I Was Born To Be Yours - [L.S.]

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7:00a.m. Hora do meu despertador dá vida e trazer um som alto e insurdecedor. "Já está de manhã?", uma voz dentro da minha cabeça choraminga querendo mais 5 minutinhos de sono. Mas como não podemos ter tudo na vida, me conformo e estico o braço até a mesinha ao lado, sem abrir ainda os olhos. Pego meu celular e vejo-me forçado a abrir os olhos para encontrar o botão de desligar. Olho para a janela e vejo um sol radiante adentrando os vidros de minha janela e refletindo em meu rosto. Dias assim são difíceis em Londres, uma vez que, na maioria das vezes, está nublada e escura.

"Hora de levantar, Harry!", falo para mim mesmo como incentivo para acordar definitivamente. Espreguiço e levanto ainda sonolento e vou ao banheiro para tomar um relaxante banho.

7:20a.m. Saio do banheiro apenas com minha toalha enrolada na cintura, pego uma roupa confortável e visto-a. Como meu trabalho não exige formalidades, coloco uma calça jeans preta e uma camisa de botões florida. Volto ao banheiro para secar meu cabelo o qual costumo usar solto por causa do seu tamanho ja bem grande e gosto quando seco-o para dar volume para os cachos. Escovo meus dentes e dou uma última ajeitada no cabelo para depois voltar ao quarto e calçar minhas botas pretas. Agora sim, estou pronto para mais um dia de trabalho e faculdade.

Eu curso fotografia e atualmente estou fazendo um estágio no studio do pai do meu melhor amigo. Que por sinal, deve está jogado no meu sofá, como sempre!

7:50 a.m. Saio do quarto e, como previsto, Niall está apagado no sofá com várias pipocas sobre o corpo e sobre o chão. "Bagunceiro, espero que limpe tudo depois!". Apenas balanço a cabeça em negação e saio de casa.

O studio não fica muito longe, cerca de 20min são o suficiente para eu chegar até lá, porém como Londres de manhã é bem movimentada por pessoas indo aos seus trabalhos apressadas, passo por uma estrada a qual, felizmente, sempre está vazia e sem trânsito. Mesmo que isso não seja tão comum aqui.

Me distraio com a música que está tocando na rádio e meus pensamentos  vão tão longe que quando volto a órbita, já está tocando outra música a qual não conheço, mas tem uma batida bem legal.

Por um instante me sinto estranho e incomodado, porém ignoro. Foi quando, ao virar a curva avisto sangue no acostamento e, junto dele, seu dono. Paro o carro quase que instantaneamente e corro até o corpo estirado no chão.

Sinto que meu coração vai explodir, ele foi tomado por uma dor avassaladora com o que eu via. Logo, coloco meu ouvido no tórax do rapaz e percebo que, mesmo bem fraco, ainda há batimentos. Está vivo!

Prontamente coloco, cuidadosamente, um dos meus braços por debaixo de suas pernas e o outro em suas costas. Ao levanta-lo ouço um gemido de dor e os olhos do rapaz se abrindo. Um par de olhos azul piscina refletem em meu rosto o quais me deixam completamente hipnotizado.

Eles tinham dor, tristeza e uma súplica por socorro. Foi quando voltei ao real. Ele com muita dificuldade tenta falar algo, mas interrompo-o colocando minha mão sobre seus lábios macios e machucados.

- Shhh... Não precisa dizer nada... Guarde suas forças pra continuar aqui, ok?! Vou cuidar de você... - levanto-o e levo-o para o meu carro e ele apaga novamente.

Vejo um sangramento intenso em uma de suas pernas, mas é apenas uma veia o que, também, não me deixa dúvidas de pegar um pano que guardo no porta-luvas e apertar fortemente no ferimento. Feito isso e certificando de que não há outro, parto para o hospital mais próximo.

8:05a.m. Paro o carro no estacionamento em frente ao hospital e começo a gritar por socorro. Alguns enfermeiros ja corriam ao meu encontro enquanto eu pegava o rapaz em meus braços novamente. Tomaram-o de mim, colocaram-o na maca e corremos para dentro do hospital. Quando passamos da recepção para adentrar o hospital, me barraram alegando que aquela área é restrita.