Josephine se mudou para Londres junto com toda a família por uma nova chance de emprego de seu pai, Brad, um fanático treinador de futebol americano irá comandar um dos times mais bem sucedidos da faculdade de Londres, New London. O que ela não espe...
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Eu estou sentado na sala de espera junto com a família do Gabe e a da Josephine. Eu me sinto um pouco deslocado no meio de toda essa gente, e também com uma leve ressaca. Quando Gabe me ligou avisando que o bebê estava prestes a nascer, eu dei um pulo da cama e fui direto para o banho. Eu não ia para o hospital receber o meu afilhado cheirando a bebida, ele não merece isso, então fiquei quase meia hora no banho me lavando e escovando os dentes para me livrar de qualquer cheiro de bebida. Agora eu estou aguardando como todo o restante, ansioso e sem noção nenhuma do que está por vir. Quando Josephine me chamou para ser padrinho do Romeo, eu não acreditei, pensei que ela estava fazendo algum tipo de suas brincadeiras e que depois diria que era mentira, mas ela não disse e até hoje eu e Mia somos os escolhidos para padrinhos. Não nego a minha felicidade, não tenho nenhum bebê na minha família para que eu consiga curtir a infância dele, agora terei e é o bebê do meu melhor amigo com uma garota que eu estou aprendendo a gostar aos poucos.
Quando a enfermeira aparece na sala com um grande sorriso e se direciona aos pais da Josephine, relaxo meu corpo na poltrona e percebo que foi tudo bem. Ficamos aqui por quase cinco horas sem notícias, mas a mãe dela me contou que essa demora toda é normal já que Josephine é tão pequena e não tem muita força para empurrar. Eu nem posso imaginar a dor que ela sentiu com tudo isso, ainda deve estar sentindo! Fico largado na poltrona enquanto as pessoas começam a entrar na sala para ir visita-lo. Ele está na maternidade ainda, em uma daquelas salinhas onde ficam todos os bebês para exames e sei lá mais o que. Mia está comigo, óbvio que ela não deixaria de vir prestigiar o bebê mais esperado do ano. Ele está nascendo quase perto do Natal.
- Será que essas pessoas vão demorar demais? Eu queria tanto ver a carinha gorda desse bebê, ele deve ser a cara do Gabe!
- E com toda certeza tem os cabelos claros como os deles! Josephine e Gabe tem o cabelo bem loirinho, ele deve ser idêntico.
- O Gabe não responde a minha mensagem nunca, que saco! - Mia resmunga do meu lado, irritada com a demora do Gabe para mandar uma foto do Romeo. Nós ficamos do lado de fora para respeitar as famílias, eles com toda certeza tem muito mais direito de ver o bebê do que nós que somos apenas padrinhos fajutos.
- Mia, o Gabe deve estar preocupado com absolutamente tudo, menos responder a sua mensagem. Deixe-o com o filho dele, garota.
Passo uma perna por cima da outra e respiro fundo. Eu também estou ansioso. Ansioso e cansado! Agora são oito e meia da manhã e eu estou faminto. Não tive coragem de sair do hospital para comer porque pensei que ele poderia nascer a qualquer momento, e não é que realmente aconteceu? Mia continua ansiosa, andando de um lado para o outro na sala de espera enquanto aguarda a saída dos familiares para que finalmente possamos entrar e apreciar aquele bochechudo. Eu não tenho a menor dúvida de que ele tem bochechas gordinhas como as da Josephine e talvez os lábios de coração como os do Gabe. Eu estou idealizando a imagem de um bebê na cabeça, mas sei que não deve ter nada a ver com o que eu estou pensando. Eu só consigo pensar em um pequeno gringuinho, cabelos loiros e olhos azuis. É o que me vem à mente no momento.
