Teddy Bear [taekook]

02; Taehyung

— O que? — o moreno riu anasalado — Desculpa garoto, mas eu não caio nessas trollagens que vocês crianças fazem.

— Bem que meu pai disse que você é meio burrinho — o garotinho balançou a cabeça decepcionado — Eu não estou te trollando, seu idiota.

— Ei, eu ainda sou mais velho!

— E eu ainda sou seu filho, e aí? – cruzou os braços e arqueou as sobrancelhas.

— Você deve estar enganado, eu não tenho filho algum — o garotinho revirou os olhos e abriu passagem na porta, entrando no apartamento — Ei, um "posso entrar?" seria bom, educação mandou lembranças

— Um pai presente seria bom também, vergonha na cara mandou lembranças — o menino rebateu enquanto olhava o apartamento.

Jeongguk fechou a porta, com a boca aberta. Não soube o que dizer, aliás não sabia nem o que pensar. Até onde ele sabia, ele não tinha filho algum. Ele nunca sequer se envolveu com uma garota! Ele era gay demais, gay até dizer chega. Então aquilo não fazia sentido algum. 

Se nunca se envolveu com uma garota, como ele poderia ter um filho?

— Deve estar se perguntando como eu posso ser seu filho, certo? — olhou para o garotinho.

— Sim, eu nunca me envolvi com mulheres, não tem como eu ter um filho — o garotinho soltou uma risada.

— Você é surdo? — o moreno franziu o cenho — Não escutou o que eu falei lá fora? — continuou com o cenho franzido — Minha nossa, por que tive que ter um pai tão lerdo? — balançou a cabeça negativamente.

— Ei, eu escutei isso! — cruzou os braços, vendo o mais novo revirar os olhos. 

— Jeongguk, quem foi que me disse o seu nome? — o moreno pensou um pouco.

— O seu pai — o garotinho assentiu

— Então....? — incentivou o menino.

Pensou e pensou, até que se deu conta.

— Minha nossa, não foi sua mãe que te enviou aqui e sim seu pai! — o menino revirou os olhos.

— Jeongguk, ninguém me enviou até aqui, meu pai não faz nem ideia de que eu estou aqui — foi até o sofá e se sentou ali — O que estou querendo dizer é que eu não tenho uma "mãe", eu tenho dois pais. O meu pai, aquele que se arrombou todo pra me parir e pra cuidar de mim sozinho e, bem, você. 

— Mas então seu pai te adotou e falou que eu era o outro pai adotivo? — franziu o cenho.

— Juro que quero saber o que meu pai viu em você, meu Deus — riu da cara do mais velho — Você não ouviu o que eu disse? Meu pai me pariu! Eu não sou adotado, seu idiota, sou seu filho de sangue e filho do meu outro pai, também de sangue.

— Mas isso é impossível criatura, homens não podem engravidar!

Jeongguk bufou alto e passou as mãos pelos seus cabelos negros, se frustrando com toda aquela situação. Um homem engravidando? Só poderia ser piada. 

— Senta aqui, vou te explicar — deu duas batidinhas no lugar ao seu lado no sofá.

Jeongguk se encaminhou até o sofá e se sentou ao lado de seu possível filho. Pensar nessa possibilidade fazia seu estômago se embrulhar.

— Meu pai nasceu com uma anomalia, um "defeito" genético raro em homens — fez uma pausa — Ele nasceu com um útero — o moreno arregalou os olhos.

— Com um útero? — riu fraquinho — Eu sei que isso é possível, mas as chances são praticamente um em um bilhão! Isso torna praticamente impossível.