Prólogo

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Minha cabeça girava, não podia acreditar que estava mesmo acontecendo. Havíamos encontrado-a, mas do jeito que eu não queria. Morta. Minha segunda mãe, minha tia preferida, aquela que cuidou de mim, estava naquele rio lamacento e cheio de piranhas há 26km de casa. Depois de quatro dias de busca, eu ainda tinha esperanças de vê-la. Esperanças dela estar viva. Não conseguia acreditar naquilo. Meu primeiro contato com a morte. Primeiro contato com o suicídio.

Depois de cinco segundos processando as informações, o lugar, respirei fundo e a primeira lágrima escorreu pelo meu rosto rosado. Olhei para o lado e vi minha mãe abraçada ao meu pai, ela não conseguia derrubar uma lágrima.

Asfixia mecânica seguida por afogamento, foi o que disseram. Mas no fundo sei que a depressão quem a matou. Não sei o que vai acontecer daqui pra frente, só sei que nada será como antes.

Não é Um Conto de FadasOnde histórias criam vida. Descubra agora