Capitulo 2

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Estava olhando minha roupa, quando Lucy chegou com a caixa do presente na mão. Será que era pra mim ter comprado o presente? Do jeito que ela e orgulhosa, vai querer devolver o presente. Lucy colocou a caixa em cima do sofá e se sentou tirando o sapato. Não acredito que esqueci de colocar uma carta com o meu nome na caixa. Como ela vai saber que foi eu que lhe dei o presente? Coloquei o relógio no pulso e caminhei até Lucy. Abri os braços para ela, mostrando a roupa que eu estava usando.

— O que acha? — Perguntei dando uma volta.

— Do pescoço para baixo ta parecendo o 007, do pescoço pra cima nunca vi alguém com um rosto tão feio na minha vida. Respondeu Lucy voltando a tirar o sapato.

— Hoje e o dia da exposição. Me deseje sorte!

— Nunca!

— Feliz aniversário, Lucy! — Disse saindo.

Desci e caminhei até o Bob. Será que ele disse que foi eu que deixei o presente lá?

— Bob você disse a Lucy que eu deixei o presente aqui? — Perguntei.

— Acabei esquecendo. Estava falando ao telefone quando ela apareceu.

— Tudo bem. Melhor assim, não sei qual vai ser a reação dela mesmo. Se ela perguntar alguma coisa pra você, não fala que foi eu ok?

— Pode deixar.

Saí do prédio e chamei um taxi. Era 6 hora da tarde...A exposição vai começar as sete. Dá tempo de passar na casa do Hunter. O celular tocou. Olhei na tela, era a Sandy.

— Oi Sandy! Vocês já estão prontas? — Perguntei.

— Clark a mamãe teve um ataque cardíaco. Estamos no hospital aqui perto de casa.

— Isso foi que horas? Como ela está? — Perguntei assustado.

— Não faz muito tempo. O médico não veio falar com a gente ainda.

— Eu já estou indo ai. — Disse desligando.

— Me leve até o hospital o mais rápido que poder taxista.

No caminho liguei para o Hunter e disse o que tinha acontecido. Hunter não deixou a exposição para outro dia, e falou que ia acontecer sem eu. Era a primeira chance que eu ia ter, e talvez a última. Hunter estava certo. O caminho até o hospital pareceu uma eternidade, mais enfim cheguei. Desci do carro e corri até a balconista. Estava perguntando sobre a minha mãe quando ouvi a voz da Sandy me chamando. Sandy estava ao lado do Adam e a pequena, Elizabeth no colo.

— Como isso aconteceu? — Perguntei.

— Eu não sei. Quando cheguei lá ela já estava no sofá passando mal. Eu estou com medo, Clark.

— Eu também, Sandy, eu também. — Disse abraçando minha irmã.

Fiquei esperando o médico até as nove horas da noite. Não sabia se a minha mãe estava bem e isso era o que me deixava mais angustiado ainda. Finalmente o médico chegou com um papel na mão.

— Vocês são a família Walker? — Perguntou o médico.

— Somos. Respondi rápido.

— A senhora Walker teve um ataque cardíaco. Chegando aqui no hospital ela teve outra parada cardíaca. A gente reanimo ela. Ela está em coma agora. Ela tem 80% de chances de acordar.

— A gente pode vê-la? — Perguntei ao médico.

— Claro. Fica a sua esquerda na sala 2.

Caminhamos até a sala e abri a porta. Minha mãe estava com um aparelho que ajudava ela respirar. Me sentei ao lado dela e não aquentei leva daquele jeito. Peguei na mão dela e comecei a chorar. Sandy também começou a chorar quando viu o estado em que a nossa mãe estava. Sandy ficou comigo no hospital até meia noite. Depois teve que ir embora por causa da pequena Elizabeth. Sentado na cadeira acabei pegando no sono. Uma enfermeira me acordou e disse:    — Por que o senhor não vai pra casa, descansar um pouco. De manhã você volta.

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