Sabrina.
Jackson era uma pessoa legal, pelo que pude perceber nesses trinta minutos que estimevos sentados nesse restaurante.
A gente apenas conversou banalidades até agora, descobri pouco sobre ele. Sei que ela professor de inglês, o que me surpreendeu bastante. Descobri também que ele tinha uma única tatuagem nos ombros, uma mini flor de lavanda.
Eu lhe contei um pouco sobre mim também, disse que não me lembrava de quantas tatugens tinha, e que só as fazia simplesmente por achar bonito. O mesmo para o cabelo.
O sorriso de Jackson era leve e contagiante, não havia presencial o mesmo gargalhar, também não tinha certeza se eu era divertida a esse ponto.
- Me conte sobre a sua família - ele falou.
Me mexi um pouco desconfortável em minha cadeira, abrindo levemente uma careta. Ele pareceu compreender, abrindo um sorriso tranquilo de conforto.
- Meus pais morreram tem quatro anos - começou, me fazendo erguer os olhos para ele.
- Eu sinto muito - murmurei.
- Foi em um acidente de carro, por sorte eu e minha irmãzinha não estávamos com eles - ele falava em tom calmo, mas suas mãos tremiam levemente - eu cuido dela desde então. Selene e Lucas são a minha família.
Selene era sua irmã, pude notar, mas quem era Lucas? Ele pareceu notar minha confusão.
- Lucas é o cara que tá sempre comigo.
Concordei levemente, me recordando do mesmo.
- Ester, Floyd e minha mãe são a minha família - eu disse.
- Ester é uma ótima pessoa. Floyd é o cara que trabalha com você, certo? Eles são irmãos, ou parentes, acho.
- Irmãos - concordei - ele é a pessoa mais gentil que eu já conheci - sorri levemente - como é a sua irmã?
- Ela tem nove anos, é uma criança bem tranquila - seus olhos brilharam ao falar da menina - ela se parece comigo. É muito inteligente e tagarela.
Eu ri contido, imaginando como a pequena devia ser.
- As crianças não gostam muito de mim - murmurei em uma meia careta.
Ele riu.
- Por quê?
- Acho que eu as assusto.
- Então você também não gosta delas? - ele erguei as sobrancelhas, de repente, parecendo preocupado.
- Não as assusto de propósito, é claro - tratei logo de consertar minha fala - mas elas sempre me olham de cara feia ou assustadas, não me lembro de uma criança até agora que tenha sido gentil.
- Nossa! - arregalou os olhos - A sua aparência não é nada assustadora.
- Talvez pra você! Mas tenho certeza que alguma coisa em mim as assusta.
- Na verdade eu acho que a sua aparência deveria te fazer a rainha das crinças, elas deveriam te idolatrar - ele olhou para o meu cabelo e depois para as tatuagens que não estavam cobertas pelas minhas roupas - Seu estilo é simplesmente fantástico!
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Trilogia Aroma: Café
RomanceLivro Um: Os olhos são a janela da alma, é verdade, e quando os olhos deles se cruzam eles sabem que não há mais nada a dizer, os olhares lhe dizem tudo e ao mesmo tempo nada. Jackson gosta da vida que tem, não é perfeita, mas qual vida é? Ele tem s...