Capítulo-2

110 15 3
                                    

Yes!/No!

02

Piper

Soltei um longo suspiro ao fechar a porta, aliviada por finalmente estar em casa. Tirei as chaves do bolso as colocando-as na bancada como de costume, deixando-as em cima da mesinha da entrada, e logo me livrei também de meus saltos.

O dia havia sido muito mais longo do que o planejado, e praticamente tinha drenado praticamente toda a minha energia. Levei uma de minhas mãos em direção aos meus cabelos, mas logo praguejei incomodada ao sentir uma fisgada no braço, obra da mordida que levara mais cedo.

''Céus. Aquilo incomodaria por um tempo''

Deixei outro suspiro escapar, fechando os olhos fortemente, numa tentativa de deixar todo o estresse para atrás. Quando os reabri novamente, encontrei um par de olhos azuis curioso me fitando.

Não pude deixar de sorrir, me abaixando e pegando o bichano com cuidado em meu colo, depois de jogar a sacola com os remédios em cima da poltrona em a frente ali. Bem, a mordida e os arranhões não eram nada, desde que Edy estivesse bem.

- Aquele monstro malvado também te machucou? – Eu perguntei analisando cada pedacinho de seu corpinho peludo, procurando por algum vestígio de machucado que, para meu alívio, não encontrei nenhum.

Edy miou pedindo para eu o soltá-lo e o soltei, indo até a área de serviço e pegando o potinho com a sua ração em um dos armários. Coloquei a comida em seu pote e, troquei sua água e fiz uma limpeza na caixinha dele de areia. Ele se roçou em meio a minhas pernas como num pequeno agradecimento antes de ir comer.

Ainda fiquei um tempo ali, encostada na máquina de lavar, apenas o olhando-o, antes de resolver ir me banhar-me. Eu ainda estava suja com o sangue, e também ansiava por um belo e relaxante banho de espuma em minha banheira. O dia havia sido cansativo em todos os aspectos, e nada seria melhor do que aquilo no momento.

A caminho de meu quarto tirei a camiseta suja com cuidado e o sutiã, e verificando se ela teria alguma salvação. Mas mesmo se a marca de sangue não manchasse o tecido claro, o rasgo feito pelos dentes do cão não me deixariam usá-la outra vez.

Decidido a não me preocupar muito com a roupa perdida, tratei de tirar também o celular e a carteira do bolso de minha calça, quando percebi um pequeno pedaço de papel cair no chão. Deixei os objetos sobre o criado mudo ao lado da cama e me abaixei para pegá-lo. O que seria aquilo?

Logo constatei ser o telefone da dona do monstro que havia me atacado.

Que no caso seria Alex Vause.

Não conseguia parar de pensar em como aquela mulher exalava um ar sedutor com aquele olhar, e aquele sorriso cafajeste e...

Era melhor eu me banhar-me logo. Ela havia me dado seu telefone para caso eu precisasse de mais alguma coisa relacionada ao incidente de mais cedo, e só isso.

''Não viaja Piper!''

Pelo que eu havia percebido, Alex Vause não gostava de mulheres.

Não do mesmo jeito que eu gostava.

Prova disso era que a culpa do cachorro dela ''o tal de Magnus'' ter fugido sem ela ao menos perceber era porque a morena mantinha uma conversa animada com um cara no parque.

Sim, eu já a observava antes do cachorro dela me atacar. E admito que eu também tinha demorado algum tempo para perceber que aquela coisa enorme e negra havia escapado de suas mãos e vinha em minha direção. Mas a culpa não era minha.

Yes!/No!Onde histórias criam vida. Descubra agora