O Necromante (Parte I)

90 7 0
                                    


Nuvens cinzentas começaram a esconder a luz do sol de meio-dia. Pelas janelas dos edifícios, trancados em suas casas, as pessoas observavam a marcha lenta do homem chamado Necromante com o exército de pessoas estranhas. Ele estava bem no centro, parado em cima de uma plataforma pequena, que era mais como uma mesa carregada por alguns de sua tropa. Agora estavam passando por uma praça grande e larga, tendo o trajeto acompanhado por dois helicópteros.

E foi nesse instante que um vulto cortou o ar, caindo como um meteoro a poucos metros do rei Necromante, destruindo os corpos de pelo menos meia dúzia de seus súditos. O resto cercou o sujeito estranho, várias vozes falando ao mesmo tempo e em línguas diferentes, criando um mar de murmúrios incompreensíveis.

— Que tipo de brincadeira é essa aqui? – perguntou o Número Um da Sparrow Academy, com um dos pés apoiado sobre uma cabeça.

O uniforme do Spaceboy tinha tons distintos de vermelho, sendo que no meio era uma faixa carmesim. No peito estava cosido um pardal dentro de um círculo branco, símbolo de sua ordem. A máscara também era carmesim, uma pequena faixa que cobria-lhe os olhos, permitindo notar a expressão do herói, principalmente o sorriso de desafio que estava desenhado em seus lábios.

— Eu chamo essa brincadeira de justiça – respondeu-lhe Klaus. – Está na hora do mundo conhecer a grande farsa chamada de Sparrow Academy.

Bem lá atrás, na ponta esquerda, raios de luz cortavam como espadas de lasers os corpos dos novos amigos de Klaus, na ponta direita, tentáculos agarravam vários de uma única vez, lançando-os pelos ares ou desmembrando seus corpos, gerando gritos de desespero. E esses mesmos tentáculos podiam ser vistos mais para dentro da multidão, originados de um corpo diferente. Ao perceber que estava sendo atacado por todos os lados, Necromante fez um gesto com os braços, e a sua tropa começou a atacar violentamente os inimigos. Exceto o Número Um, que continuava em sua frente, encarando-o com um ar sombrio.

— Devíamos ter executado todos vocês no momento em que apareceram em casa. Mas não tem problema, agora será mais divertido – Disse Michael Hargreeves, começando a dar pequenos passos em direção do Necromante.

Em algum lugar daquele mar de gente, ouvia-se alguns gritos chamando por Klaus. Os dois ignoraram aquela voz da mesma forma que estavam fazendo com todas as outras.

E nesse instante, Spaceboy começou a ser atacado. Mortos-vivos agarraram-lhe pelas pernas, pelos braços, mas nada disso pareceu capaz de deter seu avanço. A força do Número Um era absurda, e com poucos socos e empurrões, ele conseguia fazer voar inúmeros dos oponentes e limpar os obstáculos que o separavam de seu alvo.

— Essas pessoas estão vivas – Klaus gritou de onde estava, irritado. — E vocês estão matando-as, matando inocentes. Mas isso não é nenhum novidade para vocês, não é mesmo? Os corpos dessas pessoas estão ocupados pelas almas das vítimas da Sparrow Academy, e eles não vão parar até destruí-los!

Algumas das pessoas que foram derrubadas por Michael segundos atrás se puseram de pé outra vez e partiram pra cima dele novamente, mesmo aqueles indivíduos que tinham lesões graves como o pescoço quebrado. Aquilo o surpreendeu por um instante, mas ele não se deixou abater. Era um bando de fracos, que viessem aos milhares, o herói pensava enquanto um monte saltava sobre ele, soterrando-o em uma onda de corpos enlouquecidos.

___________________

___________________

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A Sparrow AcademyOnde histórias criam vida. Descubra agora