☂️tree

859 88 54
                                    

Foi absurdamente frustrante.

Levantei pela manhã e lembrei que eu e Seungmin tínhamos que estar na escola mais cedo.

E nós fomos, estávamos analisando as várias fichas de inscrição para o show de talentos quando Cho Hee entrou desesperada na sala.

- Li, por favor, preciso da sua ajuda - ela pediu desesperada em um tom alto demais.

Sem que eu pudesse responder, aquela garota enorme me roubou de Seungmin e me arrastou até o corredor.

- O que aconteceu? - perguntei.

- Eu falei com a mãe do Minho, ela me disse que tinha uma garota na casa dele! Você acha que ele já arrumou outra namorada?

Então a mãe dele era algum tipo de infiltrada?

- Isso seria um problema? - Tentei não demonstrar minha leve irritação.

Ela segurou meus ombros com força, talvez eu tenha me sentido intimidada com o toque, afinal meu corpo era sensível.

- Eu só não consigo acreditar que ele já arranjou uma puta particular 'pra me substituir, como se isso fosse possível. Antes fosse uma garota como você, inteligente e esforçada, que não deita na cama de qualquer um.

Era notável a mágoa da garota, ela estava até roendo as unhas. Suas palavras foram suficientes para me desarmar, sugando completamente qualquer vestígio de bom humor que eu tinha.

- Não acho certo julgar a garota dessa forma, você nem a conhece - falei baixinho, meus ombros encolhendo involuntariamente.

- Ele deveria ao menos escolher alguém melhor do que eu, Li.

Dei uma encarada monstra na maior, ela era alta, bonita, seu corpo era perfeito e seu rosto...céus. Quem era eu na fila do pão?

- Tenho algumas coisas 'pra fazer, Cho Hee - avisei antes de me distanciar dela.

A cada passo eu me perguntava se deveria voltar e contar a verdade. Mas lembrei da forma como ela me definiu minutos atrás, uma puta.

Disquei o número de Minho, o garoto demorou a atender, meu corpo se movia instantaneamente pronto 'pra encher o garoto de socos.

- Bom dia. está na escola? - ele atendeu tranquilamente.

- Na verdade, ainda temos quarenta minutos até o portão abrir realmente - falei me direcionando ao portão de saída.

- Como assim? Temos trinta minutos 'pra fazer o quê?

- Estou voltando para o apartamento. Quando eu chegar, você vai me foder bem forte e gostoso, ok?

Desliguei o telefone e entrei no primeiro táxi que vi, sem pensar na possibilidade de ele ser algum sequestrador disfarçado.

A porta estava destrancada, o que me deu liberdade de entrar e jogar minha bolsa no sofá. O primeiro lugar que procurei foi no quarto, e lá estava ele, sentado na cama mexendo no celular.

Sem pensar duas vezes subi no colo do garoto e selei nossos lábios, suas mãos passaram por cada parte do meu corpo em pouco tempo, parando em minhas minhas costas.

- Não quer me dizer o que aconteceu? - ele perguntou enquanto distribuía beijinhos por meu pescoço.

Ignorei a pergunta dele, fugir daquele assunto era tudo que eu desejava. Qualquer coisa que acalmasse meus nervos já era suficiente.

Meus dedos se enroscavam nos fios castanhos e molhados do Lee, seus lábios trilhavam até meus seios e aquilo era o bastante. Arfei fechando os olhos quando senti um volume logo abaixo do meu corpo.

- Me conta quem te deixou tão brava, amor.

Sem reação, foi assim que fiquei ao ouvir a última palavra. Eu e Minho não éramos do tipo que faz amor, isso nunca chegou a acontecer, e de repente ele me solta uma dessas. E o pior é que eu gostei, não sei se por me fazer sentir mais próxima, pelo tom rouco e provocante do garoto, ou devido a minha carência sem tamanho.

O acastanhado me beijou mais uma vez antes de circular meu corpo com os braços, ele estava me abraçando quando eu pedi por uma foda violenta e aquilo estava me irritando profundamente. Percebi então que ele não ia fazer o que pedi, seu beijo, suas palavras e seu abraço, todas essas coisas foram feitas para demonstrar segurança.

- Não quero fazer isso com você enquanto estiver frustrada.

Afundei o rosto no pescoço dele e consegui sentir um cheirinho fraco de sabonete, recobrando a consciência e percebendo que toda aquela raiva me impedia de apreciar o que eu tinha ali. Minho estava com o cabelo molhado, seu corpo exalava uma mistura de perfume e sabonete, sem contar o cheiro do shampoo que já tomava minhas mãos. Encarei os olhos sorridentes do Lee e notei ainda mais o que antes era oculto, ele fez tudo aquilo para mim.

Abracei mais forte seu corpo fresquinho, ele estava do jeito que eu mais gostava, tudo para me confortar, obviamente ele notou que havia algo errado pela chamada.

- Quem foi? - perguntou novamente.

- Eu sou uma pessoa imoral?

Minho me olhou assustado pela pergunta, agora nossos olhares estavam conectados e ele talvez se questionava como eu percebi exatamente o que se passava pela sua cabeça. Por que ele provavelmente também me via como uma puta particular.

- Quem te disse isso? - Vi suas sobrancelhas se juntando quando ele perguntou mais uma vez.

- Eu sou tipo uma pu... - não consegui terminar, o garoto apenas deitou em mim, sua cabeça agora depositada no meu busto, e foi decisivo, me calei.

- Nem termine essa palavra - ele falou baixo, mas seu tom esbanjava desaponto. - Eu torci tanto 'pra você não se sentir assim.

- Mas é isso que eu sou, não é?

- Você acha que eu te vejo assim? Quando estamos frustrados falamos um com o outro, você se esforça tanto para ter um futuro, e então decide dar ouvidos 'pra uma pessoa que te chama disso? Somos amigos, Li.

- Amigos não transam - falo não contendo uma risada baixa.

- Transam sim. Quer ver?

E lá vamos nós.

Casual - Lee MinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora