Different Days

|6|

Acordo com uma dor de cabeça daquelas bem fortes para não variar mas não estou no meu quarto, ah espera aí, já me tinha esquecido que hoje não é um dia normal, eu não sou normal. Tento perceber onde estou mas quanto mais eu tento esforçar-me mais me dói a cabeça, lembrei-me de tudo o que aconteceu, eu tenho de ir procurar a Cher, o Marcel e o Harry.

-Olha quem temos aqui !- afirmou um homem que aparentava ter uns 40 anos , moreno , com barba e olhos azuis. Estava acompanhado por um rapaz mais novo que aparentava ter a minha idade igualmente moreno com olhos azuis e barba - A filha da Rose e do John .- disse virando-se para o rapaz, posso não conhecer os meus pais mas ele não tem direito de falar deles, tentei-me mexer para lhe dar uma valente chapada , apesar de não ter muita força, mas não consegui, estava presa a uma cadeira.

-Olha quem temos aqui !- disse irónica e sorri sínica – Dois sequestradores .- disse com vontade de os matar, eu ultimamente tenho andado com vontade de matar toda a gente.

- E atrevida como a tua mãezinha querida, não sentes falta dela, não ?- disse provocando-me e segurando a minha cara com uma das suas mãos.

-Larga-me !- ordenei tentando desviar a cara mas ele tinha mais força que eu, toda a gente tem sempre mais força que eu porque eu vou ser sempre a pequenina sem força. Não adiantou eu dizer para ele me largar , ele começou-se a rir na minha cara, como sempre toda a gente faz, eu sou uma falhada.

- E a tentar ter poder sobre tudo e sobre todos como o teu paizinho, também não sentes a falta dele? Claro que não, nem o conheces-te, nem a ele nem à tua mãe .- disse ele ainda a segurar a minha cara e sinceramente aquilo estava a doer e não estou-me a referir só a ele estar a agarrar-me com força, também estou-me a referir a ele estar a falar dos meus pais, aquilo foi a gota de água, ele mete-me nojo, cuspi-lhe para a cara. Ele limpou a cara e eu começo a ouvir uma gargalhada, vinda de trás do homem, era o rapaz, o homem olhou para trás e fuzilou-o com olhos e o rapaz parou. Voltou a olhar para mim.

- Pede desculpa !- disse enervado e eu comecei-me a rir.

-Eu?Pedir desculpas ?- disse entre risadas – Essa foi a melhor piada que eu ouvi hoje .- continuei-me a rir até sentir uma chapada. Raiva, é o que eu estou agora a sentir por ele. Quem é que ele pensa que é para me bater? Ah, se eu estivesse solta já o tinha matado, não tendo em conta que ele tem mais força que eu.

-Não volto a dizer! Pede desculpa !- disse ameaçadoramente, mas medo eu não tenho nenhum dele, ok talvez um bocadinho mas isso não interessa.

-Nunca !- gritei pouco me importando se ele me voltava a bater, sim, pouco, porque eu importo-me se fico com a cara toda marcada durante uma semana, quer dizer se eu não morrer esta noite. Ele começou-se a rir como se metesse piada ver um pessoa gritar, quer dizer , até mete mas depende da pessoa e da situação, só de me lembrar da professora de História do ano passado a gritar com a cara toda vermelha de raiva por causa de não nos calarmos, quase que me mijo de tanto rir, atenção, eu disse quase.

- Oh pestinha , estás a rir-te de quê ?- perguntou-me sério.

-De ti .- menti porque queria vê-lo irritado, pode ser que também seja engraçado, ando a precisar de me rir.

-Olha o respeito, não me conheces de lado nenhum para me tratares assim! –ameaçou- A tua mãe adotiva não te deu educação ?- perguntou.

-Deu mas eu não quero usá-la contigo .- disse, tenho a pequena impressão que estou a abusar um bocadinho de mais na opinião dele.

Subconsciente: Daqui a bocado estás ai estendida no meio do chão morta e depois perguntas porquê, ok não vais perguntar porque estás morta mas tu percebeste o que eu quis dizer.

Eu: Obrigada por me relembrares um facto interessante sobre o meu futuro.

Defenitivamente, eu não sou normal, quem é que fala com o seu subconsciente?

Subconsciente: Tu.

Eu: Obrigada , de novo, por me relembrares outro facto interessante.

-Quando é que eu vou poder sair daqui ?- perguntei já com o meu corpo a doer por estar naquela posição. Ele começou-se a rir como um porco, eu não estou a gozar, ele parecia um porco, parecia que eu estava a ver o circo ou assim, eu tinha um autentico porco á minha frente, sem tentar ofender ninguém, ok? Ok. Eu estava quase a cair nas gargalhadas por causa do riso dele quando, como por magia, ele para de se rir num segundo, como se lhe tivesse sido cortada a voz. ELE É ESTRANHOOOO!

-Tu nunca vais sair daqui, ou melhor dizendo, eu estava-te a poupar tempo aqui antes de irmos para o nosso distrito mas se já quiseres ir, podemos ir .- disse pegando numas coisas, uns sacos e assim.

-Não, espera !- gritei , eu não podia ir para lá por dois motivos:

• Eu não sei o que me vai acontecer lá.

• Eu tenho de ajudar o Marcel, a Cher  e o Harry.

Quem é que eu estou a tentar enganar? Eu é que preciso de ajuda.

...................

Olá, meus amores. O que estão a achar? Quem acham que são aquelas pessoas? Espero que estejam a gostar. Não se esqueçam de deixar o vosso voto e o vosso comentário.
Xau, beijos.

XxCindyxX