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Gabi

Tinha acabado de sair do hospital, eu to ficando com kauã todos os dias.Nao foi fácil quando ele descobriu que as pernas deles não estavam funcionando.

Difícil mesmo foi convencer ele a fazer a fisioterapia, começamos hoje é ele deu trabalho pra caralho.

Minha vontade era de dar um soco nele é obrigar ele a fazer, mas tive que ter calma.

Liguei o carro é desci pra casa, tava cansada é precisava de um banho, kauã iria passar por uns exames,aproveitei pra vir para casa tomar banho é comer.

Abri a porta de casa é dei de cara com Eduardo e kaue sentados no sofá, eles não me viram.

Eu: Oi?.- franzi a testa.

Edu: eai gabi.-sorriu pra mim.

Kaue: Oi titia gabi.-sorriu banguela pra mim.

Eu: Oi meu amor.- cheguei perto dele e o abracei.- como você tá?.- passei a mão no seu cabelo.

Kaue: tô bem.- tirou minha mão do seu cabelo e arrumou ele pro lado.

Eu: já comeu?.- ri dele todo cuidadoso com o cabelo.

Kaue: já sim, comi na casa da titia bruna.- assenti.

Eu: é você, como ta?.- olhei para Edu.

Edu: tô indo.- deu de ombros.

O rosto de Eduardo estava todo cortado,assim como seus braço, mas não deixava de mostrar o quando Eduardo era lindo, isso não se podia negar.

Eu soube da história por cima, que foi os pais deles que planejaram a invasão é que atiraram nos meninos.

Eu nem tive reação no momento, por dentro eu só queria matar eles,todos eles, os acolhemos como família.

Mas é a vida dizendo que não podemos confiar em qualquer pessoa é nem coloca-la dentro de casa.

Não tinha raiva de edu, em nenhum momento, desde de que fiquei sabendo eu só queria matar os pais dele.

Eduardo sofreu na mão deles tanto quanto a nossa família, não vou perder nunca a consideração por Eduardo é kaue.Eles são pessoas maravilhosas.

Eu: tudo bem.-me joguei ao seu lado.- como tá se sentido com isso tudo?.- ele suspirou.

Edu: pior que eu nem sei.- passou a mão no rosto.- só sinto uma decepção grande por perceber que eles não eram quem se mostrava ser.- encolhi meu ombros.

Eu: as vezes a pessoa que a gente confia,sente amor é pensa que sabe como é a vida dela, a gente se engana.- ele deu de ombros.-  eu imagino como você deve tá se sentindo.

Edu: eu tô bem, porque sei que vou me acostumar, mas kaue não irá tão cedo.- olhou para o irmão.- ele vive perguntado deles.- olhei para kaue concentrado no desenho no celular.

Eu: quanto mais cedo você arrumar uma forma de dizer pra eles, será melhor, guarda por muito tempo só vai fazer ele ter raiva de você futuramente por esconder tanto tempo.- olhei para Edu.- ele vai entender

Edu: porque você é tão certinho é sempre tem as palavras certas pra falar, os melhores conselhos.- eu ri.

Eu: palavras certas até vai, mas a gente nunca da conselhos,a gente só falo o que iria fazer se fosse no teu lugar.Eu sou nova é nem sei o que e viver direito, meus conselhos não valem pra nada, nem os meus nem o de ninguém.- ele assenti.- ate porque conselhos não servem pra nada, entre em um ouvido sai no outro.

Eu e ele rimos junto, ficamos em silêncio por um tempo, Edu estava perdido olhando para algum lugar, eu so olhava para kaue.

Edu: como ele está? .- falou baixinho.

Eu: está indo.- suspirei.- dando trabalho em relação a fisioterapia, teimoso como sempre.

Edu: se precisar de mim pra ficar com ele alguns dias.- assenti.- se ele não tiver com ódio de mim também.

Eu: ele não está.-neguei.- ninguém está, sabemos que você não tem culpa.-me levantei.-vou banhar, preciso voltar para o hospital agorinha.

Edu: vai lá.

Eu:vai ficar por aqui.- ele assenti.

Edu: sim, acho que agora vou morar aqui.- franzi a testa.

Eu: me conta depois, quero saber.- rimos

Crias Do Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora