Te seguindo até o fim II

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– Não acho que esteja respirando.

– Se não a levarmos para cima, ela vai morrer – Luther e Klaus foram na frente com Alisson inconsciente nos braços do primeiro. Mavis e Cinco iam logo atrás com Diego. O homem já estava acordado e passava bem, um pouco atordoado, mas nada grave. Com a ajuda de ambos os adolescentes, foi levando para o seu quarto.

– Onde a Alisson está? Eu preciso ver ela! – decretou como uma criança emburrada.

– Diego, não seja teimoso – Cinco rebateu.

– Você não vai para lugar nenhum – dessa vez foi Mavis dissera.

– Mas e se-

– Eu vejo por você, ok? Cinco, mantenha ele aí – Cinco arqueou uma sobrancelha contrariado, queria ver o estado da irmã também, mas nada que o olhar sério da loira não o fizesse mudar de ideia.

May desceu as escadas rapidamente, indo na direção da enfermagem da mansão. Quando chegou lá viu todos se olhando preocupados. – Ela está bem?

– Ótimo! Senhorita Mavis, você pode doar sangue para ela? – Pogo perguntou.

A garota arregalou os olhos na direção da agulha, dando passos para trás.

– Eu faço – Cinco surgiu atrás dela.

Ele realizou todo o procedimento enquanto Mavis caminhava para lá e cá na enfermaria. – Ela vai conseguir? – perguntou baixo para Grace, que sorriu docemente.

– Ela é muito forte, querida.

Sorriu de volta ainda aflita.

– Papai disse alguma coisa? – quis saber assim que viu o de olhos verdes se livrou da espetada.

– Não. Aparentemente a contusão o fez esquecer.

– O que houve? – Luther perguntou, notando a tensão. Cinco não respondeu, apenas virou para onde Alisson estava. Mavis ainda sentia o incômodo constante de ficar no mesmo lugar que ele, não sabia dizer ao certo, mas aquilo não estava a fazendo bem. Sendo assim, saiu do lugar para respirar.

O vento gelado bateu em seu rosto, levando seus cabelos para trás e acariciando sua face. Olhou para o céu, desejando como nunca estar na Lua ou em outro planeta, era um pensamento egoísta. Mas a jovem estava cheia de pensamento egoístas, como querer que Cinco sentisse o que ela sentia de volta.

Suspirou, sabendo que uma hora ou outra acabaria pensando nisso. Não podia julgar o modo como ele reagiu, afinal foi ela que iniciou o beijo e embora ele tenha retribuído no momento, não tinha obrigação nenhuma com ela.

Estava na frente da academia quando escutou os portões já enferrujados abrindo.

– Não sabia que você tinha medo de agulhas – Cinco disse.

Se perguntou o que seria mais claro que sair de perto de todos; ela obviamente não queria companhia. Só precisava ficar sozinha um tempo e logo conseguiria fingir que Cinco nunca havia a magoado, portanto ignorou a provocação com maestria.

Poderia voltar a fingir indiferença e até mesmo repulsa pelo mais velho, porém virou e teve certeza de que nunca seria capaz de algo parecido quando encontrou o par de olhos verdes a encarando friamente.
– Precisamos ir até a casa do Harold, descobrir o que aconteceu com Vanya e consequentemente... – pendeu a cabeça para o lado de forma presunçosa. – impedir o apocalipse.

Granger respirou profundamente observando bem o garoto de expressão tão objetiva. – Certo, vamos chamar o Klaus – murmurou baixo passando pelo jovem e entrando de volta. Foi estúpida em pensar que ele estava ali para acertar as coisas, e mais ainda por ficar magoada por não ter.

Under My UmbrellaOnde histórias criam vida. Descubra agora