Eu e Minho estávamos sentados no chão do quarto enquanto o garoto me contava sobre seu confronto com Cho Hee. A cortina acinzentada estava aberta, permitindo que uma claridade forte entrasse, dando um ar mais confortável ao cômodo.
- Ela não pediu nada? - perguntei enquanto espalhava o hidratante de baunilha em minha perna.
- Nadinha, só disse que iria encontrar minha mãe no jantar dos pais dela - ele explicou.
Por alguma razão Cho Hee achou importante avisar Minho que encontraria a mãe dele, mas ele era lerdo demais para perceber que talvez fosse uma chantagem mais oculta, ou uma declaração de guerra, algo assim.
Nos encaramos por alguns segundos, tentando descobrir o que a ex dele tinha em mente, mas o contato visual foi quebrado quando alguém tocou a campainha.
O Lee praguejou algo e saiu do quarto, não sem antes fechar a porta. Aproveitei que estava sozinha e deitei no tapete, peguei meu celular 'pra checar as mensagens e só tinha Seungmin me pedindo para apresentar ele e minha amiga. Porém, me assustei com uma voz feminina se aproximando e logo em seguida a porta foi aberta.
- Mãe, eu já falei que está tudo em ordem - Minho reclamou coçando a nuca.
- Ah é? Então me explique a garota no seu quarto! - a senhora esbravejou.
Levantei ainda sem entender o que acontecia, a mulher me encarava enquanto Minho tentava explicar que eu era sua amiga. Torci para que ela não resolvesse conferir o guarda roupa do filho.
- Meu nome é Li, prazer - cumprimentei a Lee mais velha, mas ela me ignorou totalmente.
Ela saiu do quarto e Minho suspirou. Conversa vai, conversa vem, ela foi embora. Uma visita inesperada e sem dúvida suspeita.
- Não sei o que deu nela, as visitas geralmente acontecem nos feriados - O Lee reclamou e se jogou na cama.
Mesmo com preguiça, me arrastei e subi na cama, deitando ao lado do garoto, que estranhou meu ato.
- O que foi? - ele me perguntou.
- Eu não posso deitar? Passei o dia com sono - falei baixinho me acomodando no meu lado da cama.
Ouvi a risada dele e senti seus braços me rodeando. Uma sensação esquisita começou a me invadir, um misto de conforto e tristeza, como se aquilo estivesse perto de acabar.
- Muito apertado? - ele pergunta, provavelmente notando minha respiração desregular.
Apenas neguei com a cabeça e afundei mais o rosto no travesseiro, torcendo para que não houvesse choro no meio daquela bagunça que eu estava.
22:35 PM
Acordei com meu celular tocando, de acordo com os registros era a quinta ligação de vídeo que Jisung fazia. Minho acordou também, e se afastou quando viu que eu ia atender.
- Você dormiu a tarde inteira?!
- Algum problema? - perguntei levantando as sobrancelhas.
- Eu tenho uma proposta. Quer ouvir?
Quando abri a boca para responder meu amigo, senti uma mão quente invadir minha blusa. De novo não.
- Pode ser - respondi tentando parecer normal.
- Então, meu primo vai ficar aqui em casa, e eu não vou poder... - Jisung ia falando, mas eu não conseguia prestar atenção em nenhuma palavra.
A mão que antes acariciava minha barriga passou a massagear um dos meus seios. Eu realmente merecia isso?
Jisung se distraiu com alguma coisa enquanto falava, e foi a deixa para que Minho se aproximasse do meu ouvido, encostando seus lábios.
- Lembra da espanhola de ontem? - ele sussurrou entre os beijos que depositava na minha orelha, me fazendo arregalar os olhos.
Ele se afastou novamente quando Jisung voltou para a tela, foi aí que percebi, eu estava perdida por não querer que ele se afastasse. Meu auto controle pedia socorro.
- Mas isso depende de você. Quando estará livre? - o ruivo perguntou do outro lado da tela.
- Eu...não sei. - Tentei normalizar a respiração.
- Tudo bem? Você está vermelha.
Abri a boca para responder, mas falhei miseravelmente quando senti uma das mãos do Lee entre minhas pernas. Ele não demorou a introduzir dois dedos na minha intimidade, e sim, eu entrei em desespero.
Olhei discretamente para o rapaz ao meu lado, um sorriso divertido estampava seu rosto. A pele quente da sua mão livre entrou em contato com meus dedos que puxavam desesperadamente o lençol.
- Precisa de ajuda? Você está passando mal?
O tom do Han era de preocupação, mas eu só conseguia focar no garoto ao meu lado. Os movimentos se intensificaram e eu agradeci mentalmente por duas coisas: por Jisung ser desligado, e por Minho saber me tocar tão bem.
- Acho que é só calor, vou tomar um banho - avisei e desliguei o telefone, sem esperar uma resposta.
Minho retirou seus dedos e me puxou para cima de seu corpo. Por um tempo apenas encarei o rosto do garoto, seus olhos, seu sorriso, aquela sensação estranha voltando lentamente.
- Por que fez isso? - perguntei o encarando.
Ele deu uma gargalhada e me puxou para um abraço. Nunca é possível entender de fato o que se passa na cabeça do Lee.
- Você fica adorável desse jeito - ele cochicha em meu ouvido.
- Caramba, Minho, que brochante! - reclamo.
De forma desajeitada ele me apertou mais no abraço e depositou um beijinho na minha bochecha, depois outro, e outro.
- Então, você queria mesmo repetir a espanhola?
Meu rosto queima com a pergunta repentina do acastanhado. Por que ele tinha que ser tão assim?
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Casual - Lee Minho
FanfictionCasual - Sem regras; informal. Nem sempre é preciso dizer "eu te amo", para amar. Os pequenos gestos, olhares, inseguranças, e até os pensamentos mais secretos gritam. Eles gritam dentro de você, "me liberte, eu só quero amar, não há nada de errado"...