A Ascenção de um paraíso culpado

Capítulo 4 - Templo Asteca

     Zacky vai seguindo Trice até um grande portão dourado, com vinhas presas sob as barras e grandes pontas em seu ápice. Estavam cercados de pessoas que se juntavam em times para se prepararem.
    Uma luz torna em cima do portão dourado, bem na ponta de seu topo, uma mulher de cabelos ruivos e de roupas cor de esmeraldas aparece dentre os feixes de luz.
    — Eu sou Vânia, Vânia Dublin, serei a instrutora nessa prova. - Diz com um sorriso malicioso no rosto - Vocês podem chorar e gritar, mas não sairão dessa selva sem os pergaminhos... Não direi mais sobre as surpresas que há sob essa mata, porém... - Uma risada sarcástica - Não morram. - Ela some com a luz transcendendo de novo.
Zacky todo encantado com essa apresentação.
    — Gostei dessa mulher.
Procura por Trice em sua visão e se surpreende ao vê-la encolhida atrás dele.
    — Trice? tudo bem?
Ela pula de susto pela pergunta.
   — A-ah claro, eu ia lá me impressionar com esse tipo de poder de escória? - Diz levantando o próprio ego.
Zacky da uma risada.
   — Sim, sim, claro, Trice.

   O portão dourado se abre e todos vão imediatamente em direção a mata em busca do pergaminho asteca, Trice e Zacky ficam para trás.
   — Trice, acelera, vamos ser os últimos a pegar o pergaminho - Fala ansioso para invadir toda aquela imensidão de verde.
   — Garoto, você por acaso não pensa? - Se expressa toda orgulhosa - Essa prova não é velocidade, é estratégia, deixamos eles irem na frente para ativarem qualquer armadilha adiante - Fica com um sorriso inspirador.
   Zacky olha com um olhar desconfiado - Você não faz muito exercício, né?
Ela começa a corar as bochechas e diz com raiva:
   — Não é isso! É apenas estratégia.
Ele rindo e olhando ainda desconfiado: 
   — Tá bom, Trice, tá bom, mas se não terminarmos as provas rápido, não iremos saber logo que sala cairemos.
   — Você tem um ponto. - Concorda ela desanimada para correr.
   — Então, ratinha, acelera essas perninhas curtas. - Com um olhar provocativo.
Trice fica toda irada, mas permanece em silêncio seguindo Zacky.

   Após andarem por alguns minutos, Zacky quebra o silêncio.
   — Trice, sua família é muito conhecida? - Diz curioso sobre ela.
   — Claro, minha família só tem pessoas grandiosas e poderosas. - Fala com bastante orgulho - E a sua? Sabe algo sobre ela?
   — Bem, a única coisa que sei é que Olivier aparentemente conhecia meus pais. - Comenta intrigado com a própria resposta.
Ela se espanta:
   — GARZEN OLIVIER ERA AMIGO DE SEUS PAIS?!
   — Não... Na verdade, eu não sei bem, ele disse que eu descobriria tudo. - Diz ainda em dúvida
   — Bom... Se foi o diretor Olivier que disse, não tem porquê duvidar, afinal um Anjo tão poderoso como ele, não teria motivo para mentir - Completamente calma com a resposta.
   — Anjo? - Pergunta muito confuso.
   — Oh, Mertiriel seja louvado. - Fala batendo na testa. - Não sabia que ele era um anjo?
   — O cara invadiu minha casa, falou que ia me levar para uns lugares mágicos, era mais fácil eu achar que era um pedófilo ou usuário de entorpecentes, não um anjo.
Ela dá uma risadinha, mas segura logo em seguida inflando o peito e falando séria;
   — Ele é sim um anjo, um dos sobreviventes da Guerra da Reconquista.
   — Entendi, agora saquei o motivo de tantas perguntas no começo. - Conversa consigo mesmo.
   — Disse alguma coisa, Zacky? - Olhando estranho para ele.
   — Não, não é com você. - Dá um sorriso maldoso.
Ela olha para o lado brava e logo avista uma construção de pedra, cheio de musgo e desenhos antigos desgastados.
  — Zacky, é ali! - Grita toda animada - O templo asteca!

   Eles andam até a frente do templo e avistam três seres lutando, um garoto de pele preta, olhos castanhos, cabelos azulados e usando um sobretudo vermelho e preto, sendo atacado por duas criaturas com um corpo contorcido, um nariz avantajado, olhos pretos de pupila vermelha e asas escuras.
   — Za-Zacky...- Fala Trice puxando a manga da camisa de Zacky - Eles são demônios...