Capitulo 28

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Os dias no Brasil passaram tão rápido que logo eu estava de volta ao aeroporto me despedindo do Victor.
- Eu só tenho a te agradecer. Passar esses dias aqui no Brasil com você foi perfeito. Quando ir a Nova York passa no restaurante.
- Pode deixar. - Disse Victor me abraçando.
- Até mais amigo!
- Até mais Lucy!
Enzo e eu entramos no avião de volta para os Estados Unidos. Ia ser uma longa viagem. Victor era um homem sábio. Aprendi coisas que levarei comigo pra vida toda.
Horas depois chegamos em Nova York. Saindo do aeroporto pegamos um táxi e fomos direto pra casa. O taxista parou o carro em frente a casa e me ajudou com as malas. Ao abrir a porta vi que tinha uma carta no chão. Peguei a carta e entramos. Coloquei a carta em cima da cama e paguei o taxista. Depois de colocar a carta em cima da mesinha fui para o quarto do Enzo colocar ele na cama. Depois de coloca-lo na cama peguei o meu celular e liguei para Holly.
- Lucy! E aí, já chegou?
- Acabei de chegar. Será que você pode vim aqui, pra gente conversar, bater um papo?
- Claro! Chego aí em vinte minutos.
- Ta OK. Até daqui a pouco então.
- Até amiga!

Aproveitei que o Enzo estava dormindo e tomei um banho rápido. Então depois do banho preparei o almoço. Holly chegou bem na hora que eu tinha terminado.
- Aí que saudade da minha amiga-chefe!!!
- Também sentir saudades amiga! Vamos entrar. Preparei uma comidinha pra gente.
- Como foi no Brasil. Quero saber tudo.
- Foi perfeito, Holly.
Ficamos conversando um tempo durante o almoço. Depois fomos pra sala.
- Você já sabe?
- Sabe o que?
- Clark vai para Milão.
Parece que ele ficou bem famoso lá também por conta de um quadro novo. Vai fazer uma exposição de seus quadros novo lá. Parece que vai ficar 5 meses lá.
- Isso é bom.
- Você já viu o quadro novo dele?
- Por que eu veria? Eu me separei dele Holly. Tudo que eu quero e ficar o mais longe possível dele.
- O nome do quadro e o coração que chorava em silêncio. Tem uma foto dele no google é só colocar o nome. E lindo e ao mesmo tempo triste.
- Podemos mudar de assunto?
- Claro.
- Eu comi uma coisa no Brasil e amei. O nome e feijoadan. Não!falei errado. O nome e F-E-I-J-O-A-D-A .
- O que e feijoadan.
- E feijão com línguasa carne e uns tempeiros. Eu peguei a receita antes de vim, antes de você ir eu te dou.
- Será que os nossos clientes vão gostar disso?
- Disso eu não tenho dúvidas! E uma delícia com arroz.
- Então por mim tudo bem, eu faço. Preciso ir embora, ta na minha hora.
- A gente se vê amanhã então?
- No mesmo horário. - Disse Holly me abraçando.
- Então levo a receita pra você amanhã.
- OK. Até mais amiga!
- Até!
Depois que acompanhei Holly até a porta e me despedi caminhando de volta pra sala lembrei da carta e a peguei. Me sentei no sofá e abri a carta. Era uma carta da Julie para mim.
Lucy, se você estiver lendo isso agora e porque eu não estou mais entre os vivos. Costumo dizer que eu nasci junto com a minha filha porque não me orgulho do passado que tinha e das escolhas que fiz. Por minha causa você e o Clark não estão mais juntos e isso me magoou muito ao saber. Nunca tive a intenção de atrapalhar o relacionamento de vocês, mais não podia deixar minha filha ir para um orfanato depois que eu morre-se. Tenho que admitir que quando fiquei sabendo que Clark estava na Itália fui ao encontro dele, para contar que eu estava grávida e tentar reconquista-lo. Eu tentei conquista-lo primeiro, mais foi que Clark começou a falar o quanto ele estava feliz. Disse que em tão pouco tempo ele lhe amava incondicionalmente e que iria passar o resto da vida ao seu lado. Ele disse tantas coisas que no final de suas falas eu senti vergonha de mim, vergonha por tudo que fiz e por tudo que eu estava fazendo. Naquele dia Clark abriu os meus olhos de uma maneira inexplicável. Eu chorava ao olhar pra ele com admiração pelo que ele tinha se tornado ao te conhecer. Você mudou ele de uma forma que mulher nem uma mudaria. Depois que Clark te conheceu ele nunca foi atrás de mim. Clark nunca me tocou ou te traiu. Se ouver uma gota de amor por ele ainda em você, corra atrás dele, lute por ele. Eu vou partir sem saber o final da história de vocês, por isso eu lhe imploro que acredite em minhas palavras. Clark nunca te traiu comigo Lucy. Não seja como eu, que joguei o amor dele forá e paguei por isso. Volte com ele e seja como uma mãe para minha filha. Vou morrer com esse desejo em minha mente. Se o seu futuro for ao lado dele novamente, te agradeço por tudo que irá fazer. Com carinho Julie D'Pazzi. ∆

Eu não sabia o que eu estava sentindo. A única reação que eu tive foi chorar de tristeza e ao mesmo tempo de alegria. Subi as escadas correndo e peguei Enzo no colo. Depois descemos as escadas e sai de casa. Peguei um táxi e fui direto para a casa da mãe dele. Chegando lá bati na porta até alguém abri. Jennifer abriu a porta.
- Lucy? O que faz aqui? Pensei que ainda estava no Brasil.
- Oi Jennifer. O Clark está?
- Não. Ele não mora mais aqui. Está morando em uma casa perto de um lago.
- Você tem o endereço de lá?
- Tenho, mais a essa hora ele não está mais lá.
- Como assim? Aonde ele ta agora?
- Indo para Milão. Deve ta no aeroporto já.
- Que horas é o vôo dele?
- Não sei, mais Acho que 3 e meia.
- Ainda da tempo! Você pode ficar com o Enzo pra mim ir lá?
- Claro!
Entreguei o Enzo para ela e entrei de volta no táxi. Mandei que o taxista fosse o mais rápido possível para o aeroporto. Quando estava quase chegando o taxista parou o carro por conta do trânsito. Então paguei ele e fui correndo até o aeroporto porto que não estava longe. Chegando lá fui até a área de embarque e comecei a procurar Clark entre a multidão de pessoas, mais eu não o vi. Caminhei até uma mulher que estava recolhendo as passagens.
- O vôo pra Milão já partiu?
- Nesse momento está lá na pista. - Disse a mulher apontando para o avião. Caminhei até a janela e vi o avião indo embora. Clark tinha ido embora. Se essa fosse a minha única chance, tinha acabado. Me sentei na cadeira sem saber o que fazer. Tinha chegado tarde de mais. Voltei pra casa e liguei o computador. Pesquisei o nome do quadro e encontrei um quadro. O desenho era de um homem com a aparência triste com a mão apoiando o rosto. Era um lindo quadro.

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