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Alysson

- Fica calma, vai dar tudo certo

- É que não entendo o que ele quer comigo, porque não fala logo?

- Eu vou estar do seu lado, vomos descobrir o que ele quer e pronto, voltamos pra casa.

Hoje é sexta e iremos até a minha casa ou melhor, até a mansão Harley o lugar onde cresci e passei a maior parte da vida, tentei fazer a Luna a desistir de ir mas ela é bem insistente, agora estamos à meia hora da próxima cidade, a cidade de onde sempre quis fugir.

- A gente já tá chegando?

- Tá sim, como eu odeio essa cidade. - digo apertando o volante.

- Eu sei que está aqui de novo não é fácil, mas se acalma tá? Não adianta se estressar agora.

- E tem como? Mas eu vou tentar, a gente já tá chegando e eu não quero te passar insegurança também.

Não demorou muito pra que eu pudesse parar o carro em frete aos grandes portões que me separavam do mundo, o mesmo jardim florido porém melancólico em que brincava quando ainda era um criança ingênua e inocente, os portões abrem e estaciono em frente a porta que é aberta por um empregado que vem até nós enquanto a outra fica no topo da pequena escadaria.

- Sejam bem vindas a residência Harley, poderia cuidar da bagagem de vocês?

- Estão no porta malas. - digo entregando a chave.

- O senhor Harley está as agradando, me acompanham por favor. - diz a mulher.

Seguro a mão da Luna e assim acompanhamos a empregada até a parte interna da casa, se não me engano ele deve estar nos esperando na sala de visitas, respiro fundo e sinto a Luna apertar minha mão a olho e ela sussurra um "calma", já que não escondo o meu nervosismo, não posso demostrar fraqueza, não posso deixar que me achem fraca, respiro uma última vez antes de entrar na sala.

E lá estão eles, todos reunidos como sempre, a família perfeita, os pais e seus filhos intocáveis, os olhares sobre mim são os mais diversos e com certeza a presença da Luna só causa mais curiosidade.

- Seja bem vinda ao lar filha. - diz Ricardo se levantando assim como todos os outros.

Não consigo responder, apenas fito aqueles olhos tão parecidos com os meus, porém frios e calculistas.

- Acho que você dispensa apresentações mas seja cordial e nos apresente a sua acompanhante.

- Essa é a Luna.

Ele estende a mão pra pegar a dela, mas impeço.

- Não toque nela, já estou aqui então podemos ir direto ao ponto? Pretendo ser breve.

- Nunca aprendeu a ser civilizada mesmo não é? - diz Helena, minha mãe. - De qualquer forma saiba que é bem vinda, e você também querida.

Ela se aproxima da Luna e elas se cumprimentam.

- Sentem por favor. - ele diz e assim fazemos.

Agora tenho uma visão melhor de quem está na sala, meu tio Marcelo e meus irmãos, Fernando, Marcos e André, sim eu tenho irmão mais nunca fomos próximos até porque eles eram internos em um colégio militar, também tenho uma irmã, na sala também tem dois homens de terno, os quais eu nunca vi.

- Deve está se perguntando o porque de estarmos todos aqui, ou quase todos, esse é o marido da sua irmã, o Adam. - ele é um dos homens de terno.

- Prazer. - diz pra mim mas não faço questão de responder.

- Você provavelmente não sabe mais o seu avô, Oscar Harley, faleceu no início desde mês.

Amém.

- O Sr. Bueno era o advogado e amigo dele, e veio fazer a leitura do testamento, mas o papai exigiu que todos estivessem presentes por isso você está aqui, amanhã após o café iremos fazer a leitura.

- E porque não agora?

- A sua irmã não está se sentido muito bem, você tem um sobrinho sabia? Enfim, a leitura será amanhã e como disse a sua presença é indispensável, espero que você e a Luna se sintam à vontade, a Regina vai acompanha-las até o seus aposentos, preparei um quarto pra cada uma, o almoço será às onze em ponto, você conhece a casa à apresente pra sua amiga.

Velho nojento!

Seguimos a empregada até o segundo andar da casa.

- Não foi tão ruim. - diz Luna baixo.

- Por enquanto, vai saber o que a desgraça daquele velho não aprontou.

- Pelo menos amanhã iremos descobrir.

- Esse é o seu quarto senhoria Harley. - diz Regina parando em frete uma das porta.

- E esse é o seu senhorita...

- Davis.

- ...Davis, espero que goste. - diz apontado a porta em frete a minha.

- Obrigada. - responde.

- Se precisarem de algo não esitem em me pedir, com licença.

- Vem. - a puxo pelas mãos e entramos no quarto, nos sentamos no quarto e a beijo intensamente.

Preciso liberar meu estresse e acho que a Luna não vai se importar se eu usá-la pra isso, a deito na cama e fico por cima a beijando, deixo sua boca pra beijar seu pescoço enquanto ela recupera o ar.

- Alysson. - diz em um sussuro.

Beijo seu pescoço a fazendo suspirar e paro pra olha-la, ela segura meu rosto.

- A gente não pode fazer isso ok? Acho melhor eu ir pro meu quarto, seus pais podem não gostar...

- Que se dane eles! Eu não me importo nem um pouco com o que acham, eles separaram a gente de propósito, poderiam pelo menos perguntar, mas você não vai dormir longe de mim não.

- Tá, mais pelo menos vomos distraçar.

- Disfarçar o que Luna?

- Você entendeu Aly, e sabe que ainda está muito nervosa, então acho melhor você se acalmar de outra forma, não quer me levar pra conhecer a casa?

- Desculpa, eu tô ficando doida só em imaginar o que pode está escrito lá, e porque eu tenho que ficar aqui se aquele velho nem gostava de mim. - saio de cima dela e me deito ao seu lado.

- Vem aqui. - diz deitando sobre mim. - Não fica assim não Aly, é só um dia, e eles nem foram tão ruim assim, você não me disse que tinha irmãos.

- Porque não ia fazer diferença, são só pessoa que saíram da mesma barriga, nunca tive contato com eles, eram os três e eu e a Isadora.

- E dela você gosta?

- Eramos muito diferentes, eu gostava de ficar sozinha e ela de bonecas, não éramos muito próximas também.

Somos interrompidas por uma batida na porta, me levanto e vou atender enquanto a Luna se ajeita.

- Oi. - era o Adam, o até então desconhecido marido da minha irmã. - A Isadora quer falar com você, pode me acompanhar?

- A Luna pode ir junto? - abro espaço pra que ele a veja.

- Ela é confiável?

- A única em quem confio.

- Então venham.

Chamo a Luna e mesmo sem entender o que ele quer o seguimos pelo corredor até um dos quartos, ele abre a porta encontro a minha irmã com um bebê no colo.

Eu sou tia?

Srta. DavisOnde histórias criam vida. Descubra agora