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Alysson

Não consegui conter as lágrimas depois de contar toda a minha história pra Luna, a história que eu sempre fingi ser mentira, a qual eu tanto fugi.

- Desgraçados! Como podem ser tão ruins assim?

- É por isso que não quero vê-lo, mas não tenho opções.

- O que exatamente ele disse?

- Pode pegar meu notebook por favor?

Se levanto e após pagar se senta ao seu lado, abro a caixa de e-mail e entrego pra que ela leia.

"Olá filinha, sei que faz muito tempo que não nos falamos, mas eu preciso te ver, tenho assuntos muito sérios pra resolver e você é indispensável, te dou dois dias pra me responder, ou se não vai ser do jeito mais chato. Atenciosamente, Papai."

- E ainda é sarcástico, o que vai fazer?

- Responder, fazer seja lá o que ele quer e voltar a não vê-lo nunca mais.

- Faz ideia do que pode ser?

- Imagino mas não tenho certeza. - respiro fundo e começo a digitar.

"Fala logo o que quer, não tenho a mínima vontade de te ver."

- Não achou agressivo demais?

- Pra ele isso é ser cordial.

Pra nossa surpresa não demora muito pra que a resposta venha.

"Sem ressentimentos, venha pra casa na sexta, traga roupas, temos muito o que resolver."

- Eu não vou psra aquele covil.

- Se quiser eu posso ir junto.

- Não quero que seja mal tratada por aqueles imbecis.

- Eu não me importo, se você se sentir melhor com a minha presença eu vou, pelo visto é ele quem precisa de você, faça uma pequena exigência.

- Tem certeza? - concorda.

"Se quer que eu que eu vá tudo bem, mas não vou sozinha, é a minha única exigência."

"Pode trazer a putinha da vez, só não esqueça que essa ainda é a casa da família mais respeitada da cidade, a trataremos bem não se preocupe, algumas coisas mudaram, te espero na sexta."

- Desgraçado!

- Tá tudo bem Aly, eu vou com você, resolvemos isso e voltamos.

- Eu juro que não respondo por mim se qualquer um deles desrespeitar você...

- Não se estressa Aly você ainda está doente e não quero que piore.

- Obrigado. - a puxo pra um beijo rápido.

- Se comporta, vou fazer algo pra você comer. - beija minha testa.

- Eu vou com você.

- Nem pensar, pode ficar aí, o Henrique disse que tem que descansar, a sua sorte que ele tinha um remédio ótimo se não estaria no hospital.

- Pelo menos teria um monte de enfermeiras cuidando de mim.

- Não tenho ciúmes de enfermeiras, mas se quiser posso pedir pra uma vir cuidar de você, ela tem setenta anos e adora meninas bonitinhas como você.

Srta. DavisOnde histórias criam vida. Descubra agora