Sasuke Uchiha, um publicitário que teve sua vida virada de cabeça para baixo após a morte de seus pais e a infidelidade de seu irmão, que concebeu ao mesmo o desgosto pelo amor verdadeiro e felicidade mútua.
A partir de novas convicções, o jovem rap...
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Tokyo – Centro da cidade.
Já fazia quase um mês da nossa discussão e, desde então, ela anda me evitando. Para ser sincero, tinha um pouco mais de uma semana que eu não a via e nenhum de nós dois se aproximava ou tentava puxar algum assunto. Nos primeiros dias o máximo que conversávamos era quando estávamos em reunião, ou quando ela vinha em minha sala entregar alguns papeis, os deixava em minha mesa e saía educadamente.
Admito que essa situação era extremamente incômoda para mim, eu estava acostumado a dividir a maior parte do meu dia a dia com ela e muita das vezes a vontade que dava era correr para alcançá-la toda vez que eu a via de longe, mas tudo isso era ultrapassar demais os meus objetivos e eu não me sentia digno de tê-la de forma tão fraternal ou de assumir tamanho compromisso. Isso era a única coisa que eu tinha total certeza e, talvez fosse, também o meu maior erro.
Com os olhos vidrados na tela do computador e com a mente mergulhada em pensamentos, ouvi meu celular tocar e o apanhei para atendê-lo.
- Fala, Itachi.
- Suas palavras costumavam ser bem mais calorosas, otõto. – Respondeu, me fazendo suspirar sem ânimo para implicâncias.
- Do que precisa, Itachi? Hoje eu não estou num dia bom.
- Eita, então somos dois. – Soltou uma risada nasalada.
- Aconteceu alguma coisa com a Emi? – Perguntei preocupado.
- Não com ela em si, mas com a gente. Podemos conversar pessoalmente nesse fim de semana?
- Sim, eu vou pra aí na sexta. – Disse desligando o aparelho pensativo no que pudera ter acontecido, pois meu irmão não era de conversar ou pedir para nos vermos desse modo.
Quando depositei o aparelho na mesa, outra vez me peguei pensando na Haruno, muitas coisas que discutimos naquele dia ela tinha razão, eu não ficava com outras mulheres, era somente ela e mais ninguém, não tínhamos amarras e confiávamos um no outro. Eu realmente não sentia a necessidade de me precaver em nossas relações como sempre costumei fazer com qualquer outra, mas a verdade era que eu nunca quis e, talvez esse tenha sido a minha maior perdição. Eu poderia ter mantido minha indiferença com ela, isso teria nos poupado da discussão que tivemos, mas toda essa situação, de fato, não foi planejada por mim ou por ela, simplesmente aconteceu.
Já era sexta-feira, corri o máximo que pude para adiantar todas as minhas coisas antes de viajar para ver meu irmão no fim de semana. Recolhi alguns documentos para deixar na sala de arquivos, antes de ir para casa. Quando cheguei a saleta, me exaltei ao ver Sakura entretida em uma das extensas gavetas de registros, me aproximei dela, com receio ainda, e falei.
