Capítulo Sete: Perfect girl

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Por Leon

Levei Janis ao meu lugar favorito daquela cidade maravilhosa: O Hard Rock Café.
Eu amava a atmosfera daquele lugar, era convidativa, acolhedora e muito bonita.
Era o lugar que eu frequentava para desestressar, por isso era tão especial.
Esperava que ela também gostasse tanto quanto eu.
Era a primeira vez dela ali, ela parecia uma criança em uma loja de brinquedos, olhava para as coisas ao seu redor com um brilho de entusiamo nos olhos que me deixava hipnotizado.
Ela estava tão linda... Eu não resisti, peguei em sua mão. Ela simplesmente sorriu, entrelaçou devagar seus dedos com os meus e me olhou com os olhos brilhando, olhei para ela e sorri de volta. Tudo o que eu queria era fazê-la feliz.
Então eu disse, fazendo carinho em sua mão:
- Vejo que está gostando, acho que acertei o lugar...
- Você deve ser algum tipo de vidente ou espião... como sabe tanta coisa sobre mim?
Não contive uma risada ao ouvir aquele comentário. Apenas disse:
- Janis, eu sou vidente.
Ela riu e disse, revirando os olhos:
- Impossível.
- Você acha? - perguntei, cruzando os braços e a olhando, desafiador.
Ela sorriu, imitando meus gestos. Virei meu corpo para frente, continuando a andar e disse:
- Eu tenho amizade com uma mulher de uns quarenta anos, que passa todo dia para me ver tocar na praça. Quando eu te vi passando pela praça pela primeira vez te achei muito bonita, você me chamou atenção. Essa moça me deu algumas informações sobre você...
Janis então ficou apenas me olhando com os olhos arregalados.
- mas você é um medroso! - ela disse, rindo. - O que te custaria vir falar comigo?
Sorri, abaixei a cabeça e olhei para meus pés.
- Você me parecia muito apressada, não quis te atrapalhar, você estava atrasada...
Senti sua mão direita tocar levemente em meu queixo e o levantar, me fazendo olhar em seus olhos. Ela sorriu e pude notar suas covinhas aparecerem, a deixando ainda mais bonita.
- Me desculpe Leon, sei que isso pode parecer estranho, mas sinto uma ligação forte com você, algo que nunca senti antes, como se sempre nos conhecêssemos. - ela riu, balançando os braços. - Juro que não sou louca.
- Eu nunca disse que você era... - sorri.
Ela riu, um riso tão doce que eu poderia ir aos céus só de ouvir aquele som. Faria tudo o que tivesse ao meu alcance para vê-la sorrindo sempre, eu estava enfeitiçado pelo seu sorriso, assim como pela sua voz.
Encostei sua cabeça em meu peito, pegando em suas costas e acariciando devagar, senti ela me abraçar e fechar os olhos. Ficamos abraçados por alguns minutos, que mais pareceram uma eternidade, sentindo o coração um do outro.

🌷

Por Janis
Era muito importante para mim saber que ele tinha tanto carinho e preocupação comigo, afinal, eu também sentia o mesmo por ele, eu também queria que ele se sentisse seguro comigo, pois ele me fazia sentir segura. Enquanto conversávamos sobre coisas triviais, passeando pelos inúmeros corredores do Hard Rock, senti que o tempo estava paralisado e era só nosso.
Eu estava experimentando um sentimento novo.
Talvez seja o que chamamos vulgarmente de amor, mas para mim uma palavra não descreve tudo o que estou sentindo, uma palavra me parece apenas resumir um sentimento intenso em migalhas e eu não queria de forma alguma que aquilo se desfizesse, pois pela primeira vez sentia algo mais forte do que uma simples paixão avassaladora.
Eu sentia uma ligação com Leon de outras vidas, sentia algo nos conectar de maneira mais profunda sempre que estávamos juntos, como em um encontro de almas.
Minha mãe me diria que quando encontramos nossa alma gêmea os astros se alinham e nesse momento sabemos que não vamos conseguir mais nos desgrudar, e era exatamente isso que eu sentia, uma força maior, me levando para ele, unindo minha alma à dele.
Esperei por esse momento a minha vida inteira, eu precisava aproveitá-lo e fazê-lo dar certo.

