-Forever.

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O vento batia forte no rosto dos dois meninos que andavam sem um rumo por Seul, Minho gritando enquanto a bicicleta ia a uma alta velocidade e Jisung aproveitava aquele sentimento de liberdade tão bom e confortável, nem ele mesmo sabia explicar a maneira de que os dois se deram tão bem, como se conhecessem a muito tempo.

No total foram 4 horas de passeio, os dois mais que tudo aproveitaram aquilo, como se fosse o último dia da vida deles, e poderia ser, só insinuando.

Primeira parada foi ao parque, onde eles prenderam a bicicleta no poste e correram sem direção no gramado verde, cairam, se sujaram, comeram pipoca, cantaram, correram mais, brigaram com o cachorro da véia, subiram na árvore, dois macacos, se machucaram, fizeram em um dia o que Jisung nunca fez em anos.

Jisung se sentia bem com aquilo tudo, e gostava tando daquele sentimento que era estar com Minho, o mais velho sempre tinha algo a dizer e nunca perdia o assunto, era adrenalina pura, e Jisung precisava disso.

Adrenalina.

A sensação do seu corpo estar todo em harmonia, cada lugar conectado, cada célula tremia, cada veia palpitava, o coração a mil, o pulmão puxando o ar com mais força que o normal.

Era isso que sentia no momento, onde estavam os dois na gangorra, Jisung olhava fixamente a face calma de Minho enquanto ele sorria, seus dentinhos de coelho a mostra, adorável.

Jisung então viajou um pouco mais distante, pensou na possibilidade de morrer mais cedo e sentiu o coração encolher em dor, apenas um dia serviu para o Han sentir algo mais sólido pelo ruivo.

Sentir que o queria sempre por perto, sentir que a companhia dele era algo tão valioso pra ele que se ele o visse ir embora choraria.

Jisung então parou a gangorra e olhou para o chão.

Não seria Minho que iria embora.

Seria ele.

Mas por que?

Por que ele? Logo ele que queria tanto ficar com o ruivo.

-Hey, ta acontecendo alguma coisa?-Minho perguntou tirando o mais novo do transe.

-De verdade...acho que sim.-Jisung sorrio forçado, sentia o peito encolher em dor.- Eu sinto medo, medo de deixar minha mãe, deixar você, sabe, a gente se conheçe a pouco tempo, mas eu já te considero..

-Olha Jiji, a morte não é o fim.-Lee afirmou.

Não é o fim.

-Não?

-Eu diria que não, já que se você se for vai ser um descanso para ti, olha só aonde você vive, não querendo falar mal...mas, deve ser cansativo ficar em um hospital, entã- antes que pudesse dizer algo, Jisung o interrompe.

-Aproveite, saia, corra, chore, grite, cante, ponha emoção em tudo, por que qualquer segundo pode ser o último.-Han disse com os olhos cheios d'água, mas com um sorriso grande.

-Exatamente, você pode fazer tudo o que quer, contanto que ponha limites a si mesmo e não se cobre de mais, você é incrível Jiji.- Minho sorrio novamente.

O resto do dia com toda certeza seria sorvete, e o final, bronca das mães, mas enfim, aproveite.

Cada segundo pode ser o último.

❛❛𝐌𝐄𝐃𝐈𝐂𝐈𝐍𝐄❜❜ ˢᵗʳᵃʸᵏᶤᵈˢOnde histórias criam vida. Descubra agora