entrada enquanto iluminava o local. Drake acionou sua lanterna a prova d'água, iluminando o interior escuro, estendendo o alcance da iluminação. Caminharam, ainda vasculhando a parte interna, encontrando algumas pontas penduradas ao teto. Sua consistência estava em ótima forma, consequência de sua própria natureza e pouco uso do local.

A caverna era curta, não haviam muito o que se averiguar...

A temperatura ainda estava um pouco fria devido ao vento que surgia da entrada, apesar da ilha aparentar ser tropical durante seus dias de sol. Mas a falta do sol resultava em noites e madrugadas frias, naquele momento a única coisa que torciam, era um amanhecer com sol.

— Precisamos de fogo e lenha, assim podemos acender uma fogueira. – Croft sugeriu, enquanto esfregava suas mãos em uma tentativa de se aquecer.

— Acho que tinha alguns galhos próximos a entrada, podemos usá-los. – Drake disse, recebendo um assentir dela.

Ambos voltaram para o ambiente chuvoso, começando a recolher galhos e pedaços de lenha molhada que encontravam no caminho, junto a alguns cascalhos e britas para facilitar o fogo na lenha molhada. Assim que retornaram, Croft vasculhou sua mochila em busca de algum papel ou tecido que ajudasse na cremação, enquanto Drake tentava secar um pouco a lenha. Ele arrancou duas páginas brancas de seu diário, colocando entre a lenha.

E por fim, a hora da reza...

A arqueóloga se ajoelhou em frente a fogueira, segurando a pedra e o elo de aço de sua faca, raspando contra a pedra até começar a produzir faíscas. Continuou repetindo o processo, até a primeira palha pegar fogo, se espalhando entre os tecidos inflamáveis da fogueira. Conforme a força foi aumentando, o efeito surtiu contra a lenha um pouco úmida, a consumindo aos poucos.

Com um leve suspiro, Croft sentou no chão frio, enquanto encarava a chama ardente da fogueira. Drake sentou-se logo adiante, também encarando a chama que refletia o brilho sobre seus orbes azuis. Desviou, fitando o semblante pensativo de Lara, que fitava a fogueira com certo desconforto.

— Conseguimos. Pelo menos está menos frio agora... – Tentou descontrair, ainda notando o desconforto que cercava sua face.

— Espero que continue assim até o amanhecer.... – Ela disse, ainda mantendo os olhos na fogueira.

— Lara, está tudo bem? Está pensativa desde que acordamos na costa...

— Ainda não consigo aceitar, Nathan... Causei aquilo que mais tentei evitar desde o começo. Agora... Edward está morto, e a culpa é minha.

— O que você viu quando o Edward caiu no mar? Tem certeza do que viu?

— Eu não sei... Apenas o vi escorregar, mas pela reação dele... Não me resta dúvidas de que realmente foi baleado.

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