Te trouxe essa canção

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N/A:

Hoje me ocorreu de deixar o vídeo da música que dá nome ao capítulo assim no início dele, então farei isso nos anteriores e nos próximos (se eu não esquecer, kkkkk).

Só mais uma coisinha: queria registrar aqui que eu e a Lissa ficamos felizes a cada novo voto/comentário/visualização da história. Isso realmente torna nossos dias mais felizinhos, então obrigada por vocês estarem por aqui, lendo e nos deixando saber disso.

É isto. Agora o capítulo vem, kkkkkk.

💌

— Pansy Parkinson, se você não abrir essa janela agora, eu juro por tudo que é mais sagrado, você vai ter que arcar com as consequências! - um Blaise entrava no quarto da menina trajando seu pijama habitual e uma carranca no rosto, mas encontrou uma Pansy prontamente com vestes de corrida e um sorriso divertido com a imagem do menino. A verdade é que ela havia se distraído rapidamente com sua vestimenta, mas a janela já estava prontamente aberta e o animal passeando pelo recinto. Ela viu os olhos dele se fechar no momento em que a ave pousou sobre o ombro dele e beliscou um pouco sua orelha, mas a menina segurou a risada bravamente. — Eu juro que não mereço isso, Merlin.

Pansy se aproximou e pegou a ave com cuidado, deixando assim que o amigo saísse do quarto enquanto resmungava alguma coisa que ela não conseguia compreender. Pegou um petisco para a coruja e recebeu sua carta em troca, ela acabara de pagar por sua correspondência? Mas que avezinha esperta…

— Você consegue realmente tirar ele do sério, parabéns. - acariciou a penugem do animal. — Posso até dizer que chegou ao meu nível!

Pansy sentiu um pequeno beliscar no dedo e sorriu para a ave que havia levantado voo. Colocou a carta no bolso do casaco e saiu de casa, deixando um beijo no rosto do outro antes, e logo as ruas se transformaram em uma paisagem mais do que satisfatória para a jovem. A menina correu por um tempo considerável, até mais do que o esperado por ela mesma, e sentou-se em uma mesa pertencente a uma pequena cafeteria, a sua preferida, diga-se de passagem. Pediu o de sempre e retirou o envelope do bolso, deixando-o sobre a mesa e esperando seu pedido para, enfim, poder ler.

Com um suspiro profundo e uma pequena sorvida no líquido quente que estava na xícara a menina começou a sua leitura. Qualquer pessoa que passasse ao seu lado no “momento errado” poderia facilmente julgá-la como louca. Pansy ria em alguns trechos da carta, confessa que o primeiro sorriso veio ao constatar os pequenos detalhes e o fato da caneta ter cheiro. Caneta, sim. Hermione Jean Granger, você estava lhe testando? Em alguns momentos quis simplesmente abraçar a outra, ainda que não demonstrasse tanto afeto assim, as vezes queria mordê-la e observar as bochechas dela ficarem vermelhas com algum elogio aleatório ou enquanto falava o que havia escrito.

Ela viu uma das garçonetes do local e, quase morrendo, pediu uma caneta emprestada para a jovem, que lhe entregou com um sorriso largo, largo até demais. Pansy diria que havia milhares de intenções ali. Pegou um guardanapo do pequeno suporte e abriu o mesmo sobre o envelope que a outra havia lhe mandado, se ela desejava uma resposta rápida, bom, aquele seria o momento certo para escrever.

“Londres, 23 de Janeiro de 2000

Digníssima Hermione Jean Granger,

Venho por meio desta lhe informar algumas coisas sobre a gente. Primeiro que a ansiedade e a vontade absurda de falar com você e ir achar você se tornou algo avassalador, o que me fez responder de forma rápida, assim como faço com essa, embora essa tenha esperado uns quilômetros e o trabalho de uma chef incrível para poder aparecer e ser transpassada para o papel que, espero eu, esteja em suas mãos nesse momento. Segundo que você não consegue compreender o meu orgulho sonserino, okay? Ele pode se abalar com pouco…

Claramente isso não é verdade! Perdão por esse início de carta, confesso que me perdi na imagem de você no banho. Por Merlin, meu objetivo nunca foi fazer você chorar com a foto! Eu simplesmente achei que você gostaria dela, assim como eu gostei do lenço, o qual ainda não usei, porém irei! Talvez eu possa seguir seu conselho uma vez na vida… E, apenas para deixar claro, eu sou uma belíssima maratonista.

Eu também sinto isso por você, não tenha dúvidas disso. E, claro, pode ser amizade ao seu ponto de vista, mas eu calmamente daria outro nome para esse sentimento, um nome que talvez já esteja comigo há um tempo e você nem tivesse percebido, mas, até que você possa falar seu nome em alto e bom som, estarei guardando-o para mim.

E, falando em “alto e bom som”, gostaria de informar que, nesse momento, tudo que desejo é um berrador seu e o desafio de fazer você gritar, mas não se preocupe, no primeiro momento que você me ver, você irá gritar… 

Como podemos perceber, meu esconderijo, segredo de estado, não é tão longe assim, não é mesmo? Inclusive, não pense que não reparei no fato de ter usado caneta e papel trouxa, ainda mais uma caneta com cheiro. Cheiro de morango. Não acredito que você lembrou disso. É tão fofo que me faz querer abraçar você até o momento em que você irá me empurrar porque estamos a tempo demais no abraço e pode ser estranho.

Ah, não se preocupe, eu já sei o que eles passam! Meu senhor não me dá valor, ele apenas pede e pede, não é seguro estar perto dele. Mas, tirando essa brincadeira, claramente entendo o motivo de você lutar por eles, isso faz com que eu te admire, okay? Lembro da palestra que me deu no nosso último ano, não se preocupe que ainda tenho todos os arquivos guardados. Agora, gostaria de informar que meu dia ficou maravilhoso após sua letra dar forma a ele e sua caneta o cheiro.

Saiba que penso em você a cada momento do meu dia, não importa o que eu estou fazendo, mas seu sorriso sempre me faz seguir em frente, então muito obrigada por me permitir fazer parte da sua vida.

Com amor, 

Pansy.”

A menina sorriu para o guardanapo, que agora havia se tornado dois, e ela se retirou do local, deixando o dinheiro sobre a mesa e a caneta junto a um bilhete de agradecimento. O caminho até o apartamento foi bem mais rápido do que pensava, subiu correndo pelas escadas e colocou os papéis no primeiro envelope que achou, escreveu o nome da outra jovem e entregou a sua coruja que, logo após alguns petiscos e carinhos, levantou voo. 

A menina se dirigiu ao quarto do moreno e se jogou sobre o corpo dele, suspirando e deitando de frente pro amigo e, só então, lembrando das últimas palavras que colocou na carta, sentindo um certo desespero chegar ao seu corpo.

My best half - PansMione - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora