É a Verdade

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Marinette acordou um pouco melhor, porém, seu coração ainda estava abatido. O dia de seu desespero havia passado, mas o dia de sua memória ainda não. Era o terceiro dia. A porta se abriu e lentamente ela se virou, vendo CatNoir parado na porta.

-Te acordei? - questionou ele.

-Não! - respondeu ela, se virando na direção dele -Já estava acordada.

-Então você acordou bem cedo.

Ele se aproximou e se sentou de frente para ela na cama. Ele tirou sua luva e colocou as costas da mão sobre a testa dela.

-Sua febre baixou. - disse ele.

-Sua mão está fria. - ela ergueu um pequeno sorriso.

-Sinto muito.

-Eu gosto. - ele franziu o cenho - É que eu estou sempre quente, então coisas frias me fazem relaxar.

-Você é um mistério, princesa.

-Princesa?! - disse ela erguendo a sobrancelha.

-Não é um insulto.

-Um elogio?

-Pode se dizer que sim. - disse ele com um sorriso. Marinette sorriu - Acho que eu te devo uma informação.

Marinette não entendeu na hora, mas logo a lembrança de seu carro tombando lhe relembrou da pergunta que mais necessitava de uma resposta.

-Pedro! - disse ela.

-Isso! Ele está internado, fora de risco de vida, com apenas uma perna quebrada.

-Graças a Deus. - ela suspirou.

-Mas... - ele coçou a nuca.

-Mas o que, CatNoir?

-Mas...todos estão procurando por você.

-Todos? Todos quem?

-Todo mundo! As pessoas da sua casa, a polícia, a emprença...todo mundo.

-Me procurando? Mas... Se eu estou sobre a sua guarda, então a Charle deveria saber. Por que ela não sabe?

-Porque seu pai me deu ordens exatas. Ninguém pode saber da sua localização. Ninguém, mesmo.

-Então... A Charle...

-Pensa que você está desaparecida. Eles não sabem sobre as ordens do seu pai.

-E como ele está agindo em relação a toda essa busca por mim?

CatNoir se levantou e foi em direção a porta. Ele parou na porta com o coração apreensivo.

-Já vou trazer seu café da manhã. - disse ele.

-E vai trazer as minhas respostas também?

Ele não lhe respondeu, e saiu do quarto. Marinette sentia que algo estava errado. Se lembrou do que um dos sequestradores lhe disse e sentiu um tremor dentro de si. Na cozinha, Adrien se inclinou na frente da mesa e respirou fundo.

-Qual o problema? - questionou Luka o vendo da sala.

-Marinette. - respondeu o loiro.

-Ela ainda está doente? - questionou ele entrando na cozinha.

-Não, mas...ela quer saber sobre o pai dela.

-E você vai contar a verdade, certo?

-Mas quanto da verdade, Luka? É muita coisa para ela saber. É muita coisa para eu contar. Eu quero que ela saiba a verdade. Eu quero que ela saiba quem o pai dela realmente era. Mas eu não tenho coragem.

Meu Guardião Minha PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora