Capítulo 5

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Eles não falam sobre isso.


Dois dias se passam sem troca de nada entre eles, exceto por um ocasional olhar estranho durante a aula ou um aceno de reconhecimento. Josie se esquiva de Hope sempre que pode, com muito medo de dizer uma palavra a ela. Ela sabe que deve parar em algum momento e se desculpar por seu comportamento, mas toda vez que ela acaba na porta de Hope, ela foge.


Ela está envergonhada .


Como ela poderia não estar? Josie continua repetindo o momento em sua cabeça. Ela se lembra de como foi humilhante depois, mas ela também se lembra de como foi ter Hope tão perto, ter Hope entre as pernas...


—Ei. — Uma chamada de voz. Alyssa estala dois dedos na frente de seu rosto. — Você está bloqueando a geladeira.


—Oh. — Josie sai do caminho.


Por que ela veio para a cozinha? Uma garrafa de água? Uma sandes?


Alyssa olha feio para ela enquanto pega uma lata de refrigerante. Josie sorri timidamente de volta, tentando ser legal. Já faz um tempo desde que Alyssa pegou Josie 'agarrando' com Hope e ela ainda não disse nada, pelo que Josie sabe, então seria sábio não irritá-la.


— Você é tão estranho às vezes, Saltzman. — Alyssa revira os olhos para o leve beicinho de Josie e sai.


Josie solta um suspiro de alívio ao abrir a geladeira novamente. Alyssa está certa, no entanto. A cozinha é feita para comida, não para fantasias sexuais. Mesmo se Hope a tivesse pressionado contra o balcão aqui na primeira vez que fizeram isso.


Ela vasculha os itens frios por um breve momento, até que alguém passa o braço em volta de sua cintura.



Josie quase dá uma cotovelada no estômago da pessoa por instinto, mas ...


— Ei estranho. — Hope sussurra alegremente e sua postura tensa instantaneamente se dissolve em uma mais calma. — Eu não vejo você por aí há um tempo.


Um arrepio percorre a espinha de Josie ao ter Hope pressionada contra ela desta forma. Ela pode sentir cada centímetro de Hope em suas costas, quente mesmo através do tecido de suas roupas, e uma emoção dispara entre as pernas de Josie quando ela tenta se contorcer e Hope a mantém presa sem esforço.


Às vezes, em momentos como este, o poder bruto de Hope a deixa sem fôlego.


—Sim, desculpe-me. — Josie responde, sem saber o que dizer, feliz por não ter que enfrentar Hope.


Hope cantarola, baixo em sua garganta, e muda até que ela pode passar seus lábios sobre o pescoço de Josie. É quase ridículo a facilidade com que Josie se abre com isso, inclinando a cabeça para o lado instintivamente para dar a Hope mais espaço.


— Ainda está bem? — Hope pergunta e Josie tem que piscar em seu torpor para perceber o que Hope quer.


Ela pensou que Hope ficaria enojada com ela, certamente não isso.


— Você não precisa perguntar. — Josie tenta não parecer muito desesperada, mas sua voz a trai. — Se você me quiser, pode me ter.


Você pode me levar.


Hope bufa um som áspero atrás dela, mais animal do que humano, e Josie lateja com o pensamento de que ela poderia estar fazendo Hope se sentir tão fora de controle. Ela sente a mesma pulsação pulsar através dela enquanto Hope planta beijos contundentes em seu pescoço, sem perder um único ponto.


Duas mãos a puxam para trás, o aperto de Hope firme e implacável nos quadris de Josie, de modo que Josie nunca tenha a chance de recuperar o fôlego.


O desejo cresce em seu abdômen como uma pilha de brasas, queimando-a de dentro para fora. Josie cava os dentes em seu lábio inferior para tentar conter seus gemidos, mas isso prova ser inútil um segundo depois, quando presas afiadas roçam sua garganta. Ela avança, mais excitada do que deveria, mas Hope coloca a palma da mão na barriga de Josie para mantê-la quieta.


Hope roça os dentes ao longo da orelha de Josie. — Eu quero ver você fazer isso de novo.


A excitação incandescente atinge Josie com a mistura de tudo isso, com o controle possessivo que Hope tem sobre ela, com a picada de ser mordida, com as palavras .


Deus. Porra.


A adrenalina e o desespero levam Josie a apertar as coxas em busca de atrito, mas ela não ganha um grama disso. Todas as noções anteriores de manter a compostura desaparecem instantaneamente, um gemido alto saindo de sua boca antes que ela pudesse detê-lo. As presas de Hope retrocedem, substituídas por lábios macios e uma língua calmante.


—Shh, Jo.— Hope a cala, um gentil lembrete de que as pessoas por aqui têm super audição. Ela pisca com a ideia de ser pega assim, enquanto Hope coloca seu pulso sangrando na frente de Josie. —Beba.


Josie lambe obedientemente, engolindo um gemido sem fôlego. Hope a beija com ternura, sussurrando palavras calmas e elogiosas em seu ouvido que fazem os joelhos de Josie fraquejarem.


—Hope, eu preciso...


—Eu sei. — Hope garante, deslizando a mão até a cintura de Josie. — Deixe-me cuidar de você .

Let me take care of youOnde histórias criam vida. Descubra agora