🌷

Por Leon
Estava conversando com Janis enquanto andávamos de mãos dadas pelos corredores do Hard Rock.
Sua animação era incrível, nunca conheci uma jovem com tamanho conhecimento musical como ela, o que me fascinava, sentia sua energia se conectar com a minha de uma forma muito intensa, o que me deixava elétrico e absorto em seus movimentos leves de bailarina.
Meu celular tocou no bolso na calça, me despertando de um transe em que ela me colocara. Peguei, olhando para o visor.
Era o meu digníssimo amigo, William, o Intrometido.
Ele queria saber se eu iria no show do Skid Row, que seria dali há duas semanas, pois ele compraria os ingressos.
Pensei. Meu sonho seria realizado, veria o próprio Sebastian Bach nos vocais novamente, era uma única chance, eu não podia desperdiça-la, afinal não é todo dia em que eu sou convidado para um show inédito com a formação clássica do Skid Row, por isso precisava ir a aquele show de qualquer jeito.
Então uma ideia surgiu em minha mente: por que não comprar mais um ingresso e chamar Janis? Será que ela aceitaria?
Eu sabia que ela gostava de rock, não sabia se curtia Skid, mas faria uma surpresa, correndo todos os riscos, eu chamaria aquela garota para ir comigo ao show do Skid Row nem que tivesse que me vestir de palhaço por uma semana se levasse um fora.
Eu estava louco por ela e não sabia se ela também sentia o mesmo, então por que não arriscar? Só para ficar com ela por alguns momentos?
"Quem não arrisca não petisca" a voz da minha avózinha veio na minha mente. Minha avó nunca estava errada.
Precisava falar com Will antes de chamar a minha musa, então perguntei a ele se poderia passar em sua casa para resolver algumas pendências para o show, ao que ele respondeu que eu não precisava nem pedir pois a casa era minha. Agradeci, me virei para Janis e disse:
- Jay... - ela me olhou, sorrindo, peguei em sua mão. - Quero te fazer um convite!
Ela sorriu, virada para mim e perguntou:
- Que convite?
Respirei fundo e soltei tudo de uma vez para não perder a coragem:
- Você gostaria de assistir o primeiro show da minha banda?
Abri os olhos. Ela estava sorrindo.
- Terei um local vip só pra mim e uma entrada especial no camarim para falar com um certo vocalista? - ela perguntou, muito perto ao meu ouvido, quase sussurrando.
Sorri como um adolescente apaixonado.
- Tudo o que você quiser. - disse.
Ela simplesmente pulou no meu pescoço, quase me fazendo cair. Segurei em sua cintura, a tirando do chão, enquanto ela ria.
Nos olhamos, a rodopiei e encostei nossos lábios devagar, ela apenas me encostou na parede, envolvendo suas pernas ao redor de meu quadril, unindo ainda mais nossos corpos.
Em seguida abriu sua boca devagar, facilitando o encontro de nossas línguas.
Coloquei minhas mãos em suas costas, enquanto ela puxava meus cabelos e sincronizávamos uma dança ritmada entre meus lábios e os dela.
Ela gemeu, senti todos os meus músculos relaxarem apenas por ouvir aquele som maravilhoso.
De repente tivemos que parar para respirar e lembramos que estávamos no Hard Rock, mais especificamente no meio do corredor dos quadros. Coloquei ela no chão, senti seu corpo cambalear e sua respiração entrar em descompasso, olhei em seus olhos, eles pareciam arder, como eu imaginava que ardiam os meus.
- Não sei o que deu em mim, me perdoe. - eu disse, ainda respirando com dificuldade. - Devo ter enlouquecido.
Ela puxou minha blusa com força e disse, olhando firmemente em meus olhos:
- Não se desculpe, enlouqueça mais vezes, eu gosto de te ver perdendo o controle...
Ela queria me provocar e devo admitir que estava conseguindo.
- é melhor irmos lá para fora antes que incendiemos esse lugar. - ela disse, me puxando pelo braço.
Saímos correndo para fora do Hard Rock de mãos dadas. Ela então tirou um maço de cigarros do bolso e me estendeu, aceitei, puxando um para mim, ela acendeu outro.
Nos encostamos em um muro para fumar.
- Gostei muito do passeio. - ela disse, soltando fumaça pelas narinas. - fazia tempo que não me divertia tanto...
Sorri.
- Eu quero muito repetir esse encontro, Jay.
Ela sorriu e colocou a mão direita no meu rosto, senti seus anéis gelados encostarem minha pele, me dando um choque.
- Eu também quero, meu cabeludo. - ela disse, acariciando meu rosto. - Gostei desse meu apelido que você inventou.
Sorri, sentindo seus dedos subirem para meus cabelos. Minha mente paralisou na primeira frase.
Meu cabeludo...
Aquela frase ecoou em minha cabeça.
Não podia ser verdade, ela não podia ter me chamado assim... Ela queria me enlouquecer?
- Jay, a minha Jay. - eu disse. - Eu te amo, garota. - disse, a puxando e colando nossos lábios.
Nos separamos, ela pegou uma mecha do meu cabelo que caía sobre meus olhos e colocou atrás de minha orelha.
- Também te amo.
Ela era a pessoa mais perfeita que tive o prazer de conhecer, de uma maneira tão inesperada, tão louca e sem explicação, mas era a minha Jay e eu cuidaria da minha ruivinha custe o que custar.
Tinha certeza que não podia mais ficar sem ela, ela me fazia ser alguém melhor, eu queria morar em seus braços, sabia que ela sentia o mesmo, sentia que ela também acreditava que tínhamos uma ligação diferente.

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