Luna
Até então não tive muito contato com a família da Luna mas pelo que pude observar ela e a irmã se dão bem, ou fizeram as pazes, os outros irmãos parecem distantes, e quanto aquela loira que disse ser cunhada dela nem sei o que dizer, achei o seu jeito de falar estranho mas vai saber...
- Aqui era o meu lugar preferido.
- Aqui é lindo. - digo fitando as roseiras. - Percebi que gosta de rosas.
- É o lugar mais afastado da casa, às vezes passava a tarde aqui desenhando as rosas, por isso a rosa na mão.
- Foi você quem desenhou? - digo segurando sua mão.
- Sim, eu tinha um caderno de desenho, acabei esquecendo aqui quando saí.
- E acha que ele está aqui ainda?
- Não sei, deveria estar no meu quarto mas não sei se mexeram lá.
- Podemos proucurar?
- Se eu ganhar um beijo posso pensar no assunto. - a puxo pra um beijo. - Agora que pensei quero outro pra te levar até lá.
- Que carência é essa? Vomos logo e para de bobagem.
- A culpa não é minha que você é a minha amiga que mais beija bem.
- Eu poderia ser a sua namorada que beija bem.
Levanto e à deixo pra trás, a sua cara foi de surpresa, mas a minha frase foi real, disse pra mim mesma que era hora de se arriscar, posso ser o que ela quiser, não tenho mais medo.
- O que? - sinto sua mão segurar meu braço e me viro.
- O que ouviu Aly. - digo encarando seus olhos, me viro e continuo andando.
Ela apenas me segue até a parte interna da casa e subimos as escadas.
- Então aonde seria o seu quarto?
- Última porta.
Andamos até lá, ao abrir a porta encontramos um quarto vazio, uma empregada passa e a Alysson a aborda.
- Sabe aonde estão as coisas desse quarto?
- Faz bastante tempo que tiraram, acho que pode estar no sótão ou no porão, a Maria poderia responder melhor senhora.
- A Maria?
- Sim, posso chama-la se quiser, ela está na cozinha.
- Eu vou até lá obrigado.
- Licença. - diz e sai.
- Vomos.
Desemos e fomos até a cozinha aonde duas mulheres estavam.
- Maria? - pergunta e mulher mais velha que estava de costas se vira.
- Filha! - ela abraça a Alysson com força. - Como você cresceu meu amor. - diz passando as mãos sobre o seu rosto.
- Você tá viva.
- Mas é claro que estou meu amor.
- Desgraçado! Aquela peste mentiu pra mim!
- Do que está falando querida.
- Do Ricardo, antes de ir embora eu te procurei, ele disse que você tinha... - uma lágrima escorre por seu rosto e ela é novamente abraçada. - Você foi a única pessoa que se importou comigo, você cuidou de mim, pensei que tivesse morrido.
- Não, eu estou aqui querida, sempre estive.
- Eu senti tento a sua falta.
- Eu também, pensei ter perdido você, mas vejo que está linda. - lhe dá um beijo na testa. - Não vai me apresentar a bela moça? - diz se virando pra mim.
- Essa é a Luna, minha futura namorada. - sussurra a última parte o que me faz sorrir.
- Oh! Sempre teve bom gosto, você é linda meu amor. - se aproxima e eu a abraço.
- Obrigada.
- Eu quero conversar com você Alysson, mas infelizmente agora tenho que terminar o almoço, a gente pode se falar à tarde?
- É claro.
- Que bom, eu estava com tanta saudades de você. - elas se abraçam de novo.
- Não vou te atrapalhar mais Mari, nos vemos depois então.
- Você não vai perguntar sobre as coisas? - lembro.
- Mari, aonde estão as minhas coisas?
- No porão querida, eu guardei tudo lá, estão em caixas no fundo, eu pego pra você quando terminar.
- Eu pego, obrigado, e não pense que vai fugir de mim, tenho muito o que perguntar.
- Pode deixar. - diz rindo. - E cuidado com a poeira.
- Eu sei lutar.
Saímos da cozinha deixando a Maria dando ordens a outra mais nova, não sabia que a Alysson tinha apego a alguém.
- Aquele velho mentiu pra mim!
- Do que está falando Aly?
- A Maria sempre cuidou de mim, ela sim é a minha mãe e o miserável disse que ela tinha morrido, eu procurei mas não a achei, eu queria me despedir dela...
- Mas agora você sabe que ela está bem.
- Mas a tive como morta por anos, ela é a única pessoa por quem eu daria a vida e eu me obriguei a esquece-la, ela tinha morrido pra mim, e agora...
- Agora ela está aqui, e vocês vão poder matar a saudade, se acalma Aly, sentir raiva agora não vai te ajudar em nada, e não duvido que vá tomar um atitide precipitada, vomos logo pro porão.
- Você tem razão, mas isso não vai ficar assim! - diz cerrando os punhos.
Só espero que não esbarrar no Ricardo agora ou nem sei do que a Aly pode fazer, se tem algo que percebi é que ela com certeza tem problemas com a raiva, e acredito que as pequenas cicatrizes em seu corpo possam ter à ver com isso.
Ela segue pelo corredor respirando fundo, passa as mãos pelo cabelo e rosto algumas vezes, seus passos são passados e apressados, sua postura mudou completamente, paramos em frente a uma porta mas estreita e ela a abre, acende a luz e desse as escadas, fecho a porta e a sigo até um amplo espaço empoeirado e mal iluminado.
- Alysson? - ela continua parada de costas. - Alysson! - a puxo de frete pra mim.
Seus olhos tem um brilho diferente assim como a sua feição, não parece a mesma, e com certeza a raiva preenche cada parte do seu ser, a beijo mas ela não corresponde.
- Quer que eu saia?
- Por favor.
Mesmo sem acreditar que ela concordou refaço meu caminho escada acima, sei que ela quer ficar sozinha pra esfriar a cabeça, só nunca ví a Alysson assim e com certeza essa é uma situação bem estranha pra mim, mais entendo.
- O que estava fazendo no porão?
- Eu... é, a... - perco a fala ao ser encarada por pares de olhos azuis tão penetrantes.
- Vem comigo. - segura minha mão.
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Srta. Davis
RomanceÉ claro que para Alysson Harley nada acontece por acaso, e reencontrar Luna Davis durante a sua folga em um hotel de luxo não foi uma dessas vezes, afinal ela precisava descobrir quem era a linda morena que esbarou nela e mexeu com seu coração. Alys...