Josephine se mudou para Londres junto com toda a família por uma nova chance de emprego de seu pai, Brad, um fanático treinador de futebol americano irá comandar um dos times mais bem sucedidos da faculdade de Londres, New London. O que ela não espe...
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Meu avô me presenteou com a minha primeira câmera, lembro-me até hoje do modelo, era pequena e tinha uma textura amadeirada do lado. Eu fiquei radiante a partir daquele dia, todas as coisas do mundo pareciam fazer sentido na lente da câmera, mas me sentia perdido quando a afastava dos olhos e percebia que a vida na verdade não era como uma foto, e sim como um vídeo de terror em uma floresta assombrada. Meu pai não ficou nem um pouco contente com o presente, mas não fez absolutamente nada para tentar tirar a câmera de mim, ele me deixou seguir meu hobbie e até hoje sou apaixonado por fotos. Meu segundo melhor presente foi meu cachorro, Dexter é um Golden e tem a mesma idade da minha irmã, dezessete anos. Eu sei que cachorros não duram muito mais do que isso, mas acredito que ele durará muito mais tempo, ele é meu garoto! Eu não suporto escutar a palavra morte e Dexter em uma mesma frase. Eu estou andando com ele na rua, aproveitando o fim de madrugada para curtir o mundo em silêncio. Dexter sempre gosta de sair de casa, tanto que todos os dias um dos seguranças sai para andar com ele para que ele não fique entediado, mas eu gosto de fazer isso por conta própria quando tenho tempo. Ele é meu parceiro desde meus dois anos de idade, está comigo desde o início da minha vida praticamente, eu adorava brincar de cavalinho nele quando ainda era pequeno! Dexter é o cachorro mais calmo que conheço, ele não está nem aí para nada ou para qualquer barulho igual os outros cachorros da minha rua que latem o dia inteiro que Deus deu. Meu cachorro é foda, idêntico ao dono. Gus está comigo hoje, saímos de uma colab na casa do Gabe e viemos direto buscar o Dexter para irmos até um fast-food qualquer encher o estômago de tranqueiras. Sempre fazemos isso.
- Por que fez aquilo com a novata, Koa?
Eu quase reviro os olhos, mas me controlo diante o olhar severo de Gus. Entre os quatro, ele é o mais responsável do grupo. Gus é tipo o pai de todos nós, está sempre resolvendo conflitos em nosso lugar e, por mais bizarro que pareça, com toda sua calma ele sempre consegue acalmar as guerras que eu e Gabe arrumamos em festas. Eu não me acalmaria tão fácil se não fosse por ele.
- Porque ela mereceu. E fique tranquilo, ainda há mais um pouco de vingança a caminho! Eu quero acabar com aquela garota para ela aprender a nunca mais mexer em algo que não é dela.
- Você não acha que já foi o suficiente? - sua voz calma bem faz querer refletir sobre minha atitude. Eu sei que não estou errado, mas talvez realmente seja um pouco precipitado eu me colocar desta forma na vida de alguém que eu nem conheço. Eu não sei nem o nome dela e estou pensando em vingança por algo tão... banal? - ela me pareceu triste quando você não a deixou se explicar. Deveria aprender a ter um pouco de paciência com as pessoas, nem todo mundo tem a casca grossa igual a sua família!
- E daí? Ela mexeu na minha câmera! - contesto, mesmo sabendo exatamente o que ele quer dizer com isso. Eu sei que fui errado em explanar a foto dela, mas ela mereceu a está merecendo uns tapas para ver se para de show. Por que ela mexeu nas minhas coisas? Que tipo de curiosidade mórbida e essa que não consegue controlar? - além do mais, eu nem a conheço.
