15

18 1 0
                                    

Alysson

- Você realmente deixou a minha irmã ir no seu carro?

- Eu confio, agora que somos só nós dois vomos ou não zerar esse jogo?

- Nem penso duas vezes. - me entrega controle e me sento ao seu lado. - Posso te perguntar uma coisa?

- Depende, mas pode sim.

- O que você sente pela Luna?

Por essa eu não esperava.

- E não minta, eu vou saber.

- Eu gosto da sua irmã, de verdade, eu sinto algo diferente por ela, não sei explicar.

- Ela pode não admitir mas se apaixonou por você, pode parecer precipitado e rápido demais, mas não tenho dúvidas que ela já te vê de um jeito diferente, ela nunca namorou e se decidiu te apresentar foi porque acredita que isso entre vocês pode se tornar sério, a Luna é uma caixinha de surpresas literalmente.

- O que quer dizer com isso? - digo pausando o jogo pra encara-lo.

- A Lu sempre escondeu seus sentimentos, eu sei que ela parece ter uma ótima autoestima e ser feliz como gosta de dizer, mas sei que dentro dela tem um vazio e talvez pra ela você seja o que faltava pra preenche-lo, se não tiver a mínima chance disso se tornar real é melhor ser sincera, não é qualquer pessoa que se apaixona em uma semana.

- Eu entendo a sua preocupação mas isso foi e é real pra mim, eu não sou uma pessoa perfeita e admito não ser a mais correta do mundo, eu sou péssima em expressar sentimentos e sou uma pessoa fria mais a sua irmã me fez sentir algo que nunca havia sentindo antes, ela me fez se apaixonar por ela, é rápido sim mas saiba que nunca seria capaz de brincar com os sentimentos dela.

- Então acho que podemos continuar sendo amigos. - abre um sorriso simpático. - Podemos continuar?

Voltamos a nos consentrar no jogo, mas a minha mente não parava de pensar em uma coisa: E se eu não for o que ela espera? E se essa paixão não for real?

É claro que é Aly, você nunca amou ninguém, não iria se apaixonar pela pessoa errada.

Não demorou muito pra que a Luna voltasse, o Miguel não tocou mais no assunto, apenas conversávamos sobre o jogo, ele realmente se preocupa com a irmã, a campainha toca e abro a porta a recebendo.

- Conseguiu falar com a sua amiga?

- Sim, e trouxe milkshakes pra vocês. - me entrega um dos copos, é morango espero que goste.

- Gosto sim obrigado. - lhe dou um selinho, ela sorri e entrega o do irmão. - Tá tudo bem?

- Melhor impossível, zeramos o jogo e mais o bônus, a Alysson é muito boa.

- Que bom. Eu posso conversar com você? - diz se voltando pra mim.

- Claro.

Ela me acompanha até o quarto e no sentamos sobre a cama.

- Tá tudo bem?

- Sim, eu fui conversar com a Dani, ela é minha melhor amiga e nos convidou pra ir na casa dela, meus outros amigos estarão lá, então se você quiser ir...

- Por mim tudo bem, mas você tem certeza que quer que eu vá?

- Sim, bom eu só vou te apresentar aos meus amigos, não é nada sério, nós só comemos e conversamos fazemos isso com frequência e sempre convidamos alguém então se quiser ir será bem vinda.

- Então eu aceito. Luna? O que você espera da gente?

Pergunto e ela desvia o olhar.

- O que exatamente quer dizer?

- Eu sei que já conversamos sobre isso e eu topo tudo mas e você? Até aonde está disposta a ir ou em qual ritmo quer andar, vai me apresentar como colega, amiga, mais que amiga? Só quero que tudo fique claro, pra mim tanto faz, já pra você... eu já disse, tudo depende de você.

Sinto que ela fica sem saber o que falar, apenas fita as mãos pensativa.

- Eu não sei.

- O que quer que sejamos? Olha pra mim por favor. - peço e ela levanta o olhar.

- Desculpa, eu estou agindo como um idiota mas é que... - limpa uma lágrima. - ... eu nunca me apaixonei por ninguém, eu não quero parecer uma desesperada eu só nunca estive em uma situação assim e não sei como agir, não quero que pense que sou uma mulher...

- Você é um mulher maravilhosa Luna, mais tem que entender que às vezes é melhor deixar as coisas bem definidas, pelo menos pra mim, eu também não sei como agir, quero conhecer sim os seus amigos, mas não quero esconder deles que os melhores momentos do meu dia são quando estou com você, então preciso saber o que eu realmente sou pra você, porque quero saber o que responder.

- Como posso responder isso Alysson? O que você responderia?

- Se eu tivesse amigos não seria surpresa nenhuma, acho que de me olhar dá pra notar o que eu sou, ou pelo menos é assim que funciona, então não posso responder por você, me desculpe por falar assim é que a minha mente não está acostumada a pensar em alguém assim, vomos fazer assim, deixamos acontecer, eu vou hoje e você só me apresenta como Alysson, se você quiser falar sobre o que temos ok, se não, eu também não falo, vomos esquecer isso, você quer se divertir com os seus amigos e eu quero conhece-los ok.

- Ok.

- Mas já que aqui nós estamos juntas, acho que posso aproveitar né? - seguro seu rosto.

- Desculpa.

- À partir de hoje chega de desculpas ok? - beijo seu queixo.

- Ok! - diz e em beija.

- À horas iremos?

- Às sete.

- Ok, e o Miguel?

- Vou deixá-lo em casa.

- Se ele quiser, e acho que não vai negar, pode ficar aqui.

- Como pode confiar? - pergunta com um sorrisinho.

- Acredite, tirando o meu computador, não tenho nada à perder, já me arrisquei tanto que perdi o medo de qualquer coisa.

- Se realmente não for incômodo e ele aceitar por mim tudo bem.

- Então tá combinado, com que roupa eu tenho que ir?

- Você fica linda de qualquer jeito.

- Hummm, assim eu me apaixono em!

- Acho que você mereçe muito mais elogios, porque você é incrível. - a puxo pra mais um beijo antes do meu computador emitir um barrunho alto.

Srta. DavisOnde histórias criam vida. Descubra agora