Capítulo 26

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Acordei no dia seguinte com a Bela me chamando. Ela parecia um pouco melhor.
- Papai acorda. Eu to com fome.
- Eu já vou levantar. - Disse abrindo os olhos.
Ao me levantar senti um cheiro de café. Descemos as escadas e fomos até a cozinha. Minha mãe já estava acordada preparando o café. Bela se sentou na cadeira. O telefone tocou e fui atender.
- Alô?
- Olá! Eu sou Peter Jhon, era advogado da Julie. Fiquei sabendo da morte dela pela manhã e gostaria de encontra-lo para mostrar os bens que ela deixou para filha de vocês.
- Tudo bem. Pode ser daqui a uma hora?
- Claro.
- Vou te passar o endereço daqui.
Quando terminei de passar o endereço me despedi do advogado e voltei para cozinha.
- O que você quer comer querida? - Perguntou minha mãe.
- Panquecas com morango e mel.
- Vou fazer. Bom dia filho!
- Bom dia! Aonde está Sandy?
- Ela saiu com a pequena Elizabeth. Filho será que eu posso falar com você?
- Claro.
Ao chegar na sala minha mãe se virou para mim com um olhar de preocupação.
- A mãe da Julie ligou. Ela ligou avisando que não vem.
- Eles são pior do que eu imaginava. - Disse me sentando no sofá.
- Eu sinto muito filho.
- Eles não falaram nada da Bela?
- Não. Só pediu o número de uma conta pra eles mandarem dinheiro pra ela.
- Você deu?
- Não. Eu disse que ia ver o número da sua conta e retornava.
- Que bom, porque eu não quero um centavo do dinheiro deles. Eu não preciso do dinheiro deles pra criar a minha filha. - Disse ao me levantar.
- Foi o que eu imaginei que diria. Vamos lá fazer Panquecas pra Bela.
Depois que Bela tomou o café da .manhã pedi para minha mãe leva-la pra sair antes do Advogado chegar.
Assim que saíram o advogado chegou. - senhor Walker?
- Eu mesmo. - Disse comprimentando o advogado. - Vamos entrando.
Caminhamos até a sala e nos sentamos no sofá.
- A Julie a um uns 15 dias atrás me procurou. Julie vendeu tudo que tinha na Itália. - Disse o Advogado tirando uns papéis da maleta. - Tudo que foi vendido deu um total de 1 milhão de dólares. Julie deixou bem claro que 500 mil dólares sua filha Bela só poderia tirar depois de completar seus 20 anos. A outra metade do dinheiro deveria ir para escola, faculdade e necessidades dela. Uns dias atrás ela me procurou novamente e me entregou três cartas. Uma para você, a outra para Bela, e uma para a senhorita Lucy. A carta da Bela só poderá ser aberta quando ela fazer 16 anos, e a carta da senhorita Lucy ela me pediu para entrega-la com urgência.
- Lucy viajou. Só estará de volta em uma semana.
- Isso e bastante tempo para Julie. Ela disse que eu tinha que ser rápido, que cada segundo contava você não tem o endereço de onde ela está ou o número dela?
- Eu tenho só o número.
- Depois o senhor me passa por favor. Agora vamos cuidar da parte chata. Preciso que assine alguns papéis.
- Ta OK.
Depois de assinar os papéis dei o número da Lucy para o advogado. Então Peter entregou a minha carta e a da Bela. Deu também o cartão da conta da Julie com a metade do dinheiro da Bela.
- Entrarei em contato logo mais senhor Walker. Foi um prazer conhece-lo.
- O prazer foi meu. Obrigado.
- Até mais.
Assim que o advogado saiu fui até a funerária e cuidei do enterro. Julie teria um enterro digno. Depois de tudo voltei em casa. O enterro seria de tarde. Me sentia tão triste que chegava a doer. Fiquei imaginando tudo que Julie pasou para ter Bela. A rejeição dos país, o câncer, passou por tudo isso sozinha. Nunca pensei que ela seria capaz de lidar com tudo sozinha. Ela foi forte até o último dia da sua vida. Arrumei Bela e quando todos chegaram fomos para o enterro. Toda minha família estava ao meu lado e ao lado da Bela. Mesmo tendo todos ao meu lado me sentia sozinho, parecia que eu estava no escuro, e o meu único sinal de luz era a Bela. Me guiando para direção certa.

No dia seguinte depois do enterro Bela e Eu fomos para a casa do lado. Compramos mais roupas para ela e o material da escola. Bela não queria ir pra escola de jeito nem um. Cuidar dela não era nada fácil. Bela queria brincar o tempo todo. Mais as vezes ficava quieta, pensativa e não queria conversa. Fiquei preocupado e tratei logo de leva-la até a amiguinha que ela tinha feito na praça.
- Vamos Bela!
- Eu não quero!
- A gente tem que entregar o presente da Emily.
- Ta bom, ta bom! - Disse Ela entrando no carro.
- Ótimo! Coloca o sinto.
A casa não ficava longe. Ao chegarmos descemos do carro. Bela pegou o presente da Emily e caminhamos até a entrada da casa. Ao me aproximar da porta Bela bateu duas vezes. Logo a mãe da Emily abriu. Ela estava com um avental em volta do corpo e suas mãos estavam sujas de farinha.
- Olá! Não esperava vê-los.
- Bela queria entregar o presente da Emily, já que não deu pra gente vim no aniversário dela.
- Ela está na sala. Por favor vamos entrar.
- Não vamos atrapalhar?
- Não! Eu acabei de fazer um bolo.
Ao entrarmos na sala caminhamos até a sala.
- Queria olha quem está aqui. - Disse Carly.
- Bela!
- Vim trazer o seu presente. - Disse Bela abraçando Emily.
- Pode me dar um pouco d'agua?
- Claro! Vamos até a cozinha.
Chegando na cozinha Carly lavou as mãos e me deu um copo com água.
- Obrigado.
- Nada. Emily ficou esperando a Bela durante a festa.
- A gente ia vim, mais a mãe da Bela morreu.
- Meu Deus! Eu sinto muito. Você deve está arrasado.
- Não ta sendo nada fácil pra Bela. As vezes ela fica quieta, não fala.
- Vocês eram casados a quantos anos?
- Não! A gente não era casados. A gente só namorou a muito tempo atrás, depois terminamos. Eu era casado com outra pessoa.
- Mais e a aliança?
- Nos separamos recentemente.
- E ainda não teve a coragem de tirar a aliança.
- Aconteceu tanta coisa que não deu tempo pra pensar nisso.
- Sei como é.
- E você? E mãe solteira?
- Não. Sou mãe viúva.
- Sinto muito.
- Tudo bem. Foi a um tempo atrás. Ficam pra comer com a gente?
- Não sei, não queremos dar trabalho.
- Vocês não dão trabalho nem um! E um prazer receber vocês em minha casa. Fiz bolo de chocolate e a Emily vai distrair a Bela um pouco.

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