Locked Out Of Heaven (Ariana/you)

Capítulo 14 - Too Close

POV Ariana

– Vamos logo, (S/n). Deixa de enrolação. – Digo já impaciente.

– Ari... Eu já disse que posso ficar só.

Hoje eu resolvi que vou voltar ao restaurante, e não quero deixar a (S/n) sozinha em casa, mas a mesma insiste que não quer ir. Agora estou a observando tentar amarrar os cadarços de seus tênis, é a quarta vez que ela tenta fazer o bendito laço, dá para notar que ela está frustrada por não conseguir, então não sei se está fazendo de propósito.

Vou até ela e seguro sua mão e nesse momento sinto um choque por todo meu corpo. É, vou ter que me acostumar com isso... Ela rapidamente me olha.

– Olha é assim que se faz. – Passo o cadarço pelo meio e puxo, ela me acompanha com o olhar a cada movimento, faço duas "orelhas", passo por dentro e pronto. Ela me olha com uma expressão hilária.

– Como você fez isso?! E tão facilmente? – Pergunta surpresa, ri e notei que ainda estou segurando sua mão, e quando ela vê não demora muito a sua bochecha ruboriza.

Passamos um tempo nos encarando, me sinto hipnotizada por essa garota, seus olhos me prendem de uma maneira que não sei explicar, alterno meu olhar para seus lábios, tão macios... Escuto um barulho estridente e vejo que era Mila me ligando. Sério, Camila? Logo agora!

– Só um minuto, (S/a). E já vamos. – Me olha com tédio. – Antes que recuse, já tomei a decisão, você vai. – Vou para cozinha rindo pela cara incrédula dela.

Ligação On

– Oi, Mila.

– Você não deveria estar aqui há 30 minutos?!

– Ei, calma. Eu só tive um contratempo...

– Esse contratempo por acaso se chama (S/n)? – Suspiro.

– Ela disse que não quer ir e está enrolando. – Ouço Camila bufar. – Mas já decidimos que ela vai.

– Vou ficar de olho nela.

– Camila...

– O quê? Se ela precisar de uma coisa eu posso ajudar. – Sinto seu cinismo.

– Já estamos de saída. Beijos, Wife. – Não a dou tempo de responder e desligo, sei que ela odeia quando faço isso.

Ligação Off

Volto para a sala e vejo que a (S/a) conseguiu amarrar o outro cadarço. Não vou mentir que não senti um leve orgulho por ela, porque senti.

– Bom, vamos? – Falo pegando minha bolsa, e procurando as chaves do carro.

(S/n) assente e sai marchando pela sala até porta, reviro os olhos. Nem parece que estou lidando com uma mulher de 21 anos. Fomos todo caminho em silêncio, parece que alguém está irritada comigo...

Quando chegamos ao restaurante notei que está bem movimentado, algumas pessoas me reconhecem e me cumprimentam com um sorriso, outras olham para (S/n) de cima a baixo o que me deixa totalmente irritada.

Vou até minha sala sendo seguida por (S/n), quando chegamos encontro Camila sentada em minha cadeira, quando me vê levanta e vem em nossa direção.

– Até que enfim, achei que iria demorar mais uma hora. – Camila é bem dramática quando quer.

– Eu nem demorei tanto, e se demorei é culpa da (S/a). – Vejo a mesma me olhar incrédula, Camila olha para ela e tenta segurar uma risada.

– Não fui eu que demorei 49 minutos no banho, e você que insistiu pra eu vir, porque até onde eu saiba, eu não queria! – Fala irritada, eu acho que não era para eu ter "cutucado a cobra com vara curta", mas calma... Ela contou os minutos que tomei banho?