- It's just medicine. Lee.

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E como prometido foi cumprido.

Minho fez os últimos dias de Jisung os melhores da vida dele, todavia, continuou alimentando o sentimento que não podia.

Mas ele se sentia ainda mais apaixonado quando Jisung sorria, quando lhe contava histórias, quando ria, quando chorava.

Sim, quando chorava, por que para Minho, para alguém chorar na frente de uma pessoa, o nível de confiança e intimidade tinham que ser muito grandes.

Minho aproveitou esses 14 dias como ninguém, e dentro desse tempo viu a mãe se aproximar dos dois Lee's, sairam para comer, assistiram filmes, cozinharam e por ai vai.

Minho gostou, é claro que ele gostou.

Félix agora estava construindo um pilar com a mãe.

E tudo isso graças a Jisung.

E hoje, 15° dia.

Jisung sentia o pulmão morrer.

Estava no quarto do Hospital, Tuan o observava do lado de fora enquanto o remédio fazia efeito, as lágrimas do médico pareciam ser colhidas por anjos, tão preciosas, uma dor inexplicável, aquela que você sente quando não consegue salvar alguém.

E aquela que você vai sentir pra sempre.

Jisung olhava pro teto, sem nenhuma expressão, as lágrimas desciam, e a dor no peito aumentava cada vez mais.

A dor de estar indo.

Sem poder ter aproveitado enquanto ficou.

Digo, ele aproveitou, mas não foi o suficiente, um adolescente sempre quer mais, sempre procura mais, procura um lugar para ficar, mas vai e sempre volta.

Seulgi estava do lado de fora junto a Mark, que havia dado duas doses de remédios, mais especificamente, drogas, seriam elas que parariam todo o sistema do Han, mas seriam elas também que faria ele sentir-se vivo pela última vez.

Mas nada disso o fazia sentir aquele sentimento que ele tanto queria.

Aquele que somente uma pessoa o fazia sentir.

O prazer de estar vivo.

Minho se aproximou dos dois mais velhos que estavam do lado de fora.

-Diga tudo a ele.-Seulgi disse por fim, enxugando as lágrimas e indo embora dali.

Minho engoliu a seco e entrou no quarto, se apriximou e sentou-se em uma cadeira ao lado do moreno.

-Eu te amo.-Lee sorriu e apertou a mão do Han.-Não esqueça ok? Eu te amo muito...-Minho encostou a testa no colchão da maca e se pois a chorar tudo o que não chorou naquele ano.

Então Jisung começou a cantar.

A voz suave invadindo os ouvidos do Lee, tocando a alma que se sentia vazia.

Minho sentiu o coração doer, como se fosse uma última batida.

Jisung pediu um abraço com gestos.

Minho tirou forças da onde não tinha e abraçou o moreno com força.

-Minho Hyung, eu te amo muito.-as mãozinhas trêmulas apertavam as de Minho.

-Eu amo mais pequeno, eu te amo muito.-Lee colocou o nariz no pescoço do esquilinho e cheirou pela última vez aquele aroma delicado.

-Não se esqueça, é apenas a medicina Lee, eu sempre estarei com você, Lembre-se de mim ok? Nós não tivemos tempo pra investir nisso, mas eu juro que se eu tivesse eu acordaria todos os dias te chamando de amor e dando beijinhos na sua bochecha, você me fez enxergar o mundo de uma maneira diferente, mas agora é a sua vez de olhar para fora e sair, seja livre.-Jisung encostou os lábios aos de Lee, o sentimento de saudade invadindo o peito, se separam pela falta de ar de Jisung, que deitou a cabeça no travesseiro- Eu não sei da onde eu tirei palavras pra isso.-Ele disse entre sorrisos e lágrimas.

As mãos juntas.

-Eu te amo Jisung.-Minho disse ao sentir a mão do Han perder a força.

-Eu amo mais.-os olhinhos pesados, se fechando lentamente.

Até que parou.

Tudo parou.

Não podia mais ouvir as batidas daquele coraçãozinho lento e quente, não podia mais sentir o abraço dele, não podia mais tê-lo.

Seulgi não estava mais ali, os médicos pediram para ele sair, e assim foi.

O ruivo só saiu por ai, andando sem um rumo, chorando pelo o que se foi.

A procura do que nunca acharia.

Jisung.

...

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❛❛𝐌𝐄𝐃𝐈𝐂𝐈𝐍𝐄❜❜ ˢᵗʳᵃʸᵏᶤᵈˢOnde histórias criam vida. Descubra agora