Capítulo 4 - Rito de Primavera

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Chegando a solenidade com cara de sono Amber deixou sua imaginação correr solta, entre goles de suco de fruta e conversas fiadas, ela transitou o mais majestosa que pode devido a seu cansaço latente

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Chegando a solenidade com cara de sono Amber deixou sua imaginação correr solta, entre goles de suco de fruta e conversas fiadas, ela transitou o mais majestosa que pode devido a seu cansaço latente.

- você parece cansada querida! -Perguntou a rainha olhando profundamente em seus olhos.

Amber pigarreou, tentando acalmar seu coração respondeu com indiferença: - dormir numa árvore não faz muito bem para o corpo mãe.

- foi o que a Laina respondeu quando lhe fiz essa mesma pergunta, o curioso é que sinto que tem algum detalhe faltando nessa história. Falou a rainha desconfiada

- não sei, o que poderia ser? - Pergunta errada Amber, pensou com desgosto. Mantendo a calma.

A rainha continuou a olhar firmemente sua filha, esperando sua resposta

Foi então que ela se lembrou da falsa queda, isso deixaria a rainha preocupada e ela escaparia do escrutínio da mãe o mais rápido possível.

Isso teria que ser bem contado e bem encenado, então falou: - eu estava bebendo junto com a Laina e resolvi dar uma volta para deixar a bebida fazer efeito, mas estava um pouco tonta, então tropecei e cai, me machuquei olha só, - falou Amber mostrando seus falsos machucados.

Dito e feito a rainha se apressou em curá-los, mas Amber não permitiu porque o uso da magia tinha que ser para o bem coletivo – mãe não faça isso - falou ela - eu estou bem, acredite. Prometo não beber tanto novamente.

Alisha sentiu orgulho da filha que aos poucos finamente estava amadurecendo, pegando em sua mão a levou para o trono.

A festa se manteve até o crepúsculo, onde todas choraram seus mortos e Amber refez sua promessa de vingança no tumulo de seu amado pai.

Uma morte com fogo negro primeiro incendeia o corpo depois o transforma em uma estátua de carvão. É a única forma de tirar a vida de um imortal fada.

Quando a rainha matou o rei dos magos e, pois fim a guerra ela se voltou para seus mortos e encontrou sua filha chorando aos pés de uma estátua de carvão que era seu esposo. A barreira foi posta sobre elas e os magos que estavam como o rei mal conseguiram escapar porque a vingança da rainha foi devastadora, então a magia se Foi, a barreia é um lembrete constante dessa dor, dessa amputação.

O imperador da luz venceu a guerra, mas o preço que as fadas pagaram foi muito alto por não aceitar se envolver na guerra. Para haver um conflito os dois lados precisam se envolver, pensando assim, o rei das fadas Galanticus , prevendo as mortes que ocorreriam escolheu não participar com seu povo, visto que a lendária sabedoria das fadas sempre os manteve afastados de conflitos por território. Sendo assim a rainha escolheu um lugar para esconder as mulheres e as crianças dentro de uma profunda caverna que continha água de uma nascente nas rochas. Todas se reuniram para guardar alimentos, enquanto os homens se armavam para se defender dos ardilosos magos que a muito cobiçavam seu reino. O rei lançou um feitiço para ocultar e lacrar a caverna, protegendo assim seu povo. Ficando do lado de fora com todos os homens o rei marchou para a fronteira e lá esperou.

Os magos vieram pelo ar e pela terra, o rei teria os vencido facilmente, mas então o rei dos magos chegou e a calamidade das fadas começou.

O rei Roland trazia fogo negro, um poder maligno que só quem o possuía era o sr. das escuridão. Ele o lançou sobre o exercito fada e os dizimou. Nesse meio tempo Amber sentiu a morte do pai e quebrou o lacre da caverna correndo rápida como um raio ela usou seu poder pela primeira vez e matou vários magos que estavam em seu caminho, à rainha foi atrás da filha e chegando lá a encontrou aos pés de uma estátua que depois ela descobriria que seria seu marido. Ela viu o campo de batalha devastado pelo fogo negro liberando seu poder ela queimou todos com fogo vivo das fadas. Roland vendo que não conseguiria sobreviver antes de ser atingido as amaldiçoou então virou cinzas. Só o que sobrou do rei foi sua coroa. Alguns magos havia se escondido da onda de fogo, fugiram e a barreira desceu sobre eles, os isolando do reino das fadas, para sempre. A riqueza e o poder das fadas que tanto cobiçavam, agora estavam longe de seu alcance.

Já exausta Amber procurou manter a face serena para que as fadas em sua volta não percebessem sua real condição. Ela estava esgotada física e mentalmente. O que realmente havia acontecido com ela fora da barreira? O que realmente foi aquilo que ela sentiu? Amber balançou a cabeça para se proibir de pensar sobre isso. Sua mãe veio a seu encontro e com um olhar de preocupação a dispensou para seus aposentos. Amber meio relutante obedeceu, mas assegurou que estava apenas com sono por causa noite mal dormida, e assim a obedeceu.

Chegando a seus aposentos deixou seus pensamentos e suas preocupações correrem soltas.

Caindo na cama olhou fixamente para o teto, tinha muita coisa para pensar e aquele homem quem seria ele? Porque estava preso em um circulo de magos? De uma coisa ela tinha certeza: ele não era mago nem humano. Só isso já justificaria ela o ter salvado. Esse pensamento a consolou temporariamente.

Magos possuíam um cheiro ocre de sangue, porque a magia para eles não era um dom, mas sim uma auto-imposição, o que por si só já era uma aberração.

Diferente das fadas que eram criaturas da natureza e já nasciam com magia. Magos eram cobiçosos e perversos seguidores do rei escuro, eles almejavam domínio total do mundo, o que os forçou com a derrota da escuridão, a firmar um acordo entre eles e o reino humano.

Virando de lado Amber pensou nele.

Quem seria? novamente se perguntou: porque ele foi preso de uma forma tão cruel?

Amanhã ela iria lá e essas questões seriam esclarecidas, com esse pensamento ela adormeceu.

As Crônicas dos ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora