Nigel & Juliet ❤ Capítulo 06

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Capítulo 6 (Nigel)

Doze Anos Antes

“Eu não quero mais mentir
Usar espinhos que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno
Que me atraiu a pé a fé devagar
Foge o destino do azar
E se puder me olhar
E se puder me achar
E se você trouxer o seu lar
Eu vou cuidar
Do céu e do mar, e de você e de mim”

(Os Cegos do Castelo, Titãs)

Mily passou a fazer parte dos meus dias, primeiro como amiga, depois como ficante e por fim recomeçamos um namoro, que parece chiclete na cadeira de um aluno do colegial.

Nossos vícios também seguiram o rumo dos nossos corações, temos um namoro nada sadio, do tipo rock pauleira, sexo, álcool e drogas.

Sinceramente eu não gosto de quem sou ao lado dela, mas a amo demais para deixá-la ir, até porque sei que dará um jeito de voltar, e covarde demais para sumir de vez da sua vida pela segunda vez.

Nosso sexo é algo que me sobrecarrega, não acredito que estou dizendo isso, mas o ponto é que tudo nela é intenso demais.

Trepar é bom pra caralho, foda pra caramba, uma vez, duas, três… não parar para respirar a cada gozo, é maravilhoso no início, mas com o tempo o sujeito quer ter outros momentos com a sua garota e voltar pra casa e aí sim estar dentro dela, ter uma vida além do sexo, álcool e das drogas.

Outro ponto é que Mily não se satisfaz com monogamia, ela gosta de sexo compartilhado à três, quatro e mais, confesso que a princípio foi gostoso ter duas, três, quatro e mais, garotas devotas no sexo só pra mim, porém não querendo ser machista, quando o troço passou para dividi-la com outros caras perdi a graça, principalmente quando sou hétero e os caras vinham com mão boba pro meu lado.

Compartilhar a sua garota com outros caras é desagradável, puta fodido, mas Mily faria com ou sem mim, então cedi em ser pelo menos um dos caras a foder até os seus miolos e a levar a nocaute por exaustão.

Todavia quando ela vinha com outros caras pra me tocarem, foderem minha bunda, não topei nem a caralho ou risco de perdê-la, foi quando em uma dessas propostas rejeitadas, pela primeira vez, Mily participou de um sexo grupal sem mim, perdeu o controle e teve sua primeira overdose.

Capítulo 6.1 (Nigel)

Doze Anos Antes

“O tempo é uma coisa valiosa
Assista-o voar
Com o balançar de um pêndulo
Observe a contagem regressiva
Até o fim do dia
O relógio faz a vida passar
Observe o tempo esvair
Através da janela
Tentando me manter firme
Nem mesmo sabia
Que desperdicei tudo isso para
Ver você partir
Mantive tudo aqui dentro
E mesmo que eu tenha tentado
Tudo desmoronou
Uma memória de um tempo
Quando eu tentei tanto
E cheguei tão longe
Mas no fim, isso Nem mesmo importa
Tive que cair, que perder tudo
Apesar do jeito que você estava
Zombando de mim
Agindo como se eu fosse
Parte de sua propriedade
Lembrando de todas as vezes
Que você brigou comigo
Estou surpreso que isso
Tenha ido tão longe
As coisas não são mais
Do jeito que eram antes
Você sequer me reconheceria mais
Não que você me reconhecesse
Naquela época
Mas tudo voltou para mim no fim
Coloquei minha confiança em você
Aguentei o máximo que pude”

(In The End, Linkin Park)

Almoço de domingo em família é uma tradição do meu pai com a sua namorada. Kloe é como sua outra filha, como Dila, como se tornou Mily, é sonsa e consegue tudo o que quer.

No início pareceu uma gatinha indefesa, depois colocou suas garras pra fora e as cravou no miserável que se apaixonou por uma mulher muito perigosa.

Todavia almoço de domingo aqui em casa é mais que tudo constrangedor, os velhos tentam compartilhar suas experiências conosco, que obviamente estamos cagando pra eles, afinal de contas não temos exemplos de pais em nossa corrente sanguínea.

A mesa é farta, um pouco do gosto de cada um, sobremesas liberadas, sons de talheres arrastando nos pratos podem ser ouvidos à quilômetros de distância, não há clima familiar, há uma forçação de barra.

Mily pede licença e levanta, diz ir ao banheiro, mas faz sinal para inventar uma desculpa e segui-la. Eu sei o que quer, sexo no banheiro, estou a fim de ter minha mente em branco, então aceito a sua sugestão.

Trepamos e voltamos pra sala, é dia de corrida de Fórmula 1, meu pai adora, sua namorada finge ter o mesmo gosto por pilotos e carros.

Sentamos no sofá, Mily disfarça com a almofada e masturba meu pau, eu tiro sua mão dali, ela se chateia e volta a se levantar.

Depois de um tempo Mily volta pra sala, tem pó branco no seu nariz, finjo um beijo e limpo depressa, mas sua irmã nota e começa um ciclo de chantagens que parece interminável.

Dila mostra que não está pra chantagens chulas quando nos suborna com dinheiro, mas ela quer mais, ela me quer em troca de não dizer a nossos pais que sua irmã é uma viciada, dou a ela sua primeira vez, não sou gentil a tirar a sua virgindade.

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