𝟎.𝟒 𝑪𝒉𝒆𝒎𝒊𝒄𝒂𝒍 𝑫𝒊𝒔𝒂𝒔𝒕𝒆𝒓

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-Ei, essa caneta é sua?

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-Ei, essa caneta é sua?

Um garoto qualquer tinha a posto a mão no meu ombro e quando me virei, percebi que ele segurava uma caneta azul que se parecia com uma das minhas. Era o mesmo garoto que me serviu na lanchonete perto da pensão no meu primeiro dia em Nova York. Eu não mais o tinha visto desde então. Bonito, assim como da última vez. Alto, esguio e de olhos claros, coisa que eu não tinha parado pra observar no primeiro - e único - momento em que cruzei com ele.

-Ah! É sim, valeu - apanhei a caneta e me virei terminando de guardar as coisas

-Eu acho que já te vi antes... - Balancei a cabeça, tentando negar, e fechei o armário. -Você já foi no restaurante da minha família, lembra? Perto do parque. Minha avó falou de você, disse que foi lá enquanto eu tava de fol...

-Desculpa mas eu tô meio atrasada, preciso ir...

Deixei ele falando sozinho e fui direto para a classe. Por mais que eu não quisesse ser mal educada, lidar com pessoas normalmente me deixa nervosa. Fiquei levemente perdida no caminho, confusa sobre o caminho, mas não demorei a encontrar a sala de meu destino. História Geral, era minha primeira aula.

Assim que entrei avistei o professor atrás de sua mesa. Uma figura baixinha, rechonchuda e levemente calva. Me aproximei pegando no bolso o papel que todos os professores do dia deveriam assinar. Entreguei, ficando em silêncio depois de um "bom dia"

-Regan Wurtzbach, certo? - ele perguntou e eu confirmei com a cabeça - Pode pegar seu livro no armário do fundo, tem uma carteira livre atrás da senhorita Medsen, aqui está - me deu o papel assinado 

Ele apontou uma garota, que levantou a mão, na terceira fila, e eu segui nessa direção. Passei pela mesa, deixando minha bolsa sobre ela antes de seguir para o armário no fundo da sala, onde tinha uma pilha de livros de história americana. Peguei um e fechei o armário, pronta para voltar pra mesa.

No caminho de volta à minha cadeira escutei alguns garotos sussurrando sobre como "a bunda da novata é gostosa" e afins. Não me importei por que, na verdade, eu concordava. O último aluno chegou pouco depois de eu ter me sentado e o sinal tocou logo em seguida, dando início às aulas.

Então o professor começou a falar e falar e falar. Um saco, sinceramente. Eu nunca me interessei realmente por humanas. O tempo se arrastou consideravelmente e o assunto repetido me fez bufar de tédio, mas graças a Newton eu não tive que me submeter a interações sociais durante a aula então tudo correu bem até ali.

Depois de ouvir sobre a revolução francesa por uma hora e meia, tive que encarar uma aula de geografia que pareceu durar um ano. Metade da turma dormiu e a outra metade conseguiu disfarçar. 

No ultimo horário antes do almoço eu tive a única aula que realmente me interessava até o momento, Química Avançada, 47 B. Assim que entrei na sala dei de cara com um senhor de meia idade, que logo me pediu e assinou os papéis. O professor Garcia tinha um nariz desproporcionalmente grande para o seu rosto e um nome peculiar. Ele foi agradável, me entregou os materiais e me indicou a mesa disponível para a prática do dia, ao lado de uma garota ruiva que ele apontou como "o palito de fósforo ali".

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