•Briana•
Eu e Charlie estavámos sentados no chão, tentando nos distrair através do meu motorama, contudo, a cada segundo ficava mais díficil não pensarmos em nossas irmãs.Por que?
Bom, pode parecer clichê e tudo o mais porém sempre, repito: sempre quando a minha irmã está em uma arrriscada, não dessas bobas como ser pêga matando aula ou algo assim, mas sim algo sério, eu sinto um sentimento tão forte de dor.
Era uma dor emocional, como se uma âncora estivesse presa a mim, enquanto me afunda mais ainda em uma angustia e medo de que algo vai dar errado.
E geralmente dá.
Com Lie é a mesma coisa e como as nosas irmãs não se desgrudam, ao sentirmos esse tal sentimento juntos, a única certeza que temos é que algo definitivamente não está certo.
Quando éramos pequenas, uma vez o nosso pai juntamente com nossa mãe, nos levou para um parque de diversões para comemorarmos o nosso aniversário e Will, Charlie, Jess, Jonathan e Daniel estavam conosco.
Will estava com nossa mãe na xícara que rodava, Jonathan com Dan, Diana e Jessica enquanto eu estava com papai juntamente com Lie.
Derrepente aquela famosa sensação me invadiu.
Sabe aquele caroço no pescoço que te impossibilita a comer? Sabe aquela sensação na boca do estômago como se você fosse pôr para fora, inacreditávelmente um de seus orgãos? Sabe quando sua respiração começa a encurtar e acelerar? Seus olhos se encherem de lágrimas e um desespero repentino de que algo ruim irá acontecer?
Era isso.
Eu tinha quatro anos na época e obviamente Lie também.
Em questões de segundos tanto eu e ele já começamos a chorar copiosamente, para o azar de meu pai aliás.
A sensação era tão forte que não conseguimos explicar o que raios havia ocorrido e, enquanto papai e mamãe (que já tinha retornado do brinquedo com Will) tentavam nos acalmar e questionar o que havia de errado, um desesperado Jonathan e um horrorizado Dan surgiu correndo em nossa direção.
Naquele momento, ao não verem nem Diana e nem Jessica junto a eles, meus pais souberam que algo de muito errado havia acontecido.
E aconteceu.
Um minuto. Um mísero minuto de distração para os dois perderem aquelas duas.
E para piorar, enquanto tentavam procurar as mesmas antes de contatar os nossos pais, Dan e John através de um dos vendedores de doces do local, descobriram que minha irmã e Jess, estavam na companhia de um casal um tanto quanto estranho.
E enquanto isso, aquele aperto doía cada vez mais.
Por fim, após o papai ter chamado a sua equipe e o dono do parque não permitir a saída de ninguém, aquelas duas foram encontradas.
Meu pai descobriu depois que aquele casal simplesmente iriam sequestra-lás a fim de ganharam uma boa grana através do tráfico de crianças.
E para vocês terem uma idéia, nem Jessica e nem Di estavam desesperadas ou temerosas perante aqueles dois bandidos!
Ambas, novas e inocentes que eram, caíram no papo que aquele casal conheciam os nossos pais e iriam leva-lás até os mesmos.
Ou seja; se mesmo enquanto as duas estavam calmas e plenas, nós sentíamos que ambas estavam correndo algum risco, em outras situações quando Jess e Di sabiam que sim, estavam em perigo, aquela sensação se duplicava...
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As gêmeas Hopper Byers
Science FictionQuando Joyce Byers e Jim Hopper estavam enfrentando momentos difíceis em suas vidas, acabaram encontrando consolo em sua antiga amizade que, quando fora adicionada algumas garrafas de cervejas e vodkas, acabou gerando dois laços eternos: duas filhas...