Prontos p começarem mais uma aventura?
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PoV. Harry
- E o homem, temporariamente insano, afogou suas três filhas. Ele se matou em seguida. Alguns dizem que até hoje a casa da família é assombrada pelos gritos das meninas. E se você olhar para dentro da água da sua banheira por muito tempo, vai ver o rosto delas, pedindo sua ajuda e te arrastando para a morte!
Nick apagou a lanterna.
A casa ficou em silêncio, tão escura quanto a noite do lado de fora.
- Por que elas apareceriam na minha banheira? - perguntei - Elas que assombrem outro lugar. Minha banheira, minhas regras.
Risadas explodiram, quebrando o clima de suspense e Nick bufou, acendendo o abajur perto dele.
Nós quatro estávamos na sala de estar, sentados no tapete e nos entupindo de doces.
31 de Outubro, Dia das Bruxas ou Halloween, como preferir chamar. Minha casa decorada era o cenário perfeito para histórias de terror.
Era nossa forma de agitar as coisas antes de irmos para a festa oficial, mas das quatro histórias da noite, nenhuma foi boa.
- Elas são fantasmas. Estão ali pra te matar. - Nick Jonas protestou.
A luz amarelada do abajur criava sombras na fantasia de Minion assassino que o rapaz usava.
- Nem vem. Minha mãe pagou caro na banheira. - balancei a cabeça - Se elas vão usar, que pelo menos paguem aluguel.
Gemma e Leigh-Anne riram da expressão ofendida de Nick.
Minha irmã, sentada do outro lado do tapete, pegou mais um bombom do caldeirão.
- Quer ouvir uma história assustadora? - ela falou, a boca cheia - Semana de provas na faculdade. Isso é aterrorizante.
A noite estava gostosa, clima nem frio e nem quente, o vento ficava forte de vez em quando, mas nada preocupante. As ruas estavam infestadas de crianças correndo de casa em casa pedindo doces, pequenos monstrinhos fantasiados de monstros assustadores.
Era minha noite favorita do ano. Minha mãe, Gemma e eu, começávamos a decorar a casa em Setembro, às vezes gastando um pouco mais do que o necessário. A bruxa no canto da minha sala, assistindo nós quatro e ocasionalmente soltando uma risada sinistra, tinha custado os olhos da cara.
E o caldeirão no centro do tapete, antes transbordando de doces, agora já pela metade, mostrava que talvez os dentistas da cidade receberiam bem pelos próximos meses. Eu podia sentir a cárie achando um lar nos meus dentes.
- Eu estou indo. - dona Anne avisou, descendo a escada apressada.
Nós quatro nos viramos para olhá-la.
Minha mãe usava um vestido bonito preto e se apressava em colocar os brincos novos. Ela parou e sorriu para nós.
- Comportem-se, crianças. - piscou um olho, animada - E Gemma, não deixe seu irmão morrer de diabetes.
- Não prometo nada. - Gemma riu.
- Vamos ficar bem, mãe. - revirei os olhos, sorrindo - Vai se divertir com seu namorado. E não façam nada que eu não faria.
- Robin e eu só vamos jantar. - Anne retrucou, pegando sua bolsa.
- É assim que os jovens estão chamando hoje em dia? - provoquei.
Minha mãe apenas me ignorou e nos mandou um beijo, saindo pela porta.
O lugar voltou a ficar silencioso. A silhueta de um demônio na janela assistiu ela entrar no carro e ir para seu encontro.
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Mad World
ParanormalHarry tem uma vida tranquila e normal na cidade de Salem. Até o dia do Halloween, quando criaturas que antes achava se tratar apenas de lendas, começam a causar o terror. Agora, Harry se vê rodeado dos chamados Caçadores do Oculto, um grupo de lutad...