☂️two

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Eu e Minho estávamos sentados no chão do quarto enquanto o garoto me contava sobre seu confronto com Cho Hee. A cortina acinzentada estava aberta, permitindo que uma claridade forte entrasse, dando um ar mais confortável ao cômodo.

- Ela não pediu nada? - perguntei enquanto espalhava o hidratante de baunilha em minha perna.

- Nadinha, só disse que iria encontrar minha mãe no jantar dos pais dela - ele explicou.

Por alguma razão Cho Hee achou importante avisar Minho que encontraria a mãe dele, mas ele era lerdo demais para perceber que talvez fosse uma chantagem mais oculta, ou uma declaração de guerra, algo assim.

Nos encaramos por alguns segundos, tentando descobrir o que a ex dele tinha em mente, mas o contato visual foi quebrado quando alguém tocou a campainha.

O Lee praguejou algo e saiu do quarto, não sem antes fechar a porta. Aproveitei que estava sozinha e deitei no tapete, peguei meu celular 'pra checar as mensagens e só tinha Seungmin me pedindo para apresentar ele e minha amiga. Porém, me assustei com uma voz feminina se aproximando e logo em seguida a porta foi aberta.

- Mãe, eu já falei que está tudo em ordem - Minho reclamou coçando a nuca.

- Ah é? Então me explique a garota no seu quarto! - a senhora esbravejou.

Levantei ainda sem entender o que acontecia, a mulher me encarava enquanto Minho tentava explicar que eu era sua amiga. Torci para que ela não resolvesse conferir o guarda roupa do filho.

- Meu nome é Li, prazer - cumprimentei a Lee mais velha, mas ela me ignorou totalmente.

Ela saiu do quarto e Minho suspirou. Conversa vai, conversa vem, ela foi embora. Uma visita inesperada e sem dúvida suspeita.

- Não sei o que deu nela, as visitas geralmente acontecem nos feriados - O Lee reclamou e se jogou na cama.

Mesmo com preguiça, me arrastei e subi na cama, deitando ao lado do garoto, que estranhou meu ato.

- O que foi? - ele me perguntou.

- Eu não posso deitar? Passei o dia com sono - falei baixinho me acomodando no meu lado da cama.

Ouvi a risada dele e senti seus braços me rodeando. Uma sensação esquisita começou a me invadir, um misto de conforto e tristeza, como se aquilo estivesse perto de acabar.

- Muito apertado? - ele pergunta, provavelmente notando minha respiração desregular.

Apenas neguei com a cabeça e afundei mais o rosto no travesseiro, torcendo para que não houvesse choro no meio daquela bagunça que eu estava.

22:35 PM

Acordei com meu celular tocando, de acordo com os registros era a quinta ligação de vídeo que Jisung fazia. Minho acordou também, e se afastou quando viu que eu ia atender.

- Você dormiu a tarde inteira?!

- Algum problema? - perguntei levantando as sobrancelhas.

- Eu tenho uma proposta. Quer ouvir?

Quando abri a boca para responder meu amigo, senti uma mão quente invadir minha blusa. De novo não.

- Pode ser - respondi tentando parecer normal.

- Então, meu primo vai ficar aqui em casa, e eu não vou poder... - Jisung ia falando, mas eu não conseguia prestar atenção em nenhuma palavra.

A mão que antes acariciava minha barriga passou a massagear um dos meus seios. Eu realmente merecia isso?

Jisung se distraiu com alguma coisa enquanto falava, e foi a deixa para que Minho se aproximasse do meu ouvido, encostando seus lábios.

- Lembra da espanhola de ontem? - ele sussurrou entre os beijos que depositava na minha orelha, me fazendo arregalar os olhos.

Ele se afastou novamente quando Jisung voltou para a tela, foi aí que percebi, eu estava perdida por não querer que ele se afastasse. Meu auto controle pedia socorro.

- Mas isso depende de você. Quando estará livre? - o ruivo perguntou do outro lado da tela.

- Eu...não sei. - Tentei normalizar a respiração.

- Tudo bem? Você está vermelha.

Abri a boca para responder, mas falhei miseravelmente quando senti uma das mãos do Lee entre minhas pernas. Ele não demorou a introduzir dois dedos na minha intimidade, e sim, eu entrei em desespero.

Olhei discretamente para o rapaz ao meu lado, um sorriso divertido estampava seu rosto. A pele quente da sua mão livre entrou em contato com meus dedos que puxavam desesperadamente o lençol.

- Precisa de ajuda? Você está passando mal?

O tom do Han era de preocupação, mas eu só conseguia focar no garoto ao meu lado. Os movimentos se intensificaram e eu agradeci mentalmente por duas coisas: por Jisung ser desligado, e por Minho saber me tocar tão bem.

- Acho que é só calor, vou tomar um banho - avisei e desliguei o telefone, sem esperar uma resposta.

Minho retirou seus dedos e me puxou para cima de seu corpo. Por um tempo apenas encarei o rosto do garoto, seus olhos, seu sorriso, aquela sensação estranha voltando lentamente.

- Por que fez isso? - perguntei o encarando.

Ele deu uma gargalhada e me puxou para um abraço. Nunca é possível entender de fato o que se passa na cabeça do Lee.

- Você fica adorável desse jeito - ele cochicha em meu ouvido.

- Caramba, Minho, que brochante! - reclamo.

De forma desajeitada ele me apertou mais no abraço e depositou um beijinho na minha bochecha, depois outro, e outro.

- Então, você queria mesmo repetir a espanhola?

Meu rosto queima com a pergunta repentina do acastanhado. Por que ele tinha que ser tão assim?

Casual - Lee MinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora