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     Savannah

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     Savannah. Esse é o nome da garota de olhos que conseguiu um abraço meu sem nenhum esforço. É também conhecida como a garota na qual quase me fez chorar junto com ela quando ficou tão feliz por ganhar uma grana e ter condições pra se afastar do clube. É também a garota que quase me deixou louco quando, assim que saiu do clube e que não me encontrou, quase foi assaltada e eu tive que utilizar da minha própria arma, coisa que eu não estou acostumado a fazer, apenas para não terminar que levassem toda a grana e os pertences dela. E, por último, é também a garota que está dormindo no banco de trás do meu carro porque não quis entrar na minha casa por medo do que meu pai pensaria ou faria. Ele a viu no dia do clube, ele viu quando eu a levei para o quarto e viu outra vez quando foi até o quarto me mostrar aquela palhaçada que ele fez com a Josephine. Eu não sei como ele conseguiu a minha câmera, mas ele conseguiu e pegou todas as fotos para me castigar. Eu não consegui olhar na cara dela desde que toda a faculdade começou a falar sobre as fotos. Eu me sinto mal, verdadeiramente mal. Savannah está dormindo no banco de trás do meu carro todos os dias. Ela mora muito longe daqui, então eu durmo no carro com ela e as cinco da manhã e subo para o meu quarto e finjo que de lá não sai. Eu não quero que meu pai a maltrate porque, assim como eu, Savannah já passou por coisas demais na vida dela e eu não quero que ela seja humilhada por aquele imbecil. Aos poucos eu e ela estamos nos aproximando! Tem sido boa a presença dela na minha vida, na aprendi tantas coisas que perdi a conta de tanto aprendizado! Mas espero que assim continuemos.

— Tudo bem? — sussurro a ela. Eu acabei de ser brutalmente socado pelo meu pai outra vez, ele se estressou com o que estava acontecendo e mais uma vez descontou toda a raiva em mim no dia do meu maldito aniversário. Meu aniversário foi bom, na medida do possível. Eu fiquei o dia todo com a Savannah no parque. Eu e ela ficamos conversando sobre a vida e acabei me esquecendo completamente de tudo a minha vida. Ela me traz paz! Eu não sei como explicar o que acontece dentro do meu peito, mas são como fogos de artifício.

— Comigo sim, mas com você não.

Ela está acariciando meu rosto. Eu nunca, definitivamente nunca permiti que nenhuma garota tivesse esse tipo de acesso ao meu emocional, mas com ela as coisas estão um pouco diferentes. Eu gosto do carinho dela, é tão... doce, cheio de bondade e me faz esquecer de tudo o que é ruim na vida. Savannah é quase um pedacinho de céu caído na Terra, e eu gosto disso. Estamos os dois espremidos no banco de trás do carro, mas eu não me importo com isso. Nem a falta de espaço me deixa incomodado quando ela está perto. E não é que eu tenha me apaixonado por uma garota completamente aleatória! Eu sequer sei o que é amor, como já disse antes. Mas a presença dela me traz paz, coisa que não tenho a muito tempo.

— Não foi nada de mais! Sério, foi só um murro.

— E desde quando um murro não é nada de mais? Seu pai quase te matou quando me viu passar pela porta!

— Não foi sua culpa, sério! Ele tem uns espasmos de vez em quando, do mesmo jeito que eu também tenho com ele as vezes. Eu sei que não deveria considerar isso como algo normal, mas já acontece a tanto tempo que nem me incomodo mais! Então você também não deveria.

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