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Largou tudo no meio do chão e fitou-me. Sem dizer algo, saiu de lá e naquele momento pensei em todas as hipóteses possíveis e imaginárias- tendo em conta que estamos a falar de um assunto que envolve vampiros- do que ele iria fazer. O rapaz aproximou-se e agachou-se à minha frente.

-Eu sou o Louis.-sorriu enquanto desapertava as cordas.-Não leves a mal toda a arrogância do meu pai. Ele está magoado.-falou suavemente enquanto retirava do meu pulso a última corda.

-Com o quê?-estava a ficar confusa com aquela conversa, principalmente, quando ele disse que o seu pai estava magoado. É impossível, ele é de ferro. Suspirou.

-Eu sou teu primo. Ele é teu tio. Irmão da tua mãe que foi morta. Tu não estás a entender. Ele quer vingar-se. Ele diz que se vocês não existissem, ninguém sabia que eles gostavam um do outro e ninguém os mataria.-descarregou toda a informação.- Ele quer matarvos. Custe o que custar. E tu és a única que pode impedir isso acontecer.-disse levantando-se.-Eles estão na outra ponta da fábrica. Há uma conduta de ar onde tu podes ir sem o meu pai te ver. Vai, não temos tempo a perder.-disse encaminhando-me para o local onde eu teria de entrar.

-Mas e tu? O que ele vai fazer quando descobrir que tu me deixaste escapar?-perguntei desesperada. Ele é meu primo e ajudou-me, eu não lhe quero arranjar problemas.

-Não te preocupes.-disse-me. Aproximei-me dele e abracei-o forte.-Vá, agora tens de ir.

-Mas o que eu tenho de fazer?

-Tu vais saber o que fazer quando chegar a altura.-disse segurando nas minhas mãos. Assenti e entrei na conduta de ar. Caminhei cuidadosamente para não fazer barulho pois ele poderia ouvir. Caminhei e caminhei até que finalmente comecei a ver um pouco de luz, vinha de uma grelha por isso espreitei e lá estavam eles. " Não te atrevas a fazer isso." disse aquela voz irritante que não me larga. Como é que ela sabe o que vou fazer? Agora estou a ficar assustada. O meu tio, naquele momento, olha exatamente para onde estou como se soubesse que estou ali mas não me viu. Isto está a ficar assustador. Eu tenho de tirar o seu olhar de lá para puder sair daqui e Cher é a minha salvação.

Eu: Cher. Por tudo nesta vida, distrai-o.-pedi-lhe. Ouvi ela pensar " vou tentar".

Cher começa a gritar e a tentar mexer-se na cadeira e ele rapidamente tira o olhar de lá. "Aquilo não era um conselho, era uma ordem." a voz voltou a dizer mas eu ignorei. Abri a grelha e tentei sair silenciosamente mas aquilo era alto e a única opção era saltar mas chamaria a sua atenção. Num canto daquela sala avisto uma cadeira vazia. O quanto ela me fazia falta neste momento. Lentamente ela começa a mexer-se enquanto eu imagino o quanto ela me poderia ser útil mas ao ver aquilo deixei de imaginar pois fiquei assustada. Assim ela também parou de se mexer e aí eu percebi o que tinha a fazer. Pensei que a queria ali e ela veio ter comigo. Isto foi realmente muito estranho porque eu não sei como fiz isto mas eu gostei. Desci pela cadeira e todos me olhavam admirados, exceto o meu tio e Cher. Naquele momento eu não tinha idéia do que fazer mas eu tinha de os tirar de lá. O homem que quer destruir a minha vida vira-se para trás e encara-me.

-Tu não sabes mesmo seguir ordens.-afirmou divertido. Mas... quê? Como é que ele sabe da voz? E qual é a piada?

-Qual é o teu problema?-pergunto visivelmente irritada. Harry e Marcel olham para mim com os olhos arregalados e Cher confusa. O meu tio aproxima-se calmamente de mim e como se me fosse fazer um carinho aproxima a sua mão da minha cara. Ele afasta um pouco a mão e dá-me uma estalada. Quer dizer, quase pois quando a sua mão estava a milímetros da minha cara, num movimento rápido-nem sei como o fiz- agarro 'o seu pulso e encravo lá as minhas unhas. Vejo a dor percorrer o seu corpo como se eu tivesse algum veneno e o estivesse a largar pelas minhas unhas percorrendo assim, todo o seu corpo. Aquilo parecia estar a matá-lo de dor mas a mim estava a matar-me de confusão. Será ele assim tão fraco que isto o magoe tanto? Ou o que tenho que faça toda a gente ficar surpresa?

- Já percebi que tens muito poder mas agora larga-me.-disse e só agora percebi que as minhas unhas tinham-se encravado de tal forma na sua pele que a prefurou e ele está a sangrar.

-Deixa-nos ir.-exigi. Ele negou e eu cravei mais as minhas unhas na sua pele.

-Como é que fazes isto?- perguntou gemendo de dor.

-O quê?-perguntei confusa.

-Como é que tens os poderes da princesa?-perguntou.

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Olá, meus amores. Era para publicar ontem mas não pude por isso publico hoje. Peço imensas desculpas. Espero que estejam a gostar. O que é que estão a achar? Não se esqueçam de deixar o vosso voto e o vosso comentário. Xau, beijos.

XxCindyxX

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