Por minha sorte, minha mãe não perguntou sobre eu ter chegado cedo em casa, só perguntou se foi boa a festa e depois mudou de assunto. Eu estou no campo com meu pai, observando de longe meu irmão que acabou de se lesionar. Eu vim para acompanhar o treino dos meninos e ajudar meu pai com as marcações, ele sempre precisa de ajuda e eu estava no tédio, então vim me distrair um pouco. Está quente, trinta e seis graus de acordo com meu celular. Eu estou com um shorts de moletom, cropped e meus tênis de sempre. Não sou muito fã de chinelo, não gosto muito do meu pé, ele é meio gordinho. Gabe está sem camisa, com um shorts cor de rosa, da mesma cor do cabelo, e tênis pretos. Eu não me aguento de olhar para esse garoto, ele é perfeito demais para descrever. Quando cheguei no campus hoje de manhã ele esperou meu pai entrar e me entregou uma florzinha amarela, eu quase tive um piripaque, e olha que a florzinha mal existe de tão pequena, mas ainda sim fiquei sem reação quando ele me entregou e me desejou bom dia antes de voltar para perto dos garotos. Hero está estranho, ele já tirou o curativo do rosto e o lábio está ainda mais inchado que ontem. Eu não me aproximei dele hoje, minha mãe disse que não é certo ficar se humilhando por homens e nem por ninguém, então quero seguir o conselho dela para não quebrar a cara.
- Filha, você pode ir até o vestuário para buscar a camisa do senhor Greccio? O coitadinho perdeu a camisa no caminho - meu pai diz, os braços cruzados e uma expressão divertida no rosto. Recebo um olhar do Gabe quando ele percebe que a indireta foi para ele.
- É sério? - Gabe resmunga, esfregando a mão pela barriga lisa. Eu quase solto um suspiro, mas me contenho já que meu pai está bem ao meu lado - poh.
- Nada de resmungos! Anda, Josephine. Vá até o vestuário buscar a camisa do cidadão indefeso.
Levo em consideração o pedido do meu pai e vou até o vestuário dos garotos. O cheiro deste lugar é maravilhosamente bom, masculino e forte. Começo a vasculhar os armários, mas o primeiro que encontro é o do Hero. Como eu sei? Bom, reconheço pelas botas que estão juntas no armário e a camisa azul que eu o vi usando hoje cedo. Fecho o armário dele para não acabar levando outro coice e continuo procurando até encontrar a camisa cor de rosa neon que ele estava usando quando cheguei. Abro um sorriso mínimo quando pego a camisa e encontro o perfume dele, é um dos frascos mais bonitos de perfume que já vi na vida, não é à toa que o preço deve ser ainda mais bonito. Fecho o armário dele, penduro a camisa no ombro e levo um susto quando algum revoltado entra no vestuário completamente transtornado, jogando coisas para todos os lados e soltando xingamentos. Tomo coragem de sair do corredor dos armários e me inclino para saber quem é. Ahn... bem que eu imaginei.
- Está olhando o que, porra? - Hero rosna quando me vê parada bem próxima a ele. Ele está com uma sobrancelha sangrando e o corte da boca também. O que esse menino tem que está sempre envolvido em brigas? Eu sei o que vi ontem, sei que ele não é lá uma flor que se cheire se não quiser morrer envenenado, mas há algo nele que não me deixa tirar da cabeça que ele é uma boa pessoa escondida debaixo de uma casca quebrada. Eu sei que jamais conseguiria tirar uma única palavra dele para saber de seu passado, mas eu realmente gostaria de saber o por que de ele ser tão transtornado com bobeiras.
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Ao seu lado
FanfictionJosephine se mudou para Londres junto com toda a família por uma nova chance de emprego de seu pai, Brad, um fanático treinador de futebol americano irá comandar um dos times mais bem sucedidos da faculdade de Londres, New London. O que ela não espe...