I Was Born To Be Yours - [L.S.]

No control

11:30a.m. Depois do incidente um grande silêncio se intalou no carro. Porém, não era um silêncio confortável que tínhamos quando ficávamos nos olhando e contemplando as feições do outro. Este era um silêncio estranho, diria, hum, constrangedor? É, acho que posso chamá-lo assim.

Minha mente estava a mil por hora, no sentido literal da expressão. Um turbilhão de sentimentos percorriam meu corpo como: "Ele realmente queria me beijar?"; "Será que foi só uma coisa de momento?"; "Será que seria errado ter o beijado?"; "Não, Harry! Ele deve ter namorado, você não pode fazer isso, por mais que queira muito, não pode."

E então, gravo essa ultima como nota mental para me lembrar sempre. Entretanto, o clima estranho continuava rondando o espaço, então decido ligar o rádio para que haja uma quebra, talvez, nesse clima.

De forma totalmente normal, começo a cantarolar a música que tocava e percebo Louis me observando me calando na hora por vergonha.

- Essa música é bem bonita... - ele diz quebrando o silêncio

- Sim, gosto bastante dela. A letra e a melodia é muito boa. Sem contar, claro, o cantor, neh. - digo dando um sorriso

- Qual é o nome dela? E quem canta? - ele diz curioso

- Chama "Wonder" e é de um cantor chamado Shawn Mendes.

- Nome bonito...

- Não só o nome... - digo e sorrio

- Uhh, vejo que alguém aqui tem um celebrity crush...

- Talvez... Quem nunca, não é mesmo?

- Desculpa, não lembro se ja tive um. Provavelmente devo ter tido algum.

- Espero que não seja pelo Shawn, já tenho que dividi-lo com a Camila - ele ri e eu também acabo rindo

- Quem é Camila?

- A namorada dele

- Entendi - ele sorri - Você canta muito bem, também...

- Eu?

- Sim, você. Estava te observando cantar até me descobri e parar

- É... Obrigado... - sinto minhas bochechas queimarem por nunca saber lidar com elogios

- Por nada - ele sorri com direito a covinhas as quais vi por causa do sinal parado - O que vamos comer hoje? Cansado de comida sem sal de hospital!

- Minha especialidade: macarrão com meu molho vermelho especial! Não que eu seja um grande cozinheiro, mas esse é o primeiro prato que eu aprendi a fazer e eu tenho um segredinho de família.

- Hum... Parece que vai ficar uma delicia... - ele esfrega a barriga em sinal de fome

- Está com fome, sweet? - ele balança a cabeça e uma carinha de cachorrinho sem dono - Awn! Já estamos na rua de casa, logo logo vamos comer! - ele concorda e o silêncio retorna dessa vez mais agradável

11:40a.m. Chegamos na porta do meu prédio, entro na garagem e estaciono meu carro na vaga destinada ao meu apartamento. Desço do carro, pego minha mochila e coloco-a nas costas. Em seguida, vou até a porta do carona e faço menção de pega-lo no colo e ele me encara confuso.

- Posso? - pergunto inseguro

- Claro, eu só... Acho que consigo ir mancando!

- Acho que sim, mas por causa dos outros machucados, você ia sentir muita dor... - expliquei - Mas se quiser ir andando, tudo bem também

- Não, você tem razão. Posso acabar prejudicando os outros machucados - ele estica os braços redeando meu pescoço e eu o pego cuidadosamente - Estou me sentindo uma noiva